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Prof.Paulo Murilo 

20 novembro 2008

TRANSPARENTES IDÉIAS...

Num momento em que se definem os rumos do basquete brasileiro, onde a luta pela presidência da CBB apresenta contornos políticos inusitados, como a eleição por aclamação do grego melhor que um presente para a Associação Sul-Americana de Basquete, em reconhecimento pelo sucesso de sua administração vencedora na entidade nacional, conforme divulgado por ele mesmo pela imprensa, num recado bem direcionado àqueles que duvidam de um poder nascido e alimentado pelas trocas de interesses e benesses inter pares, assim como pela tomada de posição de um grupo, travestido em oposição, que após o butim junto ao helênico dirigente, se arvora em uma Hora de Reconstruir de caráter apócrifo, erguendo uma bandeira sem rosto nem identidade civil, com idéias e colocações “inéditas e revolucionárias”,como se tais metas e objetivos fossem, única e exclusivamente, produto de suas radiosas e fulgurantes cabeças, que se dão, inclusive, o direito divino ao anonimato, numa prova contundente de adoração ao próprio umbigo.

Numa outra realidade, na qual, democraticamente todos aqueles que amam o grande jogo pudessem discutir seus problemas, suas limitações, seus anseios , seus sonhos e esperanças, no que seria uma obrigação de uma CBB séria e evolutiva, e não envolta em trevas e obscurantismo técnico e administrativo, muitos e muitos desportistas teriam excelentes e eficientes idéias para expor, a fim de serem estudadas, discutidas e possivelmente postas em prática, como é regra geral nos países que levam à serio a marca do desporto. E dou um exemplo, quando convidado (e logo desconvidado) pelo presidente da CBB, para Um Café e Duas Horas de... (artigo aqui publicado em 11/12/2007), no qual pretendia discutir uma série de 10 sugestões que enumero à seguir:

1 – Incentivar, e mesmo promover a criação das Associações de Técnicos em cada um dos estados, que autonomamente colaborariam com o desenvolvimento do basquetebol, mantidas as características sócio-econômicas, educacionais e tradicionais de suas regiões,e que para atingir tais objetivos contariam com um Kit-Estatuto, e um Kit-Internet, preparados por uma comissão de técnicos experientes, no intuito de acelerar o processo e manter um grau razoável de compatibilidade administrativa e técnica. A CBB poderia bancar esses 27 Kits que poderiam ser desenvolvidos e distribuídos a baixo custo, principalmente se utilizar software livre.

2 – Dividindo o país em quatro regiões, a saber: Norte-Nordeste, Centro-Oeste, Leste e Sul, colegiados de técnicos, com participação rotativa, adequariam seus campeonatos estaduais das divisões de base, mirins, infantis e Infanto-Juvenis, a princípios didático-pedagógicos visando a massificação possível, com ligas colegiais e os clubes, e introduzindo algumas modificações nas regras, tais como, posse de bola de 40, 35 e 30 segundos nas categorias menores,liberando os 24 seg. do juvenil em diante, assim como a defesa por zona, também do juvenil em diante. A criação dos campeonatos estaduais de sub-19 e sub-21, visando abrir o leque de possibilidades no surgimento de novos valores. Nas duas divisões menores, a participação obrigatória de todos os jogadores em pelo menos um quarto da partida, e nunca mais de dois quartos sucessivos ( remember o mini-basquete…), e a paralisação imediata da partida quando o placar ultrapassasse os 30 ou 40 pontos de diferença, evitando danos na aprendizagem e busca de resultados artificiais e de cunho auto-promocionais.

