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Prof.Paulo Murilo 

31 julho 2008

O ÓTIMO BLOG DO CRUZ...

O grande amigo Pedro Rodrigues de Brasília, me envia regularmente ótimos artigos sobre os mais variados assuntos, sempre de bons autores, que nos propiciam oportunos e sempre atualizados debates. Ontem, um dos artigos enviados, o do jornalista José Cruz, do Correio Braziliense, publicado no passado dia 24, em seu Blog do Cruz, despertou em mim uma saudável inveja, por não ter sido o autor, sobre um assunto que sempre discuto aqui no blog. Em poucos parágrafos o Cruz disseca uma dolorosa realidade do nosso desporto, que como mencionei antes não tive a oportunidade de publicar, mas uma oportunidade muito maior em lê-lo, oportunidade esta que passo a dividir com os leitores, sendo esta a segunda vez que o faço neste blog.

DISCURSO E REALIDADE DO ESPORTE OLÍMPICO

A duas semanas dos Jogos de Pequim, há bons temas para análise.

Por exemplo, o crescimento da delegação brasileira, a maior até aqui, com 278 competidores, e o aporte de verbas para a preparação dos atletas, em torno de R$ 500 milhões nos últimos quatro anos.

Começo pela parte burocrática: os discursos, excelentes sinalizadores.

Poucos prestaram atenção sobre o que significa uma ou outra manifestação que, muitas vezes, abrange um contexto mais amplo.

Recentemente, quando recebeu no Palácio do Planalto parte da delegação que vai a Pequim, o presidente Lula não cobrou resultados.

Mesmo sendo o governo federal o principal financiador do esporte olímpico, seria antipático se fizesse isso publicamente.

Lula apenas desejou que os atletas ganhassem os pódios possíveis.

Na mesma solenidade palaciana, a cobrança veio do ministro do Esporte,

Orlando Silva: “O Brasil, em função da melhor preparação da sua delegação, que é a maior da história, pode ter o melhor desempenho até agora. Nunca tivemos tão bons profissionais e tanto apoio”.

Sem ser direto, Orlando Silva diz aos dirigentes do olimpismo nacional que o governo espera, sim, mais medalhas.

Porque de seis estatais — Banco do Brasil, Petrobras, Caixa, Correios,

Infraero e Eletrobrás —, das loterias federais e da Lei de Incentivo ao Esporte, o olimpismo recebeu em média R$ 125 milhões por ano durante o atual ciclo olímpico.

Há bom tempo o ministro do Esporte tem insistido nesse assunto, pois sabe muito bem sobre o volume de dinheiro disponível, um contraste espetacular com os orçamentos miseráveis de 10 anos atrás.

Nessa realidade, seria oportuno que Orlando Silva pedisse que as estatais divulgassem os contratos com seus patrocinados. Por exemplo, ao liberar R$12 milhões anuais para o atletismo, que metas são fixadas?

E a natação, quantos atletas deve colocar anualmente entre os 15 do ranking mundial, em resposta aos recursos que recebe dos Correios? Existem exigências para a revelação de talentos? Extra-oficialmente não, o que é uma falha espetacular nessa parceria. Doa-se o dinheiro sob a ótica do marketing esportivo, exclusivamente.

Assim agindo, o governo comporta-se apenas como um doador sem limites.

Na prática, é o Estado financiando o esporte, mas sem participar ou opinar sobre as decisões de como e onde aplicar o dinheiro. Essa é uma relação difícil e nada amistosa, sabe-se bem, pois o doador é um ente político — de interesses partidários e de ocasião —, enquanto o gestor é uma entidade civil, que foge da burocracia e do controle governamental.

Mas porque o vôlei recebe mais recursos das loterias federais, mesmo tendo expressivo patrocínio do Banco do Brasil? Qual a prioridade no ciclo olímpico: o remo ou a canoagem? O atletismo ou a natação? O judô ou o taekwondo?

