Basquete Brasil
Discute a atualidade da modalidade no Brasil, e suas implicações a um possível soerguimento técnico.
22 março 2008
CONCEITOS X FUNDAMENTOS II
A Loucura de Março do basquete universitário americano realmente transcende a nossa percepção do que venha a ser basquete organizado em todos os sentidos. Mais agora, que pela internet podemos acessar todos os jogos, ao vivo e à cores. Dá gosto ouvir comentários de quem realmente entende do riscado, enxutos e objetivos, feitos por quem convive com uma realidade muitos furos acima da nossa. E por conta desse espetáculo anual imperdível, por pouco deixei passar uma notícia dada no Databasket intitulada “Testes físicos ajudam comissão técnica da sub-15 masculina”, publicada no dia 19 desse mês.
Custei a acreditar no que estava lendo, incrédulo e profundamente preocupado. Por longos e longos anos me dediquei à categoria Infanto-Juvenil, hoje chamada de cadetes, e que sucedia a de Infantís, com idades entre 13 e 14 anos, exatamente na faixa da atual Sub-15. Se no Infanto, a minha preocupação maior era a de ensinar e treinar jovens em uma fase decisiva em sua maturação como indivíduo, situado a meio caminho da puberdade, com suas drásticas modificações morfológicas e psicológicas, e sua propensão ao confronto com as gerações mais adultas, maior ainda eram minhas preocupações quanto àqueles jovens infantis, principalmente perante uma realidade competitiva, para a qual sua constituição física e nervosa ainda se encontrava em plena maturação. Por estes motivos, sempre me coloquei contra a competições de caráter nacional para as mesmas, aceitando com ressalvas as de caráter regional e estadual, assim como, sempre defendi a adaptação de algumas regras do jogo, a fim de adequá-las às características daquelas fases de maturação. Posse de bola mais extensa e participação obrigatória de todos os jogadores das equipes nos jogos, eram algumas das propostas que sempre defendi.
Em suma, sempre propugnei pelo ajuste de algumas regras no intuito de proteger e desenvolver a evolução técnica dos jovens, guardando os princípios de sua maturação e ritmo orgânico e mental.
Pois bem, está lá na matéria publicada : “Fizemos alguns testes para identificar o tipo físico, ossatura, envergadura, velocidade e impulsão dos atletas(?) e ver quem tem o perfil ideal para o basquete. Na verdade, nos dias de hoje, não é o atleta que escolhe o esporte, é o esporte que escolhe o atleta. Os resultados apontam as características morfológicas e motoras, dando subsídio para identificar talentos e aprimorar determinados aspectos. Vamos fazer um relatório, que será entregue aos atletas e seus clubes para que possam trabalhar os detalhes necessários”, explicou o preparador físico Fábio Ganime.
Ou seja, tenta-se voltar ao tempo da DDR, República Democrática da Alemanha, da República Popular da China, e mesmo da URSS, com seus testes em massa de jovens escolares, em busca de “talentos” que foram reduzidos a pequenas máquinas voltadas à propaganda de suas políticas, onde até a menarca de suas meninas era retardada em função de um pseudo desenvolvimento técnico nas quadras, piscinas e pistas do mundo, comprovando a excelência de seus projetos políticos e de educação. E todos sabemos no que deu tão estúpida e selvagem aventura. Muitos daqueles “atletas” ainda hoje padecem daquele “tratamento científico”. E como afirmei , não acreditei no que estava lendo, ainda mais por se tratar de uma seleção púbere. Revolta-me em particular a afirmativa de que nos dias de hoje não é o atleta que escolhe o esporte, é o esporte que escolhe o atleta. Esqueceram-se de um detalhe fundamental ao definir tal absurdo, o de que não se trata de atletas, e sim adolescentes, com seus sonhos e ídolos.
E foram mais sofisticados : “Realizamos o teste de velocidade com dispositivo de fotocélula para ver o tempo de deslocamento do atleta em cinco e 20 metros. Isso serve para identificar aqueles que podem puxar os contra-ataques, por exemplo(...)”.