3 – Desenvolvimento de um programa funcional e de baixo custo para a coleta de dados estatísticos que possam ser avaliados por conceitos de coeficiente de produção, e não por analise percentual pura e simples, adequados a cada divisão de base, cujos parâmetros deverão ser estudados, avaliados e divulgados através experimentações e pesquisas de campo, por comissões de professores e técnicos das quatro regiões propostas. Os dados recolhidos em todos os campeonatos regionais e nacionais alimentarão o Centro de Computação que deverá ser implantado na CBB, sob supervisão das associações de técnicos e a futura associação nacional, e onde ficarão guardados os dados necessários ao desenvolvimento técnico-científico da modalidade, objetivando seu progresso e a formação das seleções nacionais.

4 – Substituição dos Campeonatos Brasileiros de Seleções, pela participação dos clubes ou colégios campeões estaduais, com a seguinte classificação: Mirins e Infantis – 27 campeões nacionais, onde o deslocamento das equipes não ultrapassarão as fronteiras de seus estados. Infanto-Juvenis – 4 campeões nacionais, um de cada região. Juvenis, Sub-19 e Sub-21 – 1 campeão nacional por categoria, com decisões em sedes estaduais sob o regime de rodízio.

5 – Em cada campeonato regional e nacional, encontros de técnicos ocorrerão para discussões técnico-táticas, preparação de atletas, formação e formulação de equipes, publicação de trabalhos e conseqüente divulgação dos mesmos, assim como assuntos referentes a patrocínios e campanhas que visem o desenvolvimento da modalidade. Clinicas de aperfeiçoamento serão responsabilidade dos núcleos regionais, como forma de diversidade técnico-tática, e não como a pasteurização que vem sendo implantada pelo núcleo da CBB.

6 – Mobilização dos antigos ícones da modalidade, das associações de veteranos estaduais, de autoridades que praticaram o grande jogo, da sociedade civil, das organizações militares, estatais e patronais, para que todos juntos soergam o basquetebol entre nós, e inclusive fazendo parte ativa das comissões técnicas propostas.

7 – Que através convênios com entidades patronais, universidades, forças armadas, governos estaduais, municipais , indústrias e comercio, possam ser implantados em forma condominial 4 centros de treinamento de alta técnica, um em cada região antes mencionada, no intuito maior de para lá serem enviados aqueles talentos pós-juvenis, que complementarão seus estudos e se qualificarão para as seleções nacionais. Como as instalações já são existentes, daí a sugestão de convênios, a implantação não atingiria valores vultosos, e que muito beneficiaria o projeto de soerguimento. Os profissionais destinados a esses centros seriam escolhidos por mérito pelas comissões técnicas das associações estaduais, e mais adiante pela associação nacional.

8 – Que através um bem planejado setor bibliográfico, divulgado pela rede internet, na forma de jornal, boletim ou blog diário, toda a informação técnica, de projetos a pequenas pesquisas, de estatísticas a relatórios de equipes e seleções bem qualificadas, de comentários a experiências regionais, por mais distantes que se situem no mapa nacional, todas essas informações circulassem regularmente para que todo e qualquer progresso técnico-tático, didático-pedagógico, fosse absorvido pela comunidade de professores e técnicos espalhados por esse imenso país.

9 – Que já se planejasse a produção semi-profissional de material técnico na forma de vídeos,CDs, DVDs e CDs de áudio, a serem destinados a técnicos e professores, como uma das estratégias para a divulgação e massificação da modalidade.

10 – Que a implantação desses pequenos projetos, por serem factíveis dentro da nossa realidade, e que para tanto somente nos falta a vontade política em realizá-los, nos faça retomar o caminho das grandes conquistas que atingimos no passado, saindo do limbo cumulativo em que nos encontramos.

Como vemos, são propostas simples de serem incrementadas e que muito ajudariam no soerguimento do basquete entre nós. E quantas outras existirão por esse país afora, iguais ou bem melhores do que estas se fossem dadas as oportunidades para que se manifestassem de forma transparente, democrática e assinadas? Creio que muitas, muitas mesmo. Aliás, no artigo escrito após o desconvíte, Amarga Cronologia (12 /12/2007), abro mão de todo e qualquer direito de autoria para que qualquer item, por menor que fosse, pudesse ser posto em prática pela CBB, já que obviedades não são propriedades de quem quer que seja...