São decisões, enfim, tomadas por uma elite, a portas fechadas, sem dar

satisfações à comunidade esportiva que, efetivamente, é quem financia todos esses esportes.

Enquanto isso…

Por conta dessas dúvidas e indefinições, passou despercebido de muitos que, para aumentar a equipe olímpica, os índices de algumas modalidades foram facilitados. No atletismo, por exemplo, muitas provas tiveram seus tempos ou marcas iguais aos exigidos para os Jogos de Sydney, em 2000, conforme estudo do professor Fernando Franco, do Centro de Estudos de Atletismo. Ou seja, a delegação cresceu, mas a qualidade é a mesma de dois ciclos olímpicos atrás.

É por isso que Franco avalia que, sem contar com os maratonistas, temos apenas quatro atletas com chances de chegar ao pódio em Pequim: Maurren Maggi (salto em distância), Jadel Gregório (triplo), Fabiana Murer (salto com vara) e Jessé de Lima (salto em altura). De que vale a quantidade se nos falta a qualidade, já que a maioria não está entre os 30 melhores do mundo?

Essa realidade demonstra como estamos atrasados na revelação de valores, o mesmo ocorrendo com a natação.

Isso confirma o que já discutimos neste espaço: apesar do dinheiro

disponível, pouquíssimas confederações aplicam na base, na iniciação. É um trabalho que o Comitê Olímpico Brasileiro nem quer ouvir falar.

Diz que compete ao governo, via desporto escolar. Nesse aspecto o governo é omisso, porque nem sequer tem política para tanto.

Há evoluções, claro, como o judô, rigoroso na formação e na seleção de seus atletas. Mas ainda sem a participação significativa das federações, que continuam alijadas do sistema. Ou seja, o dinheiro é muito, mas com concentração na cúpula, na elite. É nesse aspecto que o ministro Orlando Silva poderia ser bem mais exigente. Afinal, é a autoridade máxima do ESPORTE NACIONAL.

O site do Blog do Cruz –http://www.eunaotenhonome.com.br/blog/blogdocruz

6 Comments:

At 8:24 AM, Anonymous Anônimo said...

Paulo:
Dois coisas, ja le envie os nomes dasas Pousadas em Buzios, e o Hotel en Ipanama pra as reservacoes.

Segunda coisa, sobre a documentacao basqueteira que llevarei, si tem alguma sugerencia sobre algumos topicos, hagamela saber.

Abracos.
Gil

 
At 10:27 AM, Blogger Basquete Brasil said...

Gil, ainda não recebi suas opções de hotel e Pousada.Aguardo.Quanto à bibliografia,sugiro exemplares sobre formação de jogadores em High Schools,que é de fundamental importancia para a futura Escola de Treinadores,raríssim os entre nós.Telefono para você para combinarmos.Um abraço,Paulo.

 
At 6:10 PM, Anonymous Anônimo said...

Professor Paulo Murilo,

Estou militando no exterior a mais de 16 anos com passagens pelo Basketball Norte Americano (6 anos Universidade do Alabama) e 10 anos no Oriente Medio onde dirigi selecoes de alguns paises e clubes profissionais. Durante este periodo publiquei 7 livros que podem ser encontrados no site www.coachcneto.com e fui selecionado para ser um dos "FIBA EXPERTS FOR ASIA" um programa coordenado pelo Olympic Solidarity Committee da FIBA para coordenacao e organizacao de clinicas e camps de basketball nos paises do Golfo Arabe. Infelizmente, durante estes 16 anos nunca fui convidado pela CBB ou qualquer associacao para nenhuma palestra ou participacao em qualquer programa relacionado ao nosso jogo!

 
At 8:30 PM, Anonymous Anônimo said...

Paulo:
A las 6:30 pm hora chicago , le envie el mensaje con el hotel en Rio, y algunas pousadas en Buzios . Digame si lo recibio
Gil

 
At 12:09 AM, Blogger Basquete Brasil said...

