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Prof.Paulo Murilo 

15 agosto 2006

O ÓBVIO ULULANTE.

Sim senhores, temos uma equipe, pronta para os embates que advirão. E como foi possível que nenhum de nós se apercebeu da existência da mesma? A escalação que veio desde o primeiro jogo, seria sem dúvida , uma escamoteação do que seria a base inicial, do que seria a linha de frente da equipe? Começadas as partidas, mexia-se um pouco aqui, outro pouco acolá, mostravamo-nos incipientes em um momento, brilhantes em outros, combinações em que alas armavam, em que pivôs vinham arremessar dos 3 pontos, onde, num relampejar dois armadores atuavam juntos, e que ao se acertarem eram sacados rápido para não darem nas vistas, em que pivôs reservas dos reservas eram lançados às traças, e que, finalmente, sistemas de jogo, defensivos e ofensivos, se mostravam claudicantes ante o vendaval de trocas e combinações díspares dos jogadores, dando aos futuros adversários a falsa dimensão de nossas fraquezas, fraquezas estas que se tornarão armas letais quando a bola subir para valer? Êta estratégia genial, que de tão avançada e diabólica nos levou, e aos nossos competidores, para o campo do descrédito pelo que foi apresentado, mas que, como toda ação de gênios(são 4), só estravazará à partir do primeiro jogo do Mundial? Naquele que será o momento das grandes revelações, testemunharemos o nascimento de uma equipe fantástica, a única que considerávamos, nós e as outras equipes, completamente improvável por não se apresentar por mais de 1/4 de jogo, por não apresentar absolutamente nada que pudessemos sequer desconfiar que alí estava, ao alcance de nossas tênues convicções, a gema das gemas, a verdadeira seleção nacional? Trata-se de uma estratégia revolucionaria, a de esconder até de si mesmos o quanto de formidáveis são. Só exageraram um pouco ao perderem todas as partidas menos uma, pois mesmo dentro de um plano genial, perder todas daria indícios óbvios demais. No entanto, a eleição de dois de nossos jogadores para o quinteto do torneio, quase pôs tudo à perder, e que para não causarem impressões erradas, receberam seus troféus pelas mãos do mago treinador. Hermenêutica, esta é a chave do sucesso vindouro. Equipes que treinam e se apresentam para valer em torneiozinhos de véspera de um Mundial, que aprimoram seus esquemas e sistemas de jogo, que se dedicam à fundo na premissa de que devem fazer e apresentar o melhor de sí mesmos, são equipes fadadas ao insucesso, pelo menos sob a genial e trancedental ótica de nossa tão, ou mais genial comissão técnica. E pensar que gastamos horas na frente de um televisor, para escrevermos, discutirmos, sugerirmos, e até impormos pontos de vistas completamente à esquerda da suprema realidade? Quanta ingênuidade, quanta, desculpem a expressão, babaquice! Leandro, Marcelo, Guilherme( Alex?), Spliter e Varejão, eis a equipe que ninguém jamais desconfiou que existisse. A equipe da nossa redenção, a equipe genial. Agora, que compreendo a "profundidade secreta" de nossa preparação, ajoelho-me, e contrito clamo no espaço sideral- Valei-me Padim Ciço!

2 Comments:

At 9:45 PM, Anonymous Anônimo said...

espere, quem escreveu esse texto? o professor Paulo Murilo ou alguem da CBB?

 
At 5:55 PM, Blogger Basquete Brasil said...

Prezado Leandro,o texto é meu, produto de uma "profunda"análise, pois não é todo dia com que nos deparamos com"genialidades".O preparo de nossa seleção,pelo seu ineditismo e conceitos da mais absoluta tecnicidade,raiam ao inimaginável.Como e perante minha ignorância, não encontrei explicações plausíveis para normais análises, rendo-me aos conceitos dos gênios(são 4!)e aguardo com emoção seus resultados.Puxa Leandro,devemos respeitar os "gênios",são tão poucos...
Um abração,Paulo Murilo.

 

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