Enfim, vir a público inflamar mentes e corações não é missão para quem se esconde no anonimato numa realidade democrática. Não por motivos mais do que ditatoriais fez o Imperador Napoleão declarar temer mais uma pena do que mil canhões. O que vem das sombras, lá deverá permanecer, já que inimiga irreconciliável da luz, do progresso, da liberdade de pensamento.

Amém.

3 Comments:

At 9:47 AM, Anonymous Anônimo said...

Confiar em grego deu no que deu ele deve ter convidado vc na presença de pessoas para se mostrar na pele de cordeiro, no dia seguinte como grande mentiroso que é, cuja sua palavra não vale um vitem deve ter se esquecido do compromisso como ele sempre coisas de pessoas com carater duvidoso que não merece a menor confiabilidade.

Reginaldo Fonely

 
At 12:00 PM, Anonymous Anônimo said...

Prof.Paulo Murilo,

Primeiro acreditar no que o Grego diz, é a mesma coisa que acreditar em papai noel, ele é um cara sem palavra,o que ele fala não se escreve, ele é tão sem carater que fala as coisas e quando se cobra ele diz que não se lembra ou diz que não falou, ele é um dirigente e um homem que não merece o menor respeito, não somente dos basquete brasileiro mais das pessoas que vivem neste país, ele já fez isto com uma serie de pessoas, vcs acham que o Sr.Carlos Nunes não saiu pq da CBB? segundo informações de pessoas da CBB, dizem que foi falta de palavra do Grego de coisas que tinham acordado. Quanto ao Tony, não podia se esperar outra coisa de um turco somente anda nas sombras e queria ficar na oposição na sombra, mas me parece muito ingenuo, achou que ninguem ia descobrir, descobriram acabou a brincadeira dele de candidato, não duvido nada de estarem juntos Grego e Tony e a briga deles seja mais um teatro,pq da união, são inimigos mortais do Carlos Nunes, o Grego, não teve peito de demitir o Carlos Nunes depois da eleição de 2004, como na epoca dizia que iria fazer, quando soube da reunião lá em Brasília, que o Carlos Nunes se reuniu com 12 federações para lançar sua candidatura e foi esvaziada pelos presidentes das federações de Brasília e Pará, o Grego soube e não fez nada, com medo do Carlos Nunes levar o grupo dele para oposição e vencer as eleições.Ai ai o que o Grego fez logicamente promessas, como sempre faz aos presidentes das federações, conseguiu vencer e não cumpriu nada do que prometeu, como é de costume.
Amigos esta é a situação do basquete brasileiro, vai acontecer a troca, como disse um dos participantes aqui de 6 por meia duzia, ou seja, somente vão mudar as moscas pq a M....., certamente continuará a mesma, pobre basquete brasileiro que não tem gente com capacidade de mudar essa situação caótica atual, pq o corporativismo ingnorante dos presidentes das federações não lhes permite ter inteligência e muito menos discernimento,para acabar com este corporativismo de somente votar em outro presidente de federação.

Fernando Santos

 
At 10:51 PM, Blogger Basquete Brasil said...

Prezados Reginaldo e Fernando,com este panorama o que esperar de positivo para o nosso basquete?Onde estão todos aqueles que de alguma forma foram beneficiados em suas vidas pela pratica do basquete,e que hoje ostentam poder e influência politico-social,capazes de realmente ajudar no resgate da modalidade?Onde estão?Onde? Para mim este é o verdadeiro drama,a verdadeira tragédia, aquela do esquecimento,da negação de valores,da omissão pura e simples.Se estes valores não emergirem das sombras onde se encontram,pouco ou nada restará de digno para o basquetebol.É o que sinto e prevejo.Paulo Murilo.

 

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