Basquete Brasil
Discute a atualidade da modalidade no Brasil, e suas implicações a um possível soerguimento técnico.
13 março 2005
DEU NO NEW YORK TIMES !
Na edição de hoje do NYT,na página esportiva,foi publicado um artigo que todo técnico deveria ler(http://www.nytimes.com/2005/03/14/sports/ncaabasketball/14jumper.htm).O título-The midrange jump shot:A lost art that only wins games-Trata-se de um artigo que aborda o ressurgimento do arremesso de dois pontos como arma decisiva para as vitorias,e que foi o ponto de partida para muitos dos classificados para as finais do campeonato universitário dos EEUU. Tenho debatido exaustivamente através este site da importância dos técnicos para a manutenção, e mesmo a sobrevivência do basquetebol como veículo sócio-educativo em permanente evolução, principalmente nas divisões de base,onde as técnicas fundamentais são a salvaguarda da modalidade enquanto desporto. E é nesse imenso campo de pesquisa e prática constante que as equipes profissionais vêm abastecer suas hostes através os melhores praticantes, os melhores atletas. Os demais,não escolhidos, seguem suas vidas, garantidas pela boa formação que tiveram nas universidades. Estudar,treinar,jogar e se graduar são atividades que se complementam naquele sistema, que infelizmente não nos é permitido desenvolver por políticas governamentais dissociadas de nossas necessidades básicas.O artigo em questão nos leva a uma importante constatação, a de que a evolução das técnicas do basquetebol inexoravelmente passa através a experimentação acadêmica, para posteriormente alcançar o meio profissional. Enquanto nós cada vez mais afundamos em sistemas que privilegiam os três pontos e as enterradas,nossos irmãos do norte,que desde algum tempo reconheceram a grande perda de tentativas de arremessos de três pontos como um fator negativo no aproveitamento ofensivo, principalmente no confronto com defesas cada vez mais fechadas e combativas, retornam a aplicação de sistemas que incentivam o arrêmesso de media distância, mais preciso e com menos impacto,o que propicia rebotes mais previsíveis e de curto ricochete.São movimentos que se espalham como um rastilho através organizadas associações de técnicos, que os publicam às centenas, em vários órgãos de midia. Proponho a várias décadas que implantemos associações, participei inclusive das primeiras que tivemos, mas não houve continuidade, principalmente pelo desinterêsse proposital das entidades que comandam a modalidade. Professor, técnico, dirigindo,divulgando,ensinando e principalmente liderando setores normativos, administrando a formação e os campeonatos? Nem pensar, pois somos nós, os dirigentes, os políticos, que TEMOS de ter nas mãos o contrôle e as finanças do esporte nacional.Afinal de contas vamos viver de que? A lei atual permite a existência de Ligas, e por que não os técnicos em uma primeira etapa não se constituirem em associações regionais, para gerar uma nacional, e numa segunda etapa, organizados e fortes em torno de suas Ligas evoluirem para a conquista das federações, para aí sim sonharem com a CBB, e com dias melhores e conquistas maiores?E como vocês acham que os atuais dirigentes lá chegaram? Garanto que não foi através de geração expontânea, e sim de um bem urdido,longamente trabalhado esquema de favorecimentos e sem políticas transparentes, onde o fator "espirito do jogo" sequer foi, nem ligeiramente, defendido e abordado. Favores,benesses,viagens,mordomias, foram a moeda de troca até os dias de hoje.Mas que importa, ideais são para técnicos e professores...
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