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Prof.Paulo Murilo 

25 janeiro 2007

INVÍCTOS DE BASQUETEBOL...

Quatro da tarde de uma quinta-feira, ginásio às moscas e uma temperatura ambiente rondando os 35°. Eis o cenário perfeito para o encontro de duas equipes invictas no campeonato nacional.Maior absurdo e total incoerência, impossível. E ainda querem popularizar o basquete no país. Foi um jogo cansativo, medíocre e profundamente chato,muito chato. Duas equipes jogando rigorosamente iguais nos dois primeiros quartos, até na utilização de dois armadores, marcando deficientemente, e com erros de fundamentos acima da media. No segundo tempo, a equipe de Brasília inovou com o lançamento em quadra de quatro armadores, reforçando dessa maneira seu sistema defensivo, e contra-atacando em velocidade,

movida pela maior habilidade de seus jogadores nos passes e nos dribles.

Claro, que para o consumo interno, a utilização de quatro jogadores afeitos

aos movimentos e comportamentos de armação,deram à equipe o domínio e firmeza necessários para efetuarem mais e melhores ações de ataque, assim como, reforçaram o jogo de antecipação defensiva pelo aumento da velocidade. Mas quando digo para consumo interno, refiro-me à drástica redução da média de altura da equipe em quadra, fator altamente restritivo se a mesma estivesse disputando uma competição internacional, o que será uma realidade ao se situar nas primeiras colocações ao final do campeonato. E é exatamente nesse ponto que o nosso basquete se torna frágil e com poucas chances internacionais. Temos, com urgência de redimensionarmos o treinamento e preparo de nossos homens altos, alas e pivôs, para que os mesmos consigam atingir o domínio dos fundamentos o mais próximo possível dos armadores, principalmente nos passes, no drible e nas fintas. Podemos e devemos jogar com dois armadores, hoje na faixa dos 1,85 a 1,90 m., que para os nossos padrões é mais do que razoável, mas também necessitamos que alas e pivôs não continuem à destoar tecnicamente daqueles. E isso só será possível com treinamentos especializados desde à formação, e realizados por quem realmente conhece o ensino dos fundamentos.

Como disse anteriormente, foi uma vitória para consumo interno,

Para justificar investimentos feitos, para garantir uma liderança muito mais de valor político do que técnico. Em se tratando de uma equipe que representa a elite do basquete brasileiro, torna-se altamente preocupante o que possamos esperar dela quando, mais adiante, participar dos campeonatos sul-americanos, e quando alguns de seus jogadores vierem à representar o país pela seleção nacional.

Foi o jogo das péssimas defesas e do elevado índice dos arremessos de três pontos, mas também foi o jogo das bolas roubadas pelos quatro armadores do vencedor. Foi esse o diferencial. Cinco bolas interceptadas, dez pontos no marcador. Muito pouco para um jogo de lideres invictos, muita pobreza técnica, muita ausência tática. Mas é o que temos de melhor, o que nos coloca numa situação de indigência preocupante e profundamente angustiante. Sinto medo do que ainda está por vir. Sinto medo de não podermos estar competindo em London-2012.