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Prof.Paulo Murilo 

24 agosto 2006

UM RÉGIO PRESENTE...DE GREGO.

E o grego melhor que um presente cumpriu sua promessa, fez a seleção brasileira galgar o pódio da 17ª à 24ª colocação, feito inédito em nossa história. Foi uma campanha que primou pela coerência, vide a escalação do time base no jogo de hoje. Quando o fundamental era reforçar a defesa ante o devastador poder de arremessos de 3 pontos da equipe lituana, a comissão, após profundos e detalhados estudos, acessorados pelos avançados softwares do lapitopi caipira, escalou a equipe com os mais baixos índices de potencial defensivo, o time dos cardeais. Resultado? Em 10 minutos de jogo já perdiamos de 16 pontos de diferença. Satisfeitas as "prioridades cardinalícias", voltaram-se para a turma que, se não é perfeita na marcação, pelo menos a tenta com vontade e determinação. Mas num jogo decisivo, quando o desgaste mental assume proporções elevadas, o handicap inicial cedido por nós, cobrou juros muito altos ao final da partida. Volta para casa uma equipe que só venceu uma partida, contra o Qatar! Lamentável e vergonhoso. Volta para casa uma equipe que mesmo dirigida por quatro técnicos, "unidos e uníssonos" em seu planejamento e relacionamento, foram incapazes de selecioná-la com isenção e objetividade, propiciando a convocação de 6 pivôs, para jogarem 4, e deixando para trás jogadores superiores a alguns dos escolhidos. Uma comissão que preferiu jogar mais do que treinar, e que por esse motivo perdeu a grande chance de corrigir defeitos de fundamentos e de posicionamentos técnico-táticos. O fundamento do lance-livre então, raiou o absurdo. Uma comissão voltada e escravizada aos garranchos na prancheta, em vez das correções de cunho individual, principalmente o defensivo. Enfim, uma comissão que jamais disse ao que veio, mas que primou no marketing e nos discursos ufanistas e vazios de conteúdo. Mas que cai em conjunto, omissos à responsabilidade de elegerem um lider, aquele que conduz e ilumina os caminhos a serem percorridos, e que na solidão do comando assume todos os riscos, fator básico na formação de uma competente, e por isso, respeitada liderança. Instala-se agora a guerra sucessória, que será vencida por aquele(s) com os QI's mais robustos, prontos para dar continuidade à mesmice que nos esmaga e humilha nos últimos 20 anos. Falam e pregam, numa jogada marqueteira, na necessidade de união dos técnicos, em seminários, debates, associações, tudo papo furado de quem nunca se mexeu para tais objetivos, mas que calam bem na midia e perante os meçenas de plantão. Mas creio que é chegado o momento para que algo seja feito, para que algumas mudanças possam e devam ocorrer, a começar pela campanha por federações, único caminho para alcançar o poder na UNICBB. Enquanto isso não for desencadeado, e posteriormente conquistado, poucas serão as chances de modificação e efetivo progresso para o basquetebol brasileiro. Lutar, esclarecer, discutir, ensinar e dialogar dentro das "trincheiras" dos sites e blogs, muito pouco representarão se for dada e permitida a continuidade dos que aí estão no comando e na posse das chaves dos cofres. Democraticamente deverão ser afastados, antes que perpetrem a definitiva destruição do pouco que ainda resta do basquetebol. Mas o grego melhor que um presente deve estar feliz, pois sua Grecia natal continua na competição, mesmo que às custas de nossa derrota. Meu pai me dizia- "Filho, cada povo tem o govêrno que merece, pois se eles lá estão foi por força do voto popular. Pare de reclamar, e da próxima vez se organizem e votem melhor". É isso aí. PS- QI - Quem Indica.Oposto ao mérito.

5 Comments:

At 2:49 PM, Blogger Basquete Brasil said...