Meus deuses, segundo eles, ser velocista caracteriza o puxador de contra-ataques, e não aqueles que dominam o drible e os passes velozes, fatores que independem de velocidade física, e sim percepção espacial em particular.
“(...)Os saltos verticais com plataforma verificam a impulsão dos atletas e nos mostram os que têm mais chances de garantir os rebotes(...)”.
E eu que sempre pensei que capacidade reboteira é uma qualidade fundamentada principalmente no domínio do binômio tempo-espaço, que em muitos casos transforma jogadores não muito altos em excelentes reboteiros, que ai sim, no caso de os reconhecermos, uma atividade de incremento de impulsão, na medida que a mesma não estabeleça uma quebra do binômio, sempre será admissível, mas nunca perante a ótica inversa como a proposta pelos testes mencionados, ainda mais em se tratando, repito, de jovens de 13 a 14 anos.
“ (...) Utilizamos o teste do “yoyo”(?) para verificar a resistência cardiovascular do atleta. Ele consiste em correr de um determinado ponto a outro, conforme o som emitido pelo aparelho. O intervalo entre um “bip” e outro vai diminuindo, levando o atleta a exaustão(...)”.
Exaustão? É isso mesmo que li, exaustão? Então está tudo errado no mundo da preparação física em nosso país, já que levamos jovens de 13 a 14 anos a estados de exaustão, numa fase em que seu corpo se encontra em evolução em todos, todos os sentidos, físico, estrutural, nervoso e psicológico, não tendo maturidade para enfrentar intromissões que violentem o ritmo evolutivo de seu organismo, o que poderá ocasionar sérios danos no futuro.
E concluindo, para o técnico Christiano Pereira, essa avaliação é um dos pontos fundamentais para o trabalho da equipe técnica. “Esse feedback é importante para a comissão técnica na hora de selecionar os doze jogadores para defender a seleção brasileira nos campeonatos internacionais. Com os testes, temos conhecimento do que cada um pode render em quadra e como podem ser úteis ao nosso esquema tático. Às vezes ficamos com dúvida em relação a dois atletas e nessa hora, o conceito físico nos ajuda a tomar a melhor decisão”, comentou Christiano.
Como vemos, para a seleção dos futuros jogadores do país, o que importa é o fato de serem úteis ou não ao esquema tático da comissão, que para o caso de dúvida sobre quem deverá ou não prosseguir na equipe, os testes dirimirão as dúvidas. Inaceitável, absurdo, comprometedor já seria se estivessem preparando equipes sub-19, e até sub-16, e não uma sub-15! No artigo anterior que publiquei, Conceitos x Fundamentos, em 3 de março desse ano, conclamei e desafiei a comissão técnica a transformar seus treinamentos numa inovadora clinica de fundamentos, que são os elementos básicos do jogo, e que qualifica os jogadores para os sistemas ofensivos e defensivos , dos mais simples aos mais complexos, onde aprenderiam as verdadeiras finalidades do jogo, e onde aprenderiam a amá-lo, por conhecê-lo no que apresenta de mais belo, o domínio do mesmo.
Quanta pretensão a minha, que por muito mais de 40 anos ensinei , não só os jovens jogadores, mais também jovens professores e técnicos a observarem o preceito mais primário do esporte, o respeito permanente e rígido aos limites de cada faixa etária, preparando-as para os degraus da evolução, que devem ser galgados com a calma e a precisão dos vencedores, não só nas quadras, como também na vida.
Estamos colhendo os efeitos nefastos da transferência das licenciaturas de Educação Física da área das Ciências Humanas para a da Saúde, com seu pragmatismo exacerbado e desconhecimento quase absoluto do humanismo, elemento fulcral das políticas educacionais de um país. Em 1972, quando essa mudança foi estabelecida, fui um dos pouquíssimos professores que se insurgiram contra a medida, prevendo exatamente o que vem ocorrendo nos dias de hoje. Vai ser difícil, mas não impossível, reverter tal quadro, ainda mais quando se trata de uma indústria, a do corpo, que segundo o Atlas da Ed.Física do Comte.Lamartine , movimenta 12 bilhões por ano no país.
