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Prof.Paulo Murilo 

03 setembro 2005

E VIVA O JOGADOR BRASILEIRO!

Apesar do tenebroso passing game,de uma defesa por zona suicida,das subidas dos pivôs ao perimetro dos três pontos numa frequência que beirava a insanidade,da utilização de um unico armador teimosamente finalizador,e da existência no plantel de jogadores rigorosamente inadequados a uma seleção brasileira,foi conseguida a classificação ao mundial do próximo ano,graças a coragem até certo ponto subversiva de uma trinca de jogadores que resolveram,aos trancos e barrancos,tomarem para si a responsabilidade maior de, fugindo dos ditames coreograficos impostos por uma comissão teimosa e absolutamente defasada estrategicamente,fazer valer suas qualidades criativas ao abandonarem em momentos cruciais o cabresto que lhes era imposto.Marcelo,Leandro e Ticher,bem acessorados por Alex,por suas qualidades técnicas classificaram a equipe,apesar de mal treinada e confusamente orientada por uma pleiade de caciques,onde deveria existir somente um.Em um torneio de baixa qualidade técnica,com algumas equipes de qualidade para lá de duvidosas,nossa seleção penou para obter a classificação,o que sinaliza para uma mudança técnico-tática,não só no aspecto competitivo,como,e principalmente no aspecto administrativo.Para o Mundial muita coisa tem de ser mudada,reestudada,planejada com bom-senso e conhecimento sobre o que deve ser priorizado,pesquisado e colocado em constante e evolutiva experimentação.É inadimissivel a continuidade do sistema de jogo ora existente,que fere de morte a indole de nossos jogadores,em beneficio de principios pétreos da maioria de nossos técnicos.Não se trata da adoção do liberalismo inconsequente,no qual o jogador pode tudo,e que é o fator que a maioria dos técnicos tende a obstruir no mesmo, e sim a adoção de um sistema que otimize e ajude esse jogador a produzir dentro de um conceito técnico que permita a fluência de seus dotes de efetiva criatividade.Mas para tanto,os técnicos envolvidos em seu treinamento,desde as categorias de formação, deverão mudar radicalmente seus conceitos de total controle sobre às ações do mesmo no campo de jogo.E so existe um caminho para se conseguir tal intento,o treinamento intenso,elucidativo,detalhado,minucioso,personalizado,no qual as duvidas são dirimidas,as táticas são expostas,treinadas e compreendidas,onde as estratégias se tornem conceituais,de aceitação coletiva,enraizando e determinando o espirito do grupo,e não só de seus treinadores.E que o comando seja exercido pelo mais experiente por aquele que o conseguiu por mérito,pelo estudo e pela prática democrática,por aquele que determina o caminho a ser seguido,e que se responsabiliza pelo mesmo.E que seu assistente o siga com determinação,com humildade,e principalmente com lealdade,e que o acessore quando necessário e quando obstado a fazê-lo,por ser esses comportamentos diretivos e de liderança os fatores responsáveis pela confiança e disciplina de toda a equipe.E que,finalmente,abram os olhos para outras fronteiras,na Europa,na Asia,ao sul de nosso continente,onde se pratica basquetebol tão bom ou melhor que em Denver,Phoenix e outras plagas norteamericanas,pois é exatamente esse caminho que eles mesmos,os americanos ,já vem trilhando nos últimos anos.Enfim,que deixemos para trás um sistema de jogo que nem eles mesmos,os inventores, acrediatam mais.Temos uma tradição,e respeitá-la pode nos levar de volta ao patamar dos melhores onde estivemos por merecimento e muito,muito talento.Por tudo que fizeram e realizaram parabenizo o jogador brasileiro,o verdadeiro responsável por nossa classificação,e oxalá que sejam ajudados por técnicos competentes para o grande salto do próximo ano,oxalá.