Caro Claudio,exercitemos um pouco a memória.De quais equipes pertencem os técnicos da seleção? Que influencia tiveram no confronto com a NLB, traições inclusas? Quais jogadores da seleção pertencem a esses clubes? Qual o único jogador dessa seleção que abandonou seu clube na NLB por um da situação,a fim de garantir sua convocação? Quais dos quatro
componentes da comissão dedicou tempo integral à seleção? Qual o único empresario que se manteve fiel à situação mesmo dissolvendo uma de suas equipes no campeonato nacional? Que tipo de suporte politico-econômico esse mesmo empresario dá à UNICBB? Quem são
os verdadeiros donos das chaves dos cofres do basquete brasileiro? Tente responder a essas indagações, e saberá, ao vivo à cores porque a vitoriosa comissão continuará no comando(?)do nosso infeliz(e agora podre...)basquete brasileiro.Um abraço,Paulo Murilo.

 
At 6:52 PM, Blogger Renato said...

Pelo menos a tortura acabou.

Às vezes o melhor é mesmo que aconteça o pior, para que as mudanças aconteçam. Mas pelo que estou lendo aqui, nem mesmo depois do fiasco a turma perde a pose, ou mesmo o cargo.

É muito triste. Não sei que espécie de honra leva o Lula e a sua comissão técnica à frente de um time (mal) montado, mal treinado e mal orientado como este. Que lugar ele pensa estar cavando para si mesmo na história do basquete nacional?

 
At 7:13 PM, Blogger Renato said...

E eu tinha acabado de sair do blog para continuar navegando, e dou de cara com esta notícia, sobre o tênis de mesa: Recordista no Pan, Hugo Hoyama ataca moleza da nova geração

Eu não sou dado a demagogias e simplificações, do tipo "faltou coração", mas eu acho que o ponto de vista do Hoyama se aplica muito aos jogadores deste time do Brasil.

O que eu quero dizer, na minha humilde opinião, é que é só olhar pro Thiago Splitter na quadra e comparar com o resto. Não estou falando de voluntarismo, e sim de determinação de jogar *sempre* com os fundamentos corretos. De ter sempre postura adequada na defesa, mesmo que canse mais. De sempre defender um rebote direitinho. De não errar uma cobertura defensiva. De não "inventar" o que não sabe no ataque, e ser objetivo. De se apresentar ao jogo, e não se esconder.

Essas coisas, antes de tudo, são uma opção individual do jogador. São coisas que se aprendem aos 12 anos de idade, e tem que vir de uma decisão individual do jogador, de jogar "quadradinho", com atenção, ou então desleixar, se permitir liberdades. Será que depois de velho, de ter salário milionário na NBA, precisa de um técnico chamar atenção pra não dar passe de costas de graça, sem olhar?

Quantas vezes vimos rotações defensivas perdidas pelo Marcelinho? Quantas vezes vimos Varejão penetrando lindamente no garrafão, driblando como um ônibus sem freio? E por aí vai. Esses jogadores podem ter todo o talento do mundo, podem ter todo o "calor da hora, da pressão" dentro de quadra, mas o fato de fraquejarem e desleixarem deste jeito pra mim só mostra que:

1) Eles mesmos não tomaram a decisão individual de serem quadradinhos e se sacrificarem (porque jogar "certo" é "chato", não é?) - olha aí o Hugo Hoyama....

2) Não tinham um técnico que cobrasse isso deles - e aí o Professor está coberto de razão quando critica os "cabeças de prancheta" que ficam rabiscando em vez de orientar os jogadores! E que o Brasil optou por jogar em vez de treinar!

É o meu desabafo.

 
At 11:56 PM, Blogger Basquete Brasil said...

Renato, faço de seu desabafo o meu também. Paulo Murilo.

 
At 10:30 PM, Blogger Basquete Brasil said...

David,tenha calma, pois não há mal que sempre dure. De alguma forma reencontraremos a trilha perdida, estou certo disso.Aguardamos seu post com as coisas boas do mundial.Um abraço,Paulo Murilo.

 

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