No entanto, e por enquanto, sugiro aos pais de todos os jovens abaixo dos 15 anos que exerçam uma vigilância enérgica quanto à preparação técnica de seus filhos, seja em que modalidade for , exigindo que a mesma obedeça e respeite faixas etárias e princípios educacionais, principalmente quando se tratar de seleções representativas, municipais, estaduais e nacionais, pois somente dessa forma evitarão despropósitos e aventuras, nem sempre estéreis.
E que os Deuses protejam nossos sub-15 remanescentes.
Amém.
17 Comments:
Professor Paulo Murilo,
E muito triste acompanhar estas noticias. O pior e que estas pessoas acham que estao fabricando garrafas de coca-cola. O interessante e que uma bateria de testes similar a esta sera utilizada na apresentacao de nossos jogadores para o pre-olimpico diminuindo ainda mais o tempo de treinamento de quadra. Aproveito para constatar que alguns dos nossos maiores jogadores de basquetebol nunca teriam jogado basquete se dependessem dos resultados destes testes. Paulo tudo isto e uma vergonha!
Belo texto do Professor Paulo,
grande comentário do Professor Walter e pior ainda, se ainda estivessem corretos nos testes que fazem,
cometem o equivoco de comparar duas pessoas em uma fase que alguns evoluem cedo demais, outros mais tarde, enfim ... o crescimento e o desenvolvimento não são lineares e tão pouco iguais para A e B.
Achei brilhante o texto. Parabéns professor, um abração,
Henrique Lima
Caro Walter,você já imaginou essa turma testando o Michael Jordan em sua escola aos 14 anos, quando sequer conseguia vaga para treinar?E o obeso Duncan na mesma idade? E quem sabe o todo descoordenado Olajon em sua aldeia natal?Parece brincadeira,mas é um caso muito sério essa intromissão de quem não conhece absolutamente nada de esportes,na pretensão quase criminosa de projetar talentos.Isso é Brasil meu caro.Um abraço,
Paulo Murilo.
Prezado Henrique,daqui a mais um pouco estarão incentivando a gurizada a caminhar em brasa ardente,como teste de dominio da mente,o que já ocorreu às vesperas das últimas olimpíadas com muitos integrantes das seleções nacionais,com o Sr.Nuzman à frente como exemplo.Em terra de cego quem tem um...
Um abraço,Paulo Murilo.
Pidiendo permiso.
Paulo:
Excelente enfoque, felicitaciones !!
--Ser entrenador de basquetbol es sinonimo de ser profesor --
Nuestra funcion fundamental: el desarrollo Bio-Psico-Social del educando, en este caso del jugador (a).
El elemento determinante en el basquetbol es el "Tecnico-Tactico".
La neurociencia nos indica que el desarrollo de la corteza cerebral toma al menos dos decadas para desarrollar completamente sus funciones , entre ellas la toma de desiciones, y la consecuencia de sus actos entre otras.( la lectura de una situacion tecnico-tactica basquetbolistica , o una de caracter afectiva etc. ).
Esto destaca la importancia del planeamiento a mediano y largo plazo y la masificacion del numero de los participantes en el proyecto.
Si a esto le agregamos las etapas del aprendizaje motor:
1- Etapa de Inicial, torpeza en los movimientos, producto de una variedad de factores entre ellos: niveles de energia mental,percepcion, crecimiento en estatura,factores psico-sociales etc. (tengo la informacion, se que tengo que hacer ,o conocimiento declarativo).
2- Etapa Intermedia, ( los niveles de coordinacion son mucho mas elevados, producto de una adecuacion de la participacion de los procesoso cognoscitivos ( conozco la informacion y puedo ejecutar la tarea ,o conocimiento de Procedimiento ),como consecuencia de un entreno debidamente orientado en funcion del desarrollo del individuo ).
