Basquete Brasil
Discute a atualidade da modalidade no Brasil, e suas implicações a um possível soerguimento técnico.
04 agosto 2005
QUE TAL UMA BELA E SALUTAR BRIGA DE FOICE?
Com tanta CPI devastando os subterrâneos do que há de pior em nosso país,uma outra discussão,não do calibre das CPI´s,mas de trancedental importância para os rumos do nosso basquetebol,urge em ser estabelecida,ao prêço que for,custe o que custar.Ai está o Voleibol,ganhando tudo,em todas as categorias,fazendo e divulgando história,pelo simples fato de ter estabelecido uma nova escola técnica e tática no mundo antes dominado por orientais e europeus.Ao recriar o melhor destes dois mundos,estabeleceu uma nova escola,hoje imitada e seguida por muitos países.Podem eles estabelecer uma homogênea e ampla sistemática de fundamentos e táticas, por serem os criadores de uma nova e inventiva forma de preparar,treinar e especializar jogadores em todas as faixas etárias,pois desenvolveram todo um sistema que utiliza ao máximo as potencialidades de nossos jóvens,atendendo às suas qualidades intrínsecas de latinos,mesclado-os com o que de melhor puderam adaptar dos orientais e europeus.Souberam,além disso selecionar em todas as etinias que compõem nosso universo multi-racial aqueles elementos que melhor pudessem assimilar a nova proposta.E os maiores responsáveis por toda essa revolução foram os técnicos,que de uma forma aceitável conseguiram unir um grande número de profissionais em torno do ideal comum,respeitando-se salutares e benvindas divergências,mas concordes no fóco principal e revolucionário,uma nova e também revolucionária escola de volibol.E ai estão os resultados,formidáveis,irretocáveis e profundamente inteligentes.Enquanto isso tudo ocorria,nossos técnicos mergulhavam de cabeça no"basquete internacional" todos em busca do velocino de ouro,mas ao não se amarrarem ao mastro de seus navios,tal qual fizera Ulisses em priscas eras,foram tragados e levados pelo canto das sereias,onde até hoje estão,perdidos e devidamente afogados.Ontem mesmo um Sr.Joe Santos,vem a nossa terra,na qualidae de procurador,ou sei lá o que ,do jogador Nenê,para afirmar que uma solução para a seleção brasileira,e quiça,para os jovens praticantes de nosso país é termos na direção de nossa equipe um técnico americano,pois os nossos não souberam tirar proveito das qualidaes de seu pupilo nos Jogos do Pré-Olimpico.Engraçado, é que nem os técnicos da equipe profissional americana também não encontraram solução para nosso bravo pivô,fazendo-o jogar como ala,deixando-o naquele espaço de terra de ninguém entre a ala e o miolo do garrafão.Em alguns jogos que foram transmitidos dava pena ver aquele gigante correndo de cêsta a cêsta de bússola na mão a procura da bola.Afirmar que foi sub-utlilizado no Pré-Olimpico sôa muito mal quando comparado com a sua sub-utilização na equipe do norte.Ademais,fica a pergunta ainda não formulada-Por que a preparação para uma temporada da NBA é sempre antagônica às necessidades de uma seleção brasileira?Quais fatores e exigências são fundamentais para aquele campeonato,que não se coaduna com os da FIBA? Deixo para o seu Santos responder,em inglês,e se possivel na terra dele. Essas absurdas interferências ferem de morte o prestigio de nossos técnicos,se é que ainda têm algum,dentro do amado universo do "basquete internacional".Por termos chegado ao fundo do poço,temos duas opções a escolher: Lá permanecer em berço não tão explêndido assim; ou tentar escalar suas fundas paredes e emergir pela borda,para uma sacrificada redenção,em busca do que perdemos,pois muito antes do volibol fundar sua nova escola,tinhamos a nossa,inigualável e vencedora.Tinhamos campeonatos de equipes de base que alimentavam nossas equipes de elite,em todos os campeonatos,nacionais e internacionais.Tinhamos,inclusive escolas nossas,a paulista,a carioca,a mineira com seus pedaços de esparadrapo acima de uma das vistas,a gaúcha,a pernambucana,a goiana,e tantas outras,que apesar das diferenças mantinham um cerne em comum,a velocidade,a capacidade reboteadora,a pujança nos arremessos,e acima de tudo o orgulho de jogar bem e vencer com dignidade.Tivemos tecnicos maravilhosos em suas diversidades,mas uníssonos em sua brasilidade e amor pelo que era nosso.Hoje falam um inglês de praça Mauá para instruir americanos de quinto escalão,e copiam uns dos outros o mais obscuro dos sistemas de jogo,o passing game.Que tal uma bela e salutar briga de foice,uma formidavel discussão do que poderemos fazer em termos técnicos e táticos.Que cada um trouxesse suas experiências,seus filmes,videos ou uma simples fóto,suas estatísticas,suas idéias,seus anseios.Que se organizassem encontros regionais,para que mais adiante seus representantes se reunissem em polos regionais,para finalmente se encontrarem no climax nacional e resolvessem de uma vez por todas como e de que forma ensinaremos e prepararemos nossos jovens,como treinaremos nossas equipes,em torno de que sistemas,para daqui a um relativo longo tempo possamos ter nossas seleções de volta ao seu lugar de merecimento.Se existem verbas para encontros de politicos do esporte,por que não dos técnicos?Por que as associações de veteranos não poderiam iniciar os entendimentos para esses encontros?Afinal todos seus participantes e sócios foram, de alguma forma, beneficiàrios deste magnifico jogo.Por que não tentar ajudá-lo promovendo seu soerguimento técnico,com os técnicos? Sairão discussões? Claro,e muitas,mas não tão graves como a atual situação de insolvência do basquetebol brasileiro. Coloco-me na primeira linha dessa campanha,pois devo ao basquetebol os melhores anos de minha vida.Ai está a proposta.
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