Basquete Brasil
Discute a atualidade da modalidade no Brasil, e suas implicações a um possível soerguimento técnico.
11 junho 2005
57% DE UMA TRISTE REALIDADE.
A Revista Megazine,que vem encartada às terças feiras no O Globo,publicou essa semana uma matéria sobre a pesquisa feita pela UNESCO com jovens brasileiros na faixa dos 15 aos 29 anos,onde ficou atestado que 57% delas não praticam qualquer tipo de atividade desportiva em seu dia a dia.Vale a pena tomar conhecimento da materia para podermos avaliar a quantas andam a educação de nossos jovens,que são a reserva intelectual da nação.Essa situação caótica prova de uma vez por todas o crime que foi cometido com a Educação Física do país,desde quando transferiram criminosa e propositalmente a formação dos futuros professores da área das Ciências Humanas para à de Ciências da Saúde, alijando a medio e longo prazos a influência primordial dessa disciplina na educação plena de nossos jovens nas escolas do país.A formação pragmática e paramédica instituida desde então tornou-se antagônica aos conceitos didáticos e pedagógicos que constituem os primados da carreira de magistério,transformando licenciaturas em bacharelatos,passando inclusive a formarem personal trainers, antítese de professores de turmas dentro das escolas.Escrevi nesse mesmo blog varios artigos que abordam o tema em profundidade,mas não poderia deixar em branco a menção desse trabalho da UNESCO,pois sedimenta uma verdade aterradora e inacreditável no âmbito daqueles que sempre lutaram por uma educação ampla,democrática e de qualidade, um direito constitucional de todo jovem cidadão brasileiro.Resta aos mesmos o caminho das academias e dos personals,pagando a peso de ouro o que lhes foi tomado de direito,por um plano diabólico e magistralmente conduzido por um bando de empresarios do esporte,com ganhos estratosféricos, que se locopletam da ausência proposital de políticas educacionais e de um minimo de patriotismo.Quem comanda hoje o processo é o Ministerio dos Esportes e o COB,apropriando-se de uma função básica e fundamental que caberia,como sempre coube, ao Ministério de Educação,sob o aval de uma instituição de controle, pseudamente ético,estruturado a imagem das áreas médicas,o Conselho Federal de Educação Física,que substituiu o conceito de Professor,pelo de Profissional de Ed.Física. A sutil mudança na formação acadêmica deu substrato a essa grande rapinagem,que seria impossivel se a mesma continuasse na área das Ciências Humanas, na área de formação de Professores.Por tudo isso,o estudo da UNESCO presta um grande serviço à sociedade brasileira por colocá-la à par de uma realidade contundente e preocupante,mas que tornada pública poderá gerar discussões que possam vir de encontro às inadiáveis soluções,vizando o melhor para os nossos jovens,para às nossas escolas.
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