3- Etapa Superior , en donde el jugador logra su mayor rendimiento Bio-Psico-Social, Tecnico-Tactico ( conozco la informacion y puedo aplicarla en el momento adecuado ,o conocimiento condicional ).
Se le encontrara entonces,sentido a la llamada --regla de los diez años--, tiempo promedio para el funcionamiento / maduracion de un "Talento deportivo" en el basquetbol.
Entonces, si de antemano conocemos los procesoso evolutivos de los jovenes , cual bateria de test nos garantiza que los --mejores-- de ese momento, lleguen a ser los mejores en los años venideros ?
El trabajo de los fundamentos del basquetbol y la masificacion de los participantes a lo ancho y largo del pais, bajo la supervicion de entrenadores calificados es el camino a seguir.
Gil Guadron.
Carissimo Gil,quando um ministro da educação vem a público dizer que no Brasil professor só tem aumento em ano de eleição.Quando jogadores de futebol sem base acadêmica se transformam em professores ao se retirarem dos gramados.Quando um Conselho federal de Ed.Física forma sua base critica e política autorizando milhares de leigos pelo país,em cursos de 6 meses,transformando-os em professores,ou profissionais de EF.Quando técnicos de divisões adultas se negam auxiliar com suas experiências aos que se iniciam na profissão,e aos jovens que o cercam.Quando seleções estaduais e nacionais são transformadas em moeda de troca politica na indicação de seus responsáveis técnicos.Por tudo isso que tem mais de errado e comprometedor,como podemos cobrar ética e conhecimento técnico verdadeiro? Professor é coisa muito séria,pois representa a reserva intelectual de uma nação.Enquanto essa premissa não for levada à serio,não iremos a lugar algum,nem nas quadras,nem nas salas de aulas.Mas mesmo perante o caos,seus ensinamentos e os meus poderão,quem sabe,influir na educação dos muitos jovens técnicos que ainda acreditam em justiça e futuro para esse infeliz país.Um abração amigo, Paulo.
LA COMPLEJIDAD DE SER TECNICO DE BASQUETBOL.
"Todos de alguna u otra manera somos educadores"
El Basquetbol es un deporte caracterizado por una elevada carga cognoscitiva como producto de una constante toma de decisiones.
El jugador con o sin la pelota debe de analizar no solo propia situacion,sino tambien en relacion tanto con sus compañeros de equipo como frente a los defensores ,y entonces ejecutar la accion que considere la adecuada.
Aqui entran en juego los diferentes conceptos filosoficos tecnico-tacticos de los entrenadores, y el basquetbol entonces,se complica .
Algunos entrenadores toman decisiones tales como ejm. unos jugadores tiene "luz verde" para tirar siempre y cuando esten en su area de alto porcentaje pero a otros no les es permitido el tirar.Unos jugadores solo estan para poner "pantallas" etc.
Suguiero muy respetuosamente que en las categorias de formacion ( de cadetes para abajo )se le permita a los jugadores la "libre toma de decisiones",siempre y cuando ejecuten la tecnica correcta,siguiendo por supuesto el --curriculum-- estudiado / practicado a lo largo del proceso de entrenamiento.
Recuerde no hay dos jugadores identicos en lo referente a las destrezas ni fisicas ni psico-sociales,y los errores son parte del proceso de aprendizaje .
Los tipos de errores fundamentalmente pueden ser de dos tipos:
1- El no tener la informacion o,
2- Tener la informacion, valoro la situacion y tomo una decision.
En ese momento el papel de la re-troalimentacion toma una gran importancia, pues si usted no esta de acuerdo con la decision tomada por su jugador y lo --reprende--. Usted se esta tomando el riesgo que en el futuro los jugadores no tomaran iniciativas ( riesgo ) por temor a su reaccion.
Si por el contrario usted conversa con el y " ve" la situacion atraves de los ojos de su jugador, sera mucho mas efectiva en su retroalimentacion.
