Basquete Brasil
Discute a atualidade da modalidade no Brasil, e suas implicações a um possível soerguimento técnico.
01 dezembro 2006
BOAS NOVAS...
Não fosse um sonoro palavrão em um tempo pedido no 2ºquarto, e algumas evoluções coreográficas ao lado da quadra no quarto final, e o técnico de Franca teria tido uma direção de equipe quase perfeita. Inclusive, na sua única utilização da prancheta, ao desenhar uma jogada de finalização para os 2 segundos que restavam antes do término do 3º quarto. A jogada não foi bem realizada, mas a exposição na prancheta foi breve, clara e bem delineada, dando aos jogadores e telespectadores a noção exata do que pretendia da equipe. Do outro lado, a exarcebação dos rabiscos pranchetados, bem dentro da concepção absolutista emanada pela comissão técnica da seleção nacional, da qual o técnico do Paulistano é integrante. Sua equipe, apesar de ser constituída de bons jogadores, atua engessada pelo sistema empregado e difundido pela tal comissão, inclusive sendo divulgado pelos cursos de padronização que seus integrantes dão pelas federações do país, claro, aquelas alinhadas à direção da CBB, o que de certa forma beneficia as não integradas, as que votaram contra a atual administração, que se vêem livre de tal e indesejada influência. Às vezes, mesmo na adversidade de se verem alijadas de tais cursos, se beneficiam das péssimas influências emanadas pelos mesmos. Mas, voltando ao jogo, assistimos com boa dose de otimismo ao emprego sistemático de dois habilidosos armadores jogando ao lado de três homens altos que se deslocavam permanentemente no perímetro interno, destinando o externo às prestações de boa técnica dos armadores.A equipe de Franca vem recuperando um pouco nossas tradições de habilidade e velocidade, respondendo à altura àqueles que somente têm olhos para a influência e cristalização do modelo NBA. Por outro lado, a equipe do Paulistano, repito, integrada de bons jogadores, atua nesse modelo permanentemente, numa demonstração de pobreza técnico-tática e dependência colonizada. Se o bom técnico de Franca se permitir ser menos apoplético em determinadas situações, menos agitado ao lado da quadra, principalmente na orientação defensiva, e um pouco menos frasista( os”conceitos modernos do basquetebol” é de sua lavra), aliando à sua experiência e carisma todo o apoio que tem da cidade de Franca, poderemos ter de volta muito do que perdemos nos últimos anos, em técnica e conceitos. Do outro lado sentimos a falta do lapitopi caipira, ou será que já foi aposentado?...
2 Comments:
Excelente o seu blog, principalmente porque nosso esporte anda tão esquecido. Parabéns, professor. Acaba de ganhar um assíduo leitor.
Caro Idevan,agradeço suas palavras elogiosas, e espero contar com sua audiência e participação nessa humilde trincheira.Um abraço, Paulo Murilo.
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