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Prof.Paulo Murilo 

11 maio 2007

ENCONTROS EM SUNSHALES.

Foi um grande jogo, decidido pelos dois americanos do Sunchales no terceiro quarto, o mesmo no qual equipe de Franca decidiu os dois jogos em casa. Dessa vez, a inversão dos papéis deveu-se muito mais à ânsia de decidir a partida em tentativas individuais por parte dos francanos, dando a oportunidade de contra-ataques fatais através a dupla norte-americana em noite inspiradíssima. Faltou uma necessária quebra do ritmo alucinante imposto pelos brasileiros nos dois quartos iniciais, nos quais conseguiram igualar o placar, mesmo ante a grande pressão exercida pela assistência argentina, levando seus jogadores a um empenho defensivo muito forte, onde, mais uma vez, se destacou o porte e a atuação intimidadora do excelente pivô Battle. A atuação precipitada dos jogadores brasileiros no terceiro quarto selou suas pretensões de vitória, que nem mesmo a recuperação do controle técnico e emocional no quarto derradeiro foi suficiente para conseguir dobrar a equipe da casa. Ficou muito clara a ascendência determinante da dupla americana sobre os demais componentes da equipe, que sem os mesmos não fariam frente à equipe brasileira. Também ficou claro, que a distancia, antes muito acentuada, entre os jogadores argentinos e os nossos, já não apresenta tanta discrepância, o que nos habilita nos confrontos que se seguirão daqui para frente, a começar nos Jogos Pan-americanos.

Mas para tanto, urge uma grande renovação de conceitos técnico-taticos por parte de nossos técnicos, que de uma maneira geral ainda se guiam pelo modelo NBA em suas formas de direção de equipes. A utilização de dois armadores, e um rodízio dos homens altos no perímetro interno já se constitui em grande e bem vindo avanço, faltando-nos somente que invistam em novos princípios de jogo que complementem tais conquistas, assim como, também urge o desenvolvimento massivo de caráter defensivo, ponto fulcral ao desenvolvimento do nosso basquetebol.

Desenvolver modelos de jogo que priorizem a capacidade criativa de nossos jogadores, aliados a um efetivo e determinante preparo nos fundamentos, é o que nos falta para a grande retomada ao encontro do grande tempo perdido nas duas ultimas décadas. Somente os técnicos, imbuídos por princípios evolutivos, e repletos de coragem para resgatá-los, é que poderão mudar o estado retrogrado em que nos encontramos. Se isso vier a ocorrer, acredito que no espaço de um par de anos possamos restabelecer o tempo perdido, criminoso e estupidamente perdido.

Mas o ato final da aventura sul-americana, nos guardou uma grande surpresa, a presença irmã e xipófaga daqueles dois dirigentes que recentemente, de forma censurável e publica, se engalfinharam em fortes declarações de cunho político, rompendo os vínculos que os prendiam à doce teia do mundo cebebiano, numa bem sucedida tentativa de enganar o publico com falsas premissas de desacordo político. Lá estavam, segurando taças e distribuindo medalhas, após virem do congresso no paraíso antilhano, unidos, coesos, e rindo por dentro daqueles que caíram na encenação magistralmente concebida, não fossem raposões da mais pura linhagem. E ainda tem gente que acredita. Xeque mate do grego melhor que um presente. Aprendam, cresçam e apareçam.

2 Comments:

At 10:59 PM, Anonymous Anônimo said...

Caro Professor,estive com problemas de conexas.
Vou ler o que perdi e lhe envio perguntas !
Abraçao !!

 
At 12:30 AM, Blogger Basquete Brasil said...

Caro Henrique,aguardo seus comentários,sempre bem vindos.Um abraço,Paulo Murilo.

 

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