Basquete Brasil
Discute a atualidade da modalidade no Brasil, e suas implicações a um possível soerguimento técnico.
22 outubro 2005
E LÁ SE PERDERAM OS CADETES.
Apesar do talento dos jovens cadetes brasileiros,que "surpreenderam" o técnico indicado para dirigí-los e treiná-los de tal forma,que o fez afirmar que com tal elenco teria todas as oportunidades de variar sistemas ofensivos,e tendo a ajuda bem-vinda dos técnicos da seleção principal,preocupados em garantir a continuidade do sistema de jogo que levará as seleções nacionais a conquistarem os mundiais deste e do ano vindouro e as vagas olimpicas,segundo promessas do presidente da CBB,foram os jóvens cadetes arrasados pela Argentina por mais de 20 pontos,após derrota para o Uruguai,e irão tentar uma terceira classificação contra Uruguai ou Venezuela.Em suma,em todas as categorias de formação o Brasil continua perdendo para Uruguaios e Argentinos,pelo anacronismo que se apossou de nossos técnicos em sua teimosia na adoção do que chamam pomposamente de "basquete internacional",que para os que realmente entedem desse jogo trata-se simplesmente de um arremêdo do terrível, estúpido e cretinizante Passing Game.Quando esses caras vão aprender o verdadeiro significado do jogo? Quando tentarão,pelo menos embrionáriamente,estudá-lo? Quando acordarão de sua ignorância do que seja formar um jogador dentro de padrões aceitáveis de boa técnica de fundamentos e liberdade de criação? Quando abdicarão do escravismo que impõem aos jovens,forçando-os a executarem coreografias pré- estabelecidas e péssimamente treinadas, e por isso mesmo incompreensíveis em sua lógica de um pragmatismo assustador? Quando libertarão esses jóvens de seus hieróglifos rabiscos que projetam em suas pranchetas o reflexo de suas limitadas idéias? Quando treinarão corretamente esses jóvens para que os mesmos tenham liberdade e alegria de jogar o verdadeiro jogo? Quando deixarão em paz nossos jóvens e nossas quadras de suas danosas presenças? Quando daremos oportunidade aos verdadeiros técnicos formadores e orientadores que existem nesse país,premiando-os pelo mérito,e não pelo político,despreparado e interesseiro QI? Quando deixará de existir a criminosa dicotomia entre técnicos de formação e técnicos de banco? Os que para alguns só sabem formar mas que devem ceder seus lugares para os"estrategistas" de banco,fator este que premia apaniguados em função dos que realmente conhecem profundamente o jogo? Desde quando técnico formador só serve para fornecer material a uma curriola de "estrategistas"? Pois saibam,distintos luminares, dirigentes e pseudo-técnicos,que os maiores e mais respeitados técnicos do mundo são aqueles que se projetaram como formadores,dos mirins aos profissionais,e que por essa ampla e longa formação alcançaram meritóriamente a honra de dirigir suas seleções nacionais,ao contrário de nós que as utilizamos como moeda de troca política em função de continuismos e perpetuações de poder.Quando respondermos essas questões,teremos dado os primeiros e trôpegos passos,que poderão,um dia,nos levar de volta ao verdadeiro sentido do jogo,ao nosso verdadeiro lugar.Por enquanto,enganação, engôdo e má-fé,nos afundarão cada vez mais nesse poço de ignorância e absoluta falta de bom-senso.O basquetebol brasileiro não merece tal tratamento,inescropuloso e anacrônico. E que não tornem a acusar esses jóvens de terem falhado arremessos e disposição defensiva.Falharam,falham e continuarão falhando técnicos que se formam dentro das premissas do "vamos lá!",do "vamos correr que ainda dá!",das pranchetas milagrosas. Que os deuses nos protejam,e fervorosamente,Amén. PS-Ofereço essa crônica ao grande Geraldo da Conceição,que aos 82 anos continua formando e dirigindo equipes em Brasília.Ao grande mestre meu respeito e profunda admiração.Obrigado por seu exemplo e dedicação.Paulo Murilo.
1 Comments:
Olá!
É triste porém verdadeiro o que escrevestes.Não só os técnicos são meros figurantes que nada ou muito pouco sabem sobre basquete como grande parte dos convocados são apadrinhados de algum figurão e que tiram o lugar dos verdadeiros atletas de ponta.Exemplo disso, foi o evento do Adidas Camp, quando alguns atletas do sul do país tiveram grande destaque e a maioria dos dirigentes presentes nunca haviam escutado falar sobre os mesmos. Aí vem aquela pergunta idiota........ "como ninguém nunca me falou sobre este menino ?". Enquanto os apadrinhamentos foren prioridade no nosso basquete,terás assunto o suficiente para escrever por mais alguns anos sobre as derrocadas de nossos times.
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