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Prof.Paulo Murilo 

14 junho 2005

OS PROFISSIONAIS

"Não tinha porque continuar com o grupo sem competição pra disputar.Dispensar jogadores depois da temporada é normal,até para diminuir os gastos". "Ainda não conversei com a diretoria sobre isso,mas fui chamado para fazer uma avaliação da equipe nos próximos dias.Acho que fico". São afirmações de um técnico de férias(remuneradas?)com relação a uma das três equipes patrocinadas por um mesmo proprietario no Campeonato Nacional.Diante de tais afirmativas deduz-se que após a temporada,salários nem pensar.Mas só para jogadores,ou para todos,técnicos inclusive? Será o mesmo nas três equipes patrocinadas? Ou variará de acordo com classificações ou titulos? Se assim for fica estabelecida a "administração seletiva",ou seja,ganham de acordo com o produzido,onde cumprir horários,dedicação aos treinos,e entrega aos jogos deixam de ser fatores que qualificam a atividade profissional(?),para dar lugar ao "ônus da derrota",o desemprego.Esse ônus vezes três geram uma bruta economia,mesmo que a exposição tripla na midia em muito ultrapassem os investimentos de partida.São atitudes que alimentam as "caravanas holideis" em que se transformaram uma pléiade de jogadores transitando pelo pais afora.E junto aos mesmos outra instituição que ainda se permite tais comportamentos de falsos dirigentes que somente enxergam interesses comerciais e politicos,alguns e até bons técnicos.E o que dizer das contas a pagar em compromissos que envolvem familia,filhos e subsistência? Como exigir continuidade técnico-administrativa sob tais circunstâncias? Em uma situação como essa,de tal magnitude,têm-se a sensação de que muito de nosso atraso técnico-tático tem a ver com tal instabilidade,onde se torna imperativo a manutenção das técnicas adquiridas até aquela data,em uma das posições do tal basquete internacional,que ao frigir dos ovos garantirão uma possivel e efêmera contratação,isso quantos aos jogadores,e as tais filosofias de trabalho que rotulam muitos técnicos,tal qual passaporte que os garantam no mercado de trabalho.Quando reunidos,muito ou quase nada será acrescido aos seus modus operandis,pois foram contratados pelo que realizam no momento,e não pelo que poderiam acrescentar no futuro.Sistemas de jogo enraizados nas ações e gestos,jogadas mais do que óbvias,comportamentos dentro dos padrões existentes e sempre esperados.Enfim,toda uma liturgia que garanta a mesmice e o marasmo.Depois reclamamos da involução técnica galopante,e dos baixos indices de performance nas seleções nacionais.Se as mesmas refletem a realidade de cada nação,temos alcançado exatamente o previsível,fracasso e pobreza técnico-tática.Mudanças? Quem sabe acordemos um dia e mudemos a cama de lugar,ou mesmo compremos outra após pintarmos e reformarmos o quarto.Como está,somente sobrevive o môfo emanado de nossa incapacidade de evoluir.Puxa,como gostaria que soprasse uma brisa de renovação,por mais tênue que fosse,uma simples e benvinda brisa.