Basquete Brasil
Discute a atualidade da modalidade no Brasil, e suas implicações a um possível soerguimento técnico.
17 março 2005
SEM SEQUER UMA LUZINHA NO FIM DO TÚNEL...
De ontem para hoje testemunhei três fatos marcantes no mundinho do nosso basquetebol.A importância dos mesmos será medida nos próximos dias, perante as possiveis reações e comentários que deles advirão.Comecemos pelo jogo na Argentina em que o Uberlândia venceu com méritos ao Atenas.Vimos com enorme satisfação o time brasileiro jogar como jogava seu técnico nos áureos tempos, com dois armadores, dois alas e um pivô, evoluindo com velocidade, drible sob controle e luta permanente nas duas tabelas. Somente o fato de utilizarem o sistema"moderno e internacional" de jogo,onde um armador inicia e desencadea as ações da equipe, é que anulou em muito o potencial da ação conjunta dos dois armadores se ambos estivessem mais próximos e mais ligados um ao outro. Mesmo assim,como um deles agia como ala,houve uma substancial melhora no controle dos fundamentos,principalmente nos passes e no drible. Creio que se derem continuidade ao que foi executado na Argentina, muito de evolução poderemos auferir no futuro. O segundo fato foi a ressucitação da APROBAS, associação de técnicos localizada em São Paulo, e que após um longo desaparecimento volta, com seus 60 associados ao cenário da luta. Recebi o email com a notícia, acompanhado do pedido de divulgação para sua implantação em caráter nacional. Já não era sem tempo de que movimentos dessa expressão se desenvolvesse entre nós, e espero que em vez de se dedicarem somente a clinicas e cursos, que se façam representar como desenvolvedores e incentivadores de políticas regionais nos diversos segmentos em que os técnicos e professores atuam.Ligas estudantis e mesmo de clubes poderão ser organizadas sob supervisão dos mesmos, pois suas funções sócio-educativas os qualificam para esse trabalho.Tenho escrito muitos artigos sobre essas questões aqui nesse blog, e creio que o momento dessas mudanças já está amadurecendo, faltando somente decisão e coragem, ações estas que os politicos vem aplicando, com sucesso a bem da verdade, nos últimos 40 anos! O terceiro fato ocorreu hoje, com a notícia de que reunidos em São Paulo os clubes que participam do Campeonato Nacional resolveram criar a Liga Nacional, para já começar no segundo semestre seu primeiro campeonato. Nessa mesma noite, um dos vice-presidantes da CBB e presidente da FPB declara pela TV que nada existe e que nada existirá sem o aval da CBB. O fato da lei que faculta a criação de Ligas está em vigor não abala nem de longe o poder impositivo e feudal da CBB, e sabem porque? Porque têm a chave do cofre, e como na piada do patrício português que de tão eficiente era o segredo do seu, que jogou a chave fora.Essa é a verdadeira briga, e parece-me ver a Lisa Minelli cantando em Cabaret o clássico Money,money,money...! Não era o momento nem a ocasião, pois fica parecendo um movimento de NOVOS dirigentes contra ANTIGOS dirigentes, como se a salvação técnica do basquetebol nacional se efetuará com a troca dos mesmos. O que se tenta trocar é a posse da chave do cofre, sob o suporte de que os novos mudarão os resultados pífios que temos alcançado nos últimos anos. Isso só seria possivel com o desenvolvimento de pequenas ligas regionais unindo escolas e clubes, a Liga de Londrina é um exemplo dessa possibilidade,para aos poucos o trabalho de base sendo desenvolvido, estudado e quantificado em conjunto com as associações de técnicos, evoluirem para efetivas, seguras e fundamentadas tomadas de posição, aí de caráter político, que definiriam as grandes Ligas, que poderiam ser de clubes uma, e de universidades outra. Seria uma retomada com lastro suficiente para evitar que muitos aventureiros se apossassem da fatia maior do bolo. O momento atual só fará reforçar o que já existe, e o politico da CBB de plantão já deu o competente e arrogante recado, nada existe e nem aconteceu, pois ao contrário do patricio a chave está no bolso. Aguardemos...
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