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Prof.Paulo Murilo 

28 abril 2006

O QUE DEVEMOS OBSERVAR.

Foi um sexta-feira cheia,com basquetebol em profusão,e dos melhores.Duas semi-finais da Euroliga em relêvo,pois mostrava,como mostrou,aquele tipo de jogo que realmente nos interessa,haja visto a proximidade do campeonato mundial em agôsto no Japão.E valeu à pena assistir aos dois jogos,pois nos foi mostrado com todas as implicações decorrentes o que nos espera no outro lado do mundo.Basquetebol de primeira qualidade,bem jogado,e principalmente,bem,muito bem defendido.Dentro das regras internacionais,e com tres juizes,o que vimos foi realmente assustador,no sentido de que longe da violência corpo a corpo da NBA,constatamos a virilidade do basquete europeu.Assustador pelo fato do que esperar as equipes americanas,asiáticas e africanas ante o confronto com os europeus.A antiga e eficiente escola iugoslava,hoje pulverizada em 5 nações,ainda se faz lembrada através seus técnicos espalhados pelas equipes europeias,sedimentando um principio defensivo que marcou suas origens balcânicas.Defesas ágeis e extremamente rápidas,mesmo levando-se em consideração a elevada estatura das equipes.Jogadores de varias nacionalidades,principalmente americanos de primeira linha,adaptados a essa forma avassaladora de defender,onde flexibilidade,velocidade e dominio das linhas de passes em muito substituem aqueles monstrengos de 130kg,ou mais,em suas battles under basket.O super empenho quase lúdico dos jogadores,deixa transparecer uma emoção que não se vê na NBA,com suas estrelas de milhões de dólares,e que têm nas regras adaptadas o passaporte para suas exibições de cunho individual,as quais,quando perante a realidade das regras internacionais,limitam-se substancialmente,já que se deparam com defesas coesas e mestras nas ajudas e coberturas.Não foi atoa que Dominique Wilkens anos atrás se disse revivido para o basquetebol quando de suas temporadas européias,onde provou o gosto de voltar a jogar com alegria e arte.Muitos compatriotas seus o seguiram nessa volta ao amor pelo jogo,numa troca não muito aceita e compreendida pela midia.Numa liga em que os jogadores comunitários ou não,preenchem as equipes com o que há de melhor no mundo FIBA,ao qual pertencemos,torna-se de fundamental importância sua divulgação entre nos,pois são nossos adversários nas grandes competições,e não o circo do norte.E o que vimos de mais substancial?Primeiro,defesa ativa,agressiva, presente o tempo inteiro,com o dominio dos rebotes,onde grande parte de seus grandes saltadores exibem a arte do giro em 180º após o dominio da bola,fazendo-os aptos a um novo arremesso, ao drible,ou a um passe.Também a arte das trocas oportunas e bem coordenadas,com perdas minimas no equilibrio defensivo,assim como as dobras seguidas aos pivôs e nas laterais da quadra.No ataque,a preferência dos arremessos de 2 pontos deixando aos verdadeiros e muito poucos especialistas os de 3 pontos,fatores que aumentam em muito os percentuais de acerto nas cestas.A utilização permanente de dois armadores,aumentando a qualidade dos passes e dos dribles.O jogo centrado e direcionado à cesta,e não o periférico e esteril praticado por nos.E é nesse ponto que chamo a atenção de nossos técnicos para a obviedade daquelas ações, que foram esquecidas e negligenciadas,obliterados que se encontram pela mágica da NBA.Hoje,para a maioria deles, o máximo que um jogador pode sonhar e alcançar é um contrato na liga dos sonhos,onde o peso dos dólares a tudo justifica,até a negação às seleções nacionais.Mas um pais ao sul do nosso,teve,e ainda tem toda sua equipe campeã olimpica e outros inumeros jogadores na Europa,com uma ou duas exceções que se encontram na NBA,aprimorando uma forma de jogar que é a única capaz de derrotar os norte-americanos,como já o fizeram inumeras vezes.Que nossos luminares técnicos assistam no domingo a grande final da Euroliga,e apreendam de uma vez por todas o que até os americanos já começaram a descobrir,que para voltar aos titulos internacionais não bastam milhões de dolares e dominio da midia mundial com seus interesses atrelados aos interesses politicos e comerciais de seu pais.Torna-se necessario uma reformulação em seu modo de jogar o jogo,fator que a maioria de seus admiradores não levam muito em consideração,não fosse rotulada sua liga como basketball wold championship. Se assim foi e ainda será por muito tempo,o que importam os outros? E nos,de que lado estamos? Escolham caros técnicos,pois cabem a vocês o futuro de nossos jovens,que vivem com reais e falam português.