Siempre mantenga su compostura emocional, pues el mayor aprendizaje se logra bajo un ambiente de respeto, y centrado en las conductas ( movimientos tecnico-tacticos ) que deseamos modificar.
Usted como tecnico debe tener paciencia y la capacidad de escuchar las observaciones de sus jugadores, claro que la palabra final sera la suya, pero sus jugadores apreciaran en gran medida el que tome en consideracion sus opiniones pues eso hara que ellos se sientan valorizados.
En todo caso la retroalimentacion debe ser corta en duracion, si necesita mas de 30 segundos, saque al jugador del entreno y converse con el, y tan pronto finalize reincorporelo al entreno.
Recuerde jamas permita una mala tecnica independiente del resultado de dicha accion.
En lineas generales las llamadas destrezas motoras se clasifican en un continuum que vas desde las destrezas simples a las complejas .
El tiro libre seria un ejemplo de una destreza simple, pues las variables del entorno tecnico-tactico son relativamente estables.
Recibir la pelota en posicion de Forward , una defensa de ayuda, etc. son ejemplos de destrezas complejas, pues el entorno tecnico-tactico es mas que complejo.( una realidad cambiante).
Esto realza la importancia de una metodologia activa, dinamica, competitiva y cercana la realidad del partido en donde la tecnica y la tactica estan integradas.
Exijencias tecnicas ,ejercicios cortos e intensos, reproductores de la posible realidad tecnico-tacticas del partido,y con muy pocas interrupciones deben ser las caracteristicas del entreno.
Recuerde las destrezas motoras se aprenden solo practicandolas de manera correcta
Reduzca el tiempo de sus explicaciones o correcciones, no transforme un entreno de 90 minutos en uno de 35 .
Recuerde nuestra tarea la realizamos en los entrenos, ese es nuestro salon de clases, pues en el partido , muy poco podemos hacer.
Una anecdota del Coach John Wooden,( gano 10 campeonatos, universitarios entrenando a la UCLA , 7 de ellos ganados de manera consecutiva ) frente a un comentario de que su sistema de ataque era predecible, el respondio:" No soy un buen coach de estrategias,soy un Coach de los entrenos", "descubri hace mucho tiempo que para lograr un buen aprendizaje, para que el Coach sea efectivo debe de ofrecer la informacions en pequeños bocaditos para facilitar la digestion y disfrutar del banquete".
Gil Guadron
Então Gil,o ser professor exige algumas qualificações que o destaca dentro da sociedade onde vive e atua.Formação técnica,carater ilibado,comportamento ético e postura de liderança,são condições básicas para o exercicio do magistério.Técnicos são antes de tudo professores,responsáveis pela transmissão de conhecimentos,de fundamentos e de cultura,além de comportamentos fundamentados na ética e no sentimento de respeito pela cidadania.Por tudo isso é que lamento as enormes falhas existentes em meu país na formação desses profissionais,que como afirmei antes,são e representam a reserva intelectual da nação.No desporto essas falhas se avolumam,pois qualificam técnicos simplesmente por terem sido atletas,sem que lhes sejam oferecidas uma boa formação e um embasamento técnico-teórico.Simplesmente atuam e aplicam o que realizavam nas quadras,sem didáticas e principios básicos pedagógicos.Os resultados estão à mostra,representados pelo carater falimentar da modalidade em todos os seus segmentos.Lamentável realidade.Mas vamos nós remando contra à maré,procurando através esse humilde blog estabelecer alguns principios educacionais e técnicos,no afã de colaborar no soerguimento do basquete entre nós.E você Gil,participa também desse esforço,que pode ser de pouco alcance agora,mas,quem sabe,se agigantará mais adiante.Acredito que sim,daí prossigo na luta.Um abração do amigo, Paulo.
"VOCE NAO A FEITO O DIA PERFECTO SINO HA HECHO ALGO POR ALGUIEN QUE A LO MEJOR JAMAIS SE LO AGRADECERA"
John Wooden.
