Basquete Brasil
Discute a atualidade da modalidade no Brasil, e suas implicações a um possível soerguimento técnico.
25 agosto 2005
ÊRROS ESTRATÉGICOS
Foram três jogos treinos e três vitórias"incontestes",isto para a nossa comissão técnica.Para o técnico americano e seu assistente Johnson,simplesmente o maior armador que passou pelo Boston Celtic,foram três ensaios de como vencer na hora do "pra valer".Foi o jogo dos armadores,pelo menos dois de cada lado,evoluindo,driblando,assistindo nos momentos certos,mas com uma primordial diferença.Os nossos mais pontuando do que assistindo,os deles assistindo em condições de absoluta precisão aos seus especialistas de três pontos.O nosso grande especialista,Marcelinho,na maioria das vezes construia seus espaços,e quase sempre bem marcado ou com muito pouco tempo para um arremêsso mais equilibrado,já que nosso armador priorizava a pontuação e não a assitência.Como segunda opção,vimos por diversas vezes nossos homens altos virem para o perimetro dos três pontos tentarem eles mesmos o arremêsso casual e não especializado,ou tentarem penetrações sem as habilidades necessárias a tais ações,fragilizando dessa forma as disputas nos rebotes ofensivos.Defensivamente fomos muito bem nos rebotes e bloqueios,mas pecamos pela insistência da marcação zonal ante dois verdadeiros especialistas nos três pontos.Por sua experiência em uma liga que prioriza a defesa individual,deveria ter cabido ao Alex e ao Leandro a marcação dos dois arremessadores americanos,ainda mais que so faltavam 6 segundos para o término do jôgo e venciamos por um ponto.Nosso armador Nezinho e nosso especialista Marcelinho não tem posicionamento equilibrado e movimentação de pernas suficientemente hábeis para marcar os americanos,e foi o nosso pecado mortal.A equipe americana perdeu por três vezes nos jogos "ditos"preparatórios mas aprendeu algo que utilizaram com maestria,como enfrentar um tipo de marcação a que não estão habituados,agindo como se a mesma fosse individual,ou seja,evitavam ao maximo os passes em torno do perimetro,e forçavam as penetrações frontais e laterais obrigando uma retração defensiva no miolo do garrafão deixando espaços mais do que suficientes para numa volta da bola de dentro para fora do mesmo encontrassem os especialistas absolutamente livres para os tiros fatais.Para uma escola que detesta,ou mesmo não se sente a vontade quando enfrentam defesas por zona,foi uma evolução preciosa a dos americanos,aos quais propiciamos com nossa proverbial receptividade as armas necessarias para nos derrotarem.Enfrentar adversários diretos em vespera de grande competição,e por três vezes,é no minimo falta de discernimento,ou certeza absoluta de nos achamos superiores.Enfim é prova de inabilidade e despreparo estratégico.Agiram os americanos como os lutadores de judô,que utilizam a força do oponente para desequilibrá-lo e vencê-lo,e nos deram um belo e bem aplicado wazari.Nezinho não tem culpa da falta que cometeu.Culpado foi quem o escalou para exercer uma ação da qual não está e nunca foi preparado,transformar velocidade horizontal em vertical,obrigando o lançador a alterar a trajetória da bola.Se soubesse fazê-lo o arremesso sequer teria sido tentado.Treinar fundamentos é basico,mesmo em seleções,e principios de defesa individual é um dos principais.Os americanos sabem bem disso.Estratègicamente,dez para eles.
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