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Prof.Paulo Murilo 

04 dezembro 2005

O QUE TODO ALA DEVERIA SABER II.

Que dentro do sistema de jogo que quase todas as equipes adotam em nosso país,suas principais características,como a penetração rápida paralela à linha final,o corte veloz e incisivo pelo meio do garrafão,o arremesso preciso de curta distância,a pré-colocação para o rebote ofensivo,e a habilidade de jogar sem a bola,são encobertas e preteridas por funções de armação de jogadas bem fora da linha de três pontos,assim como ações de bloqueio passivo afastadas das zonas mortas da quadra. Nossos alas são transformados em jogadores híbridos,instados que são a agirem na maior parte do tempo em funções de armação sem possuirem as habilidades específicas de um armador.Em um sistema com dois armadores essa ingerência dos alas numa organização de jogo para o qual não são, e não possuem habilidades específicas, prejudica,não só sua evolução técnico-tática,como compromete qualitativamente a produção ofensiva de sua equipe. Duas seriam as áreas de ação efetiva dos alas. A primeira seria a faixa de 1,20 m de largura,paralela à linha final,a mesma distância de projeção da tabela quadra a dentro.A segunda,a área delimitada pela linha final e a linha originada no aro da cesta em 45°até a linha lateral.Para cada área definida alguns fundamentos especiais deveriam ser incluidos em seu treinamento,além dos de toda a equipe,principalmente quanto ao drible e a finta,além do apuro e precisão dos arremessos de média e curta distâncias.Na primeira faixa,o drible em penetração terá a bola no limite da linha final, e por isso mesmo a tornará alvo sensivel à interceptação.Por esse motivo,a finta com reversão para dentro da quadra se torna um fundamento básico para os alas, pois a mesma evitará a dobra defensiva em sua progressão.É um fundamento de difícil execução, mas torna-se obrigatório a um bom e efetivo ala.Na faixa dos 45º, o corte, tanto partindo da imobilidade, como em progressão,terá que ser conjugado a uma eficiente ação de parada brusca com controle de equilibrio em velocidade, para a conclusão em arremesso, de curta ou media distância.A continuidade da penetração só se tornará efetiva se no máximo houver uma cobertura,pois pela estatura de um ala,e por conseguinte um drible também alto,a bola pode ser interceptada com facilidade por uma segunda cobertura. Em ambas as ações, passes curtos e reversos completam o arsenal básico de um bom ala.Subir para a linha dos três pontos para exercer funções de um armador,nos passes e nos bloqueios,retiram do ala sua maior força,as ações próximas da cesta,assim como os afastam dos rebotes ofensivos,fundamentais para uma boa e equilibrada equipe.Agindo permanentemente nas duas faixas que lhe são familiares,poderão desenvolver, talvez aquela que se tornará sua maior arma,a habilidade de jogar sem a bola, mas sem se desfocar um segundo que seja da mesma, permitindo que os armadores antevejam os melhores momentos para os acionarem.Alas que desenvolverem essas habilidades estarão aptos,também,a serem mais eficientes nos contra-ataques,onde segundas coberturas são improváveis de acontecer. Defensivamente,os alas deveriam ser treinados ao máximo no sistema de linha da bola, pois por sua amplitude de ação,tanto horizontal como vertical,dificultará ao máximo os passes dos atacantes,contra os quais interceptações devem ser incentivadas sobremaneira.Um ala perceptivo a essas ações exercerá com muito mais eficiência seu trabalho quando em marcação por zona,onde as virtudes interceptativas são o objetivo a ser alcançado,não só por ele,mas por toda a equipe.Finalmente,os rebotes,defensivos e ofensivos,nos quais,pelo posicionamento nem sempre muito próximo a cesta,força-o a se lançar em velocidade na direção da bola.Se uma específica habilidade de transformar velocidade horizontal em vertical,com um mínimo de projeção para fora do eixo do salto não ocorrer,fatalmente uma falta pessoal será cometida,pois o choque violento com o adversário será inevitável.É o fundamento mais característico dos alas,e que deve ser treinado com esmêro e muita repetição.A técnica de bloqueios do voleibol pode,e deve ser levada em conta nesse treinamento de transferência de velocidades,ajudando em muito o preparo dos alas. Mas se a atual tendência da utilização do Passing Game se mantiver atuante e genéricamnte presente em nosso basquetebol,os alas perderão a possibilidade de desenvolverem suas básicas funções, substituídas por passes e bloqueios inócuos fora da linha dos três pontos, em conjunto com seus colegas pivôs.Mas isso é outra história,que contarei mais adiante. Por hora só temos que lamentar os chutes,as joelhadas e as perdas infantís de bolas que a maioria de nossos alas cometem por estarem permanentemente fora de suas áreas de atuação, mas alinhados,mesmo na pobreza de seus fundamentos,com as messiânicas coreografias de seus técnicos.Que brutal e estúpida perda de tempo!

4 Comments:

At 12:54 AM, Anonymous Anônimo said...

nossa muito boa essa materia adoreiiiii.. muito inteligente..
eu jogo de ala e me vai ajudar nos meus treinosss

 
At 2:55 AM, Blogger Basquete Brasil said...

Prezado Matheus, que bom ter gostado do artigo,que no fundo mesmo é dirigido a todos aqueles que desejam aperfeiçoar suas qualidades técnicas.
Um abraço,e bons e proveitosos treinos, Paulo Murilo.

 
At 7:27 PM, Anonymous André said...

muito bom isso vai ajudar muito nos meus treinos valeu

 
At 11:11 PM, Blogger Basquete Brasil said...

Treine bastante André, com afinco e dedicação. O ala é um jogador sacrificado pela presença constante em todas as fases do jogo, principalmente jogando sem a bola. Espero que você evolua sempre. Um abraço, Paulo Murilo.

 

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