Basquete Brasil
Discute a atualidade da modalidade no Brasil, e suas implicações a um possível soerguimento técnico.
02 setembro 2007
O SABER UTÓPICO.
E o Pré-Olímpico chegou ao fim, e com ele nossas esperanças de classificação até uma nova e dificílima oportunidade no ano que vem. Muito se discutiu , muito se escreveu, mas no final das contas todos nós perdemos algo de muito precioso, a fé em nosso futuro imediato, sem muitas perspectivas no futuro remoto. E o principal fator, aquele menos discutido, até mesmo omitido do conhecimento da massa torcedora, e convenientemente negado pela elite diretiva do nosso desporto, é que qualquer mudança, possível ou não, sempre estará condicionada à realidade política que a mantém sob o rígido controle e comando da nefasta elite, para a qual a continuidade diretiva é o supremo troféu a ser alcançado e mantido ditatorialmente. Democracia e seus conceitos de progresso humano e político, são objetivos a serem renegados sempre que possível, garantindo o continuísmo desvairado, ao custo de benesses e sistemáticas trocas de favores e votos.
Logo, esqueçamos que substanciais mudanças possam vir a ocorrer, que ponham em risco tão ciclópica estrutura. A direção e comando de seleções brasileiras são um peso considerável no jogo político, principalmente quando os votos de federações poderosas e influentes lastreiam o continuísmo vigente. Qualificação e conhecimento técnico reconhecido e testado não representam muito quando o que está em jogo é a segurança e manutenção de uma alcatéia bem treinada em sobrevivência e propriedade das chaves dos cofres. O apadrinhamento que garante o escambo político definirá quem o representará na forma de comissões técnicas. Sempre foi assim, e assim continuará sendo, até um dia que consigamos estabelecer no país uma política desportiva que privilegie o talento, o conhecimento e o respeito pelos valores educacionais e técnicos.
Mas, ainda não nos negaram o direito aos sonhos, que é um legado daqueles que sempre estarão do outro lado da cerca, e que ainda teimam em passá-los e incentivá-los pelas gerações de jovens que acreditaram, acreditam e continuarão a acreditar no sonho que de tão impossível pode ser sonhado como plausível, tocado e vivenciado por algumas mãos que o poderão tornar realidade, um dia.
Iniciei este artigo na forma de uma resposta a um post e alguns emails que recebi perguntando o que faria se fosse guindado à direção da seleção brasileira depois do recente desastre no Pré-Olímpico. E a melhor e utópica resposta já consta de muito dos arquivos deste humilde blog, que sugiro, num exercício, que sei e avalio penoso, uma releitura dos mesmos, que foram tantos, mas numa concisa e restrita escolha, passo a enumerar:
O QUE NOS FALTA TREINAR-28/09/2005
O QUE NOS FALTA TREINAR II -03/10/2005
COMO GOSTO E SEMPRE JOGUEI – 24/10/2004
COMO DEVERIAMOS JOGAR – 25/11/2004
POR ONDE (RE) COMEÇAR – 06/01/2005
O QUE TODO TÉCNICO DEVERIA SABER – 11/02/2005
Após a cansativa leitura, acredito que entenderão quão utópicas são as respostas, na medida direta da mais utópica ainda pergunta. Mas como não nos custa sonhar o sonho impossível, que ao menos fiquem os posicionamentos e princípios técnico-táticos, assim como os conceitos éticos e culturais, como sinceras e honestas sugestões para aqueles que serão os responsáveis pelo futuro de nossas seleções. A todos eles desejo sucesso e bom trabalho. Amém.
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