Concuerdo totalmente con usted sobre la importancia del profesor en la sociedad y, la del entrenador adecuadamente formado para desempeñar tal rol ,y la tarea que usted hace desde su "blog", Paulo es encomiosa.
"EN ESTA PROFESION SE PIERDEN MAS PARTIDOS DE LOS QUE SE GANAN, DE TAL MANERA QUE SI USTED ESTA EN ESTA PROFESION SIMPLEMENTE POR GANAR, ESTA EN LA PROFESION EQUIVOCADA", Dean Smith Ex- entrenador de la universidad de Carolina del Norte.
Claro que todos deseamos ganar,por los medios eticos, honestos y no debemos perder tal objetivo, pero no debe ser nuestro unico punto de evaluacion,pues nuestro principal rol es el de utilizar el basquetbol para formar buenos ciudadanos.
Recordemos que la inmensa mayoria de nuestros jovenes no jugara basquetbol de manera competitiva por muchos años,de tal manera que si logramos que ellos tengan una experiencia agradable,probablemente lograremos que sus padres y familiares apoyen el deporte ,y en un futuro ya como padres de familia o funcionarios , apoyen el basquetbol.
El entrenador debe siempre recordar que el esta en esa posicion para enseñar,recordar que esta ahi, para que sus jugadores aprendan ,y el aprendizaje toma tiempo.
El basquetbol nos permite educar a los jovenes en el plano emocional,fisico,mental ,y querramos o no somo un -- modelo a seguir -- y debemos comportarnos comportarnos como tales.
Para finalizar, sin arbitros ,sin los demas equipos, sin los demas colegas entrenadores no hay basquetbol, tratemoslos con respecto.
Gil Guadron
Gil,o seu depoimento explica a essência do projeto escolar,educacional,em qualquer país evoluido e dedicado aos seus jovens.Infelizmente,no meu,manter a ignorância é arma preciosa para a manutenção do status quo politico,pois um povo educado convenientemente,em hipótese alguma elegeria politicos bandidos que temos aos montes por aqui.Logo,essa juventude,futuros eleitores,têm de ser mantidos como massa de manobra para os interesses politicos de uma determinada casta que nos esmaga perenemente.Ed.Fisica,esportes,artes,
musica,dança,são elementos educativos que ao serem vedados aos jovens,os tornam manobráveis e submissos.E uma das formas de atingirem tais e escusos objetivos,é a desqualificação dos professores,submetendo-os a salarios indignos,e afastados das tecnologias e aperfeiçoamentos.Por tudo isso Gil,é que minha revolta se transforma numa cruzada de esclarecimentos,de idéias,de facilitação à informação,por menor que seja,mas dada com correção,dignidade e honestidade.É isso ai caro Gil.Um abração,Paulo.
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desmarcarse, ver, pasar y tirar,
UN ENFOQUE TACTICO.
"EL ELEMENTO TECNICO-TACTICO ES EL FUNDAMENTAL EN EL BASQUETBOL"
"SI AL FINALIZAR UN PARTIDO USTED DIO EL MAXIMO DE LOS ESFUERZOS QUE ES CAPAZ DE DAR,EL RESULTADO DE ESTE ES INMATERIAL,PUES EL GANAR O PERDER NO ESTA EN SUS MANOS,PERO SI ,EL PONER TODO SU EMPEÑO,Y ESO ES TODO LO QUE SE LE PUEDE PEDIR Y ESO SOLO USTED LO SABRA" (John Wooden )
El basquetbol es un deporte caracterizado por acciones, o situaciones de juego impredecibles.
Lo que subraya la importancia del practicar,entrenar los fundamentos del deporte utilizando una metodologia que reproduzca en gran medida, las posibles realidades que el jugador se enfrentara en los partidos.
En nuestro enfoque Psicopedagogico,debemos de subrayar la importancia de la adecuacion de las tareas al nivel cognoscitivo de los jugadores.