Prezado Walter,infelizmnte você não pode comparecer na reunião de sábado no FFC.Com a vinda do Prof.José Curado para os Jogos Lusófonos,e sabendo da vasta esperiência do mesmo na criação e organização de associações de técnicos no continente europeu,e constatando as enormes dificuldades que os técnicos do RJ têm encontrado para criarem a sua associação, é que propús ao Prof.Byra Bello a reunião com o mesmo,a fim de captarem subsidios que os auxiliassem na empreitada.Com a fundação sedimentada,cursos,palestras,simposios e congressos deverão ser realizados, e aí sim,autoridades na formação e na direção de equipes serão convidados parfa expor suas experiências,pesquisas e estudos na área.Sem dúvida nenhuma,profissionais como você serão convidados a participar,não só como membros ativos na associação,e também como palestrantes nos diversos encontros que serão programados.Até lá,a luta será travada pela criação e existência de uma associação que reflita nossas necessidades e anseios.Acredito que possamos,eu e você, ajudá-los na concretização desse importante trabalho, ao qual iniciei colaborando para que o Prof.Curado fosse ouvido por todos.Conto com a sua ajuda num breve futuro.Um abraço, Paulo.

 
At 1:03 AM, Anonymous Anônimo said...

Respetados amigos de Basquete Brasil , minhas disculpas por utilizar este blog, pra asuntos pessoais.

Voltamos ao nosso mundo de basquete.

PARA ENTRENADORES DE EQUIPOS EN FORMACION.

" EL BASQUETBOL TIENE DOS CONSTANTES : LA DEFENSA Y EL TABLERO "

La defensa es el foco central de mi filosofia defensiva. Mi enfoque metodologico : -- en el basquetbol, es cosa de quien ejecuta las situaciones que se dan en el partido de la manera mas automatica posible y no tanto por situaciones de sorpresas y cambios --.

Entonces buscando una manera bien especifica de trabajar los procesos cognoscitivos para fortalecer el aprendizaje y lograr los procesos de automatizacion, decidi, desde el primer dia de entreno,-- utilizar los movimiento tacticos o jugadas de saques laterales, contra presion en toda la cancha etc. -- ( siempre resaltando la ejecucion correcta de los fundamentos del basquetbol ) -- como unos ejercicios mas en mi planificacion del entreno diario.

Esto permitio a mis jugadoras (es ) el familiarizarse con la -- lectura de la situacion concreta que se podria dar en el partido y no regirse por patrones estereotipados --.

" La tarea del entrenador se concreta en el entreno, ese es el salon de clase, el partido, en cierto sentido es el examen ,y en gran parte pertenece a las decisiones o lectura de la situacion que los jugadores han fortalecido en los entrenos " .

Entre tantos pasos que la defensa debe tomar en consideracion, una consiste en detener o al menos disminuir la "salida rapida " del rival,y el balance en nuestro ataque, nos permitira el tener un balance defensivo.

Siempre enviamos a dos de nuestros jugadores atras, hacia nuestra area pintada. Y tres atacantes al tablero, pero tratamos que estos tres jugadores leyeran la situacion, es decir sino ganarian la pelota, ya no van por ella, su rol pasa a ser el "tapar" en inicio de la "salida rapida del rival", obligando a que el defensor que gano la pelota en el " tablereo " drible la pelota ( metodo lento de transportar la pelota ).

Los dos jugadores que inicialmente tienen la asignacion de tablereo ofensivo de nuestro equipo-- sprint hacia nuestra area pintada -- uniendose a los dos que ya estan en posicion defensiva rondando nuestra area pintada.

Para logar ese -- sprint --, en nuestros entrenos utilizabamos ejercicios, basado en el Principio de entrenamiento de Intervalos.

En lo referente al -- Tablereo --, mi premisa es podemos perder el tablero ofensivo, pero el defensivo definitivamente debe ser nuestro.El tablero defensivo lo debemos ganar.

Con respetos.

Gil

 

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