Basquete Brasil
Discute a atualidade da modalidade no Brasil, e suas implicações a um possível soerguimento técnico.
21 julho 2005
CONTAS DA CHINA.
Lapis e papel nas mãos,ou uma simples calculadora,e vamos às contas:300 milhões de praticantes é o que representa a China no mundo do basquetebol.Imaginemos que cada um desses praticantes adquira algo chancelado pela NBA,por exemplo,a camisa de uma das equipes da liga americana,que em sua origem custa em média 50 dólares.Vamos que paguem 10 dólares por unidade,calcularam?Dou um tempinho para a multiplicação....que tal o resultado?E é só pelas camisas!Some-se calçados de jogo, uniformes, bolas tabelas,aros e redes,flâmulas,santinhos,punheiras e faixas de cabeça,joelheiras, meias,instrumental eletronico,pranchetas,softwares especificos,clinicas,cursos, intercâmbios,turismo,pisos especiais,todo uma panafernália que somente uma visita à grande loja da 5ªAvenida mostrará a grandiosidade daquele fabuloso negócio.Nem as propaladas e conhecidas diferenças ideológicas se anteporão à grande escalada que representa tal mercado e toda sua magnitude.E o maior interessado e avalista de toda essa conquista de mercado é o proprio governo americano,que já vem incentivando de longa data a utilização da tremenda e barata mão de obra largamente explorada pelas maiores empresas americanas,principalmente as da área dos eletroeletrônicos.Some-se a tudo isso os fantásticos dividendos políticos que representarão a adoção pela juventude chinesa dos principios norteados pela cartilha da NBA.Fica faltando,e ai a grande incógnita,qual a receptividade que tal influência gerará no seio do poder central daquele colossal país.Muitos anos atrás a aproximação inicial de ambos se processou através um simbólico jogo de tênis de mesa,que agora poderá se materializar pelas cestas profissionais e capitalistas da turma da NBA.E tem gente que ainda sonha em ter jogos da grande liga em nosso país,com seus,se muito,60 mil praticantes,e talvez 15 mil federados.A Europa, com todo seu poderio de mercado comum ainda não teve tal privilégio(sorte dela,que ao se antepor ao sistema de jogo dos americanos,se mantêm na dianteira nos grandes campeonatos internacionais em conjunto com a Argentina),e se inteligentes forem,se manterão à margem do trator globalizado da NBA. Quanto a nós,macaquinhos canhestros de imitação,incentivamos em nossos jovens os piercings,os afro cabelos,as tatuagens tribais e os calções-cueiros que se adequariam melhor em equipes do Himaláia.Treinamento e sistemas nossos,nem pensar,e para que,se basta acessar sites,revistas e transmissões televisivas para ter em mãos um produto que somente eles tem infraestrutura para manter? Somos os reis da imitação,da malandragem,das enterradas e dos visuais incrementados.Jogo que é bom....Deixa pra lá...
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