Como entrenadores debemos de conocer las razones principales por las cuales los jovenes participan del basquetbol.La investigaciones señalan varias causas, siendo las mas mencionadas:
"1- El divertirse,
2- Para mejorar mis destrezas y aprender algunas nuevas,
3- Por las emociones y el reto que eso implica,
4- Estar con mis amigos y hacer nuevos,y
5- Para tener exito o ganar".
Vemos entonces que los jovenes tienen una percepcion , quizas bien diferente a la manera en que los adultos ,vemos el basquetbol.
Entonces para motivar a nuestros jugadores, creo que seria muy buena idea el tomar en consideracion las conclusiones a las que llego el "Youth Sport Institute,Michigan State University",mencionadas previamente.
Como hemos apreciado,seria muy buena ideael desenfatizar el "ganar" como el objetivo central del proceso enseñanza-aprendizaje del basquetbol, pues para los jovenes esa no es una prioridad por la que participan en los deportes.
El punto central debera ser el evaluar los progresos individuales, es decir comparando los progresos que este jugador ha conseguido en relacion con el mismo,esto subraya la importancia que como entrenadores debemos de esforzarnos en darle a cada jugador la maxima atencion individual.
"EXITO ES LA PAZ INTERIOR,COMO CONSECUENCIA DE SABER QUE USTED HA PUESTO EL MAXIMO DE SU ESFUERZO EN LA TAREA ENCOMENDADA ,Y ESO SOLO USTED LO SABRA" (John Wooden )
Dada la complejidad de las acciones ofensivas,debemos de insistir en ellas de manera constante ,y dedicandole un mayor tiempo.
Conociendo que el basquetbol es un devenir de ataque y defensa,algunos entrenadores ,quizas por falta de tiempo, no trabajan con la intensidad necesaria los fundamentos del ataque en concatenacion con los correspondientes a la defensa.
Y lo que agrava la situacion es que en nombre de -- que hay que tener listo el equipo para la competencia, se dedican a enseñar jugadas o sistemas de juego en lugar de enseñarles a los jugadores a jugar basquetbol.
Pregunta ? Usted como entrendor, enseña jugadas, o enseña a jugar basquetbol ?
Bingo !!! El enseñar a jugar basquetbol es la respuesta correcta.
Veamos algunos aspectos de este enfoque,utilizando el tiro como marco de referencia.
El objetivo final del ataque es lograr un tiro de alto porcentaje,el que es definido durante los entrenos y que generalmente se acepta como la efectividad en el canasteo en los alrededores del 60 % de enceste .
Ei tiro de alto porcentaje es determinado, entre otras situaciones , de la siguiente manera:
1- Para todos los jugadores, si reciben la pelota en el "area pintada",( subrayaremos la importancia de ser ambidiestros en un radio de aproximadamente 3 metros del aro ),en esta area los tiros dominantes son: el tiro de salto y el de gancho.
2- Si tiene la pelota fuera del "area pintada", lo veo como situacion individual.Lo que es un tiro de alto porcentaje para el jugador "A", no lo es para el jugador "C".
Un punto de observacion en el inciso "2" , es que cada jugador debera trabajar intensamente tanto en los entrenos como en los partidos para recibir la pelota en su rango de tiro.
La calidad de tiros que el equipo tomara esta ligado al buen :" desmarque,pasado y cachado de la pelota ".
"RECUERDE EN UN PARTIDO EL TENER EL 45% DE EFECTIVIDAD ES MUY BUEN PORCENTAJE",insista en con sus jugadores en tirar desde sus areas de alto porcentaje,y no olvide que no siempre encestaran.
Algunas ideas al respecto:
1- Trate de recibir la pelota en "Su area de alto porcentaje".
2- Cuando llegue a esa area ,si esta desmarcado, pida la pelota extendiendo sus brazos,con las palmas de sus manos abiertas,sus rodillas flexionadas.
