Basquete Brasil
Discute a atualidade da modalidade no Brasil, e suas implicações a um possível soerguimento técnico.
05 junho 2005
ENFIM OS ARMADORES!
Das quatro equipes semifinalistas do Campeonato Nacional,três já se utilizam de dois armadores na maior parte do tempo em seus jogos,numa evolução que nos dá a sensação de que o bom senso vai se impondo aos poucos.A velocidade aumentou,o número de passes estéries diminuiu e os arremessos ganharam um pouco mais de tempo para serem realizados, com mais equilibrio e presteza.Mas subsiste a formação coreográfica enraizada entre nos que destina a um dos armadores a posição isolada no meio da quadra como o iniciador das ações,obrigando quase sempre os pivôs a virem para a linha dos três pontos para atuarem em funções que deveriam ser executadas pelo outro armador ou um ala.Essas atitudes só diferem das formações com um só armador pelo grande acréscimo de qualidade que a presença de um outro armador conota no aspecto técnico dos fundamentos básicos do jogo. Porém, ficamos imaginando o quanto de eficiência coletiva fica desperdiçada pelo distanciamento dos armadores na quadra. Com os mesmos próximos,fosse no centro ou nas laterais do perimetro,as jogadas em duplas,tanto em corta-luzes,como em dá e segues,e tendo o pivô do lado contrário à bola,em muito aumentariam as oportunidades triângulares com os alas e o pivô em constante movimento de encontro aos passes,e nunca plantados a espera dos mesmos.O trabalho em dupla fora do perimetro,efetuado por dois especialistas no drible e nos passes,coordenado com o trabalho paralelo feito pelos alas e o pivô próximos à cesta desencadeariam tantas oportunidades de curta e média distâncias pela pressão em cima da defêsa,fosse ela de qualquer tipo,que os arremessos longos seriam grandemente beneficiados pelo fato dos passes sairem de dentro para fora do perimetro, e não em torno do mesmo.Os jogadores altos estariam pemanentemente próximos à cesta em dupla ou trinca,com um dos armadores garantindo sempre o equilibrio defensivo.Seriam eliminados definitivamente os passes paralelos à linha final,fator este que tem propiciado inúmeras interceptações de passes em todas as partidas até agora realizadas.Finalmente,ficaria garantida a qualidade das ações de armação e execução de jogadas sem as ridiculas falhas que a maioria de nossos homens altos cometem quando,por força do absurdo sistema que ora empregamos,se situam em funções que comprometem seriamente, por não serem aquelas para as quais estão preparados.Sei que muitos técnicos,até alguns mais antigos, e a maioria dos novos,ficarão contrários a essa proposição que sugiro,mas se inteligentes forem procurarão estudá-la,pois se adequa às nossas características,ao nosso pendor pela improvisação e pela inata criatividade que possuimos.E era dessa maneira que jogavamos quando nos impuseram esse câncer com o pomposo e enganador título de "basquete internacional",que é o sistema que a turma lá de cima impôs,ou tentou impor ao mundo como forma inteligente e matreira de supremacia politico-desportiva,e que graças a uns poucos e geniais países se viram destronados em sua empáfia e arrogância. Por que não seguimos o mesmo caminho? Porque? O que nos falta?
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