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Prof.Paulo Murilo 

09 dezembro 2005

QUE ESPERANÇAS?

De ver CBB e NLB juntas na organização do basquete brasileiro? De testemunhar uma relação harmoniosa entre o grego melhor que um presente e o grande atleta hoje travestido de dirigente? De ver um laticínio rançoso substituido por uma medalha milagosa? De ter de engolir um senador zero voto trombetear aos céus que um investimento de míseros 4 milhões de reais foram transformados em 80 milhões de retorno em mídia, após trair o compromisso inicial com a NLB, trocando-a pelo robusto cofre da CBB? De constatar que o nível das competições repetem monocórdicamente os mesmos erros dos últimos 20 anos, nos quais um único sistema de jogo é desenvolvido por TODAS as equipes e por TODOS os técnicos? De ver nossos jogadores,em todas as categorias,engessados por tal sistema, fazendo-os escravos de posições numeradas e de falsas e ridiculas especializações,nas quais os principios fundamentais do jogo passam ao largo de seus conhecimentos? De observar num jornal,em foto de meia página,um desses infelizes candidatos a astro da bola pendurado num aro,após tremenda enterrada,tendo ao fundo uma arquibancada totalmente vazia? De ler mais uma reportagem sobre a pobreza e a decadência daquele que foi por 80 anos o segundo esporte no coração dos brasileiros? De ler e reler artigos de gente que ama e entende o basquetebol conclamando pureza e esperança em corações enrijecidos pelo gosto doce e ao mesmo tempo ácido do poder, e que em hipótese alguma pretende abrir mão do mesmo sem luta feroz? Afinal minha gente,trata-se do poder sobre os cofres,o econômico e o das seleções, o abre-te sésamo dos sempre sonhados e rentáveis patrocinios, exceto para os que jogam e dirigem, pois estes são de somenos importância ante as sumidades de inteligências felpudas de nosso injusto país.Pensar tecnicamente,meritoriamente,éticamente,NUNCA!É pecado original,com o castigo de perda total do até agora alcançado,admitir tais fraquezas.A galinha dos ovos de ouro tem de ser mantida pela compra e pelo escâmbo de influências,onde não existe,nem em pensamento,qualquer alusão a sentimentos de nobreza,patriotismo,interesse comum.Para essa turma basquete é uma mercadoria, e como tal tem de ser tratada, e com muito ainda por conseguir,dado ao descomunal tamanho de nosso país.Se interpor a tais interesses soa como uma ameaça ao dominio dos cofres, mesmo que o outro lado os queiram também,talvez com outra visão,mas poder é poder,não se discute,aceita-se e pronto!Ou não? Se não,resta uma fresta de luz,a caminhada lenta e segura para num futuro não tão distante assim,tomar honestamente o poder, numa luta ética e épica,na qual poucos votos ainda faltam conquistar,cinco,no minimo,que poderão ser a média mais um, o suficiente.Essa tem que ser a estratégia a ser duramente seguida,pois a turma hoje encastelada jamais estenderá a mão para oponentes que primam pela experiência conquistada na quadra,e não na penumbra das coxias do grande teatro de horror em que transformaram o basquetebol brasileiro.Por tudo isso ressoa no horizonte de um incerto amanhã o grito lacinante-Que esperanças? Meu velho e causídico pai sempre me lembrava-Filho,se a justiça é corrupta,a quem apelar? Fé e trabalho,essas são as verdadeiras esperanças de quem ainda crê em dias melhores para o nosso querido desporto.Vamos à luta!

2 Comments:

At 11:19 AM, Anonymous Anônimo said...

Prof. Paulo Murilo, parabéns pela coluna. E tudo que posso dizer é que continuo esperançoso de que um dia veremos o quadro do basquetebol brasileiro mudar. Afinal, se nós, amantes do basquete, não tivermos essa esperança, quem a terá?
Abraço.

 
At 12:58 PM, Blogger Basquete Brasil said...

Prezado Daniel,obrigado pelo elogio.Infelizmente,esperanças refletem sentimentos,e o momento exige
ações e atitudes.A contemplação esperançosa é o combustível que mantém
aquela turma no poder.Ou partimos para ações enérgicas e eficientes,ou os veremos se perpetuarem no poder.Creio não ser esta a sua opção,continuar esperançoso.Vamos à luta então!Um abraço do Paulo Murilo.

 

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