3- Como recibidor potencial, usted estara desmarcado usualmente por uno o quizas dos segundos, de tal manera que debera estar listo para tirar tan pronto reciba la pelota.
4- Cuando la pelota esta en el aire, el tirador potencial, da un paso hacia la pelota con la pierna mas cercana al aro,con las palmas de las manos abiertas,dedos extendidos,listos para cachar la pelotas.
5- El talon del pie toca el suelo al mismo tiempo que la pelota hace contacto con las manos,pivotea y esta listo pata tirar.
6- Recuerde en los entrenos ya se determino cual es un "buen tiro para usted",de tal manera que en el partido el equipo espera que usted tome la desicion adecuada.
Algunos puntos de referencia podrian ser:
1- El tirador esta en su rango de tiro, determinado en los entrenos.
2- El tirador esta desmarcado ( ningun defensa frenta a el ).
3- Debera estar "square-up" ,y en muy buen balance.
Desde el punto de vista de la defensa contraria, esta tratara entre otras cosas de:
1- Que usted no llegue o que no reciba la pelota en su lugar favorito de tiro, o su area de tiro de alto porcentaje.
2- Si recibela pelota, tratara de forzarlo a que tire de un angulo o posicion diferente.
3- Si usted es un buen tirador de media distancia, obligarle a que penetre driblando.
4-Si usted es un excelente penetrador,trataran de hacerle que tire de media distancia.
Para finalizar,reiterar la importancia de entrenar la seleccion de tiros,tratando de reproducir las posibles realidades del partido, practicando intensamente tiros ya del lado izquierdo, ya del lado derecho de la cancha,ya saliendo de un drible, de una pantalla,despues de la recepcion del pase,despues de una finta etc.
Respetuosamente.
Gil Guadron
Gil,com a excelente cabeça que tem,você se antecipou à materia que pretendo iniciar na próxima semana, retomando a série Sistemas, onde abordarei os sistemas de ataque.Como avant-premiere da mesma,esse seu comentário atinge em cheio os objetivos da mesma.Não faz mal,pois os leitores(sei que poucos se manifestam,como também sei que muitos nos lêem...)terão um gostinho sofisticado do que colocaremos à disposição e discussão dos mesmos.Obrigado pela sua magnifica colaboração Gil.Um abração do amigo de sempre,Paulo.
"QUE TAN BUENO EL ENTRENADOR FUE COMO JUGADOR NO TIENE UNA IMPORTANCIA REAL A LA HORA DE ENTRENAR. LO QUE REALMENTE TIENE IMPORTANCIA ES EL QUE TAN BIEN EL PUEDE TRANSMITIR LA INFORMACION Y ACTITUDES A SUS JUGADORES" Bob Knight ( el entrenador con mas juegos ganados en el basquetbol universitario de USA )
El metodo llamado : el todo - las partes, y luego la recomposicion del todo , me parece idoneo para estructurar la metodologia de nuestros entrenos.
Pues creo en la importancia de enseñar los ejercicios con una conexion directa a la posible realidad tecnico-tactica del partido en el contexto de la "Filosofia tanto defensiva/ofensiva de usted, como entrenador".
Partiendo de esta premisa cada ejercicio debera ser una pieza en la construccion ya de nuestro sistema de ataque /defensa, pues de esa manera los ejercicios tendran sentido para los jugadores y no solo para el entrenador.
"TENGA PACIENCIA Y JAMAS OLVIDE QUE USTED ESTA TRATANDO CON JOVENES QUE ESTAN EN SUS AÑOS FORMATIVOS" John Wooden.
Y por favor nunca olvide que el exito de su equipo, normalmente dependera del dominio que sobre los fundamentos del juego, sus jugadores tengan.
Gil Guadron
Gil,realmente precisamos desencadear esse processo de conhecimentos acerca de como treinar equipes,principalmente as mais jovens.Mais adiante,quando abordar mais um capitulo da serie Sistemas,esse será o ponto inicial a ser enfocado e discutido por todos nós.Conto com você.Um abração,Paulo.
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