Basquete Brasil
Discute a atualidade da modalidade no Brasil, e suas implicações a um possível soerguimento técnico.
29 outubro 2005
SEMPRE BENVINDAS COINCIDÊNCIAS .
E lá se foram as cadetes,e pela lista das convocadas constam doze jogadoras,e não onze como seus congeneres masculinos.Nessas categorias de formação qualquer penduricalho que tome uma vaga sequer de um atleta presta um desserviço ao nosso combalido basquetebol.Mas o que me chamou mais a atenção foi na listagem final das convocadas constarem quatro armadoras ,cinco alas e três pivôs,sendo que uma das alas,pelos seus 1,92m.pode ser adaptada como uma quarta pivô se necessário for.Desde muitos anos,com a implantação do sistema que chamam de "basquete internacional", somente três armadoras eram convocadas,pois somente uma atuava de cada vez,e de uma maneira que combatí e combato através esses anos.Com quatro armadoras deduz-se que atuarão com duas em quadra,o que denota uma evolução para lá de alviçareira,já que ficará garantida a qualidade nos dribles e nos passes,assim como a defêsa ganhará em velocidade e presença,podendo jogar em antecipação,e numa proposta mais eficiente de contra-ataques.Como nessas divisões de formação as coberturas jornalisticas praticamente inexistem,e os treinamentos são de curtíssima duração,não acredito que a pratica massiva de fundamentos seja levada em conta,já que as comissões técnicas empregam prioritariamente seu tempo em treinamentos de jogadas e do sistema em si.Nessas categorias a base do treinamento deveria ser concentrada na prática dos fundamentos do jogo,utilizando-se toda a estrutura possível,e com os melhores profissionais neste dificil campo.As melhores da categoria,juntas num treinamento básico de alta categoria,ultrapassariam em técnica o que a maioria de nossos técnicos denotam como o objetivo fundamental,o sistema de jogo,que seja lá qual for,só se torna factível se contar para sua execução com atletas preparados nos fundamentos,que é a estrutura básica da performance individual e do conceito de coletivismo.Semanas atrás publiquei dois artigos intitulados"O que nos falta treinar I e II" nos quais,de uma forma onìrica na possibilidade de execução,mas realísta na proposta,menciono exatamente como formaria uma seleção nacional em sua concepção individual.Quatro armadores,quatro pivôs e cinco alas,com um deles podendo ser adaptado como pivô, perfeitamente alinhados a uma concepção de jogo fundamentada na utilização de dois armadores agindo e interagindo no perímetro,e três jogadores altos fazendo o mesmo dentro do garrafão.É uma concepção antagônica ao que vem sendo empregada por nossos técnicos,em sua esmagadora maioria,nos últimos vinte anos,e que tanto nos prejudicou no cenário internacional,já que para o consumo interno e com todos jogando da mesma forma atendiam às suas necessidades de fama e projeção.Com os cadetes masculinos,que foram surrados na semana passada no sul-americano,preví o que sucederia,ainda mais quando os técnicos da Seleção principal participaram ativamente da preparação,numa atitude de conservadorismo ao sistema em vigor.Nessa Seleção cadete feminina o surpevisor também exerce o comando da Seleção principal,mas teve a sabedoria de sugerir uma nova maneira de selecionar as jogadoras,confirmando uma tendência que já se faz sentir em algumas equipes do país,o uso de dois armadores em seus sistemas de jogo.Coincidência ou não quanto ao que publiquei e venho publicando a um ano,o que importa é que se trata de uma mais do que benvinda e ainda não tardia coincidência, e que as jóvens atletas se saiam bem com essa nova maneira de jogar,resgatando o que fazíamos,e muitissimo bem anos atrás.Que assim seja.
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home