Basquete Brasil
Discute a atualidade da modalidade no Brasil, e suas implicações a um possível soerguimento técnico.
07 setembro 2005
QUADRATURA OMISSA.
"Seleção de basquete esnoba Nenê",é o título da reportagem no O Globo de hoje,7 de setembro.Perguntado sobre o assunto o técnico principal do quarteto desconversou-"Não quero falar sobre isso.O holofote deve ser direcionado para quem trabalhou".E como numa lavagem de mãos a"La Pilatos" abriu caminho a alguns jogadores que se arvoraram em porta-vozes do grupo,com declarações dos seguintes teores:Do grande craque Alex-"Quem não se encaixar no espirito de união da seleção vai ser excluido do grupo.Se o Nenê quiser voltar,vai ser bem-vindo,mas se não for,não vai fazer falta".Mais adiante continua-"Chegar para jogar o Mundial,sem ter roído o osso da Copa América,não pega bem.Se um fizer isso,todo mundo vai se sentir no direito de fazer também,no futuro".Outro craque internacional,Guilherme informa que existe uma decisão tomada pelo grupo de atletas a respeito de Nenê."O que nós conversamos é que o grupo está fechado.Não no sentido de que não entra mais ninguém,mas quem quiser chegar agora,vai ter de entrar no clima.Não digo entrar no esquema,porque vai parecer que existe uma panela.Mas o Nenê vai ter de conquistar o espaço dele.O time que trabalhou e fez sua parte é este aqui.Acho até que a gente está falando demais em Nenê.Não é justo falar tanto de quem não foi".Essas declarações estão no jornal de hoje,com todas as letras e foto de meia página,e juro que é verdade,estão lá para quem quiser testemunhar um dos maiores absurdos que tenho lido nos últimos 40 anos.Os antigos sempre souberam de jogadores que eram conhecidos como derrubadores de técnicos em seleções brasileiras,e da existência de técnicos que promoviam suas panelas sem maiores cerimônias.Mas eram atitudes na calada dos corredores,no cochicho dos vestiários,ou nos quartos de concentrações.No mundo atual da midia escancarada,jogadores,repito,jogadores expôem publicamente decisões que não lhe dizem respeito,em atitudes somente possiveis pela omissão de uma comissão de técnicos sem um minimo de controle disciplinar e preparo para o comando.Que autoridade esses projetos de atletas tem para virem a publico determinarem regras,conceitos de conduta e politica grupal,quando sua unica função,e para qual são selecionados,é a de treinar e jogar pelo seu país? Que comando é esse que se permite tamanho ultraje?E olhe que são quatro,QUATRO,e um Laptop.Dois outros,os que realmente levaram a equipe ao podio Leandro e Tiago foram mais comedidos,pois se situaram na condição de atletas,e não lideres de uma perigosa panela que ensaia seus primeiros passos,com a conivência silenciosa de seus comandantes.Se quisermos chegar ao Mundial com boas perspectivas de um relativo sucesso,deveremos urgentemente estabelecer uma rigorosa e preventiva clareada em alguns conceitos que teimam em se estabelecer no âmago organizacional de nosso basquetebol.Repito por mais uma vez,comando se exerce,não é dividido,ainda mais entre quatro.Mas que pelo menos um deles tente,se puder e tiver peito,fazer calar uma insurgência que,sem dúvida,porá em risco toda e qualquer tentativa de melhora em nosso basquetebol.Para grupo fechado proponho um eficiente e afiado abridor de latas, de preferência inox.Que vão subverter em outra freguesia,e que se juntem a eles aqueles que se omitirem em comandar.
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