Basquete Brasil
Discute a atualidade da modalidade no Brasil, e suas implicações a um possível soerguimento técnico.
06 julho 2008
COMOVENTE OTIMISMO...
Dois jogos, duas vitorias. Dois dias atrás, contra a Venezuela, mesmo jogando muito mal na defesa, conseguiu a seleção passar raspando nos 10 pontos, onde a qualidade coletiva da equipe não se fez presente em nenhum momento da partida, salvando-se duas ou três atuações individuais, com o Drudi em relevo, dando continuidade ao seu desempenho linear e maduro dentro da competição, mesmo esquecido no banco por longo tempo. Ontem, necessitando vencer por uma margem de 22 pontos a fim de jogar a final, priorizou o ataque, numa situação em que a defesa deveria pautar o comportamento da equipe, como base para ações ofensivas mais seguras, e que garantissem passo a passo, a anulação da vantagem da equipe uruguaia. Esta, ao sentir a fragilidade defensiva dos brasileiros, deixou o tempo passar, trocando cestas sem muito esforço, sabedores, que mesmo perdendo não veriam ameaçada sua participação na final. Agora, o técnico de nossa seleção deve estar colhendo de si para consigo mesmo, as amargas declarações que proferiu após a fragorosa derrota para os argentinos, entre as quais-“Foi um jogo que não valia nada. Vencer a Venezuela e Uruguai sim”- Pois muito bem, venceu os dois e vai disputar o terceiro lugar, com a Venezuela...
E mais uma vez, o Drudi sobrou na turma, assim como o Helio, ambos fora da equipe que disputará o Pré-Olímpico, numa falha técnico-administrativa que cobrará altos juros no transcorrer daquela decisiva competição.
E concordando com o comentarista da ESPN, numa competição de tal magnitude como o Pré-Olímpico, os melhores jogadores deveriam lá estar, os experientes e até alguns veteranos, no lugar dos novíssimos que por atuarem no exterior, como já afirmei anteriormente, em equipes de baixa classificação, inclusive em seus países de origem, ocupam indevida e temerariamente os lugares destinados àqueles, numa ação equivocada da CBB, que por motivos políticos mais do que conhecidos, somente utilizou o técnico espanhol a um mês daquela competição, quando o mesmo aqui deveria estar por muito mais tempo, quando teria a oportunidade de convocar aqueles jogadores que estivessem em melhor forma técnica e física. A grande experiência e qualidade técnica de cada um dos Hélios , Rogério, Marcio, Drudi, Estevam, entre outros mais, tornaria a seleção mais competitiva nos treinamentos, mais exigente nas soluções ofensivas e defensivas, dando ao Moncho um leque maior de escolhas, de decisões que muito o ajudariam na formação de uma verdadeira e representativa seleção brasileira. A maior e comprometedora falha de todo esse mal-fadado processo, é que uma convocação feita à imagem do catastrófico Pré de Las Vegas, foi como que sugerida e sutilmente imposta ao espanhol, já que privado das observações que faria se aqui aportasse meses atrás, concorreu para que ajustes de ouvido, de pitacos, e “sugestões” interesseiras, cobrissem as ausências previsíveis das grandes e evasivas estrelas, mantendo a seleção como vitrine promocional de candidatos ao estrelato, e ambiente de recuperação física e técnica de outros, em detrimento dos que por aqui se mantinham bem naqueles preciosos requisitos.
E por tudo isto, é que temo que uma seleção não representativa do que temos de melhor, e que mesmo se os tivéssemos, não seria de ponta no cenário internacional atual, com um, no máximo, dois jogadores de exceção , não produza ou torne realidade as vitorias por que tantos oram contrita e patrioticamente, numa corrente de comovente otimismo, que minha experiência, infelizmente, não compactua, apesar de lá no fundo torcer pela enésima vez para que esteja errado, e possamos testemunhar mais um pequeno grande milagre deste nosso teimoso e persistente basquetebol, como o alcançado pela seleção feminina.
Amém.
10 Comments:
Prof. Paulo Murilo,
Conforme já havia expressado minha opinião aqui no seu Blog (quando publicou a foto do Moncho Monsalve orientando o Manteiguinha), entendo que a chegada do espanhol faltando um mês para o Pré-Olimpico foi um erro absurdo da CBB, por dois principais motivos:
- o técnico não poder avaliar os jogadores "nacionais", e
- não ser possível, aos especialistas brasileiros, "absorver" alguns conhecimentos do técnico (um excelente palestante, segundo comentário de Ary Vidal publicado na mídia).
No primeiro caso, acredito que a CBB e o próprio Moncho esperavam compor uma seleção somente com "estrangeiros", completada pelo Valtinho (convocado pelo Nenê e Barbosa para o Pré de Las Vegas). Não contaram com desistências, contusões e possível existência de jogadores com potencial atuando no Brasil. Erro duplo pelo qual o basquete brasileiro está pagando.
No segundo acho que ficou clara a falta de competência, cuidado com o uso dos recursos financeiros e comprometimento com o desenvolvimento do basquete por parte da CBB, além de um certo "oportunismo" do espanhol. Erro, ou "malandragem", das duas partes.
Como provavelmente o Brasil não conseguirá a vaga olímpica (conforme muito bem descrito em seu último parágrafo), a vinda do treinador estrangeiro quase nada terá somado ao basquete brasileiro e a ele próprio (que declarou quase ter desistido da empreitada).
Só nos resta, então, aguardar os inúmeros milagres necessários ao basquete do Brasil.
Abços.
Olá Prof. Paulo
Gostaria muito que o senhor desse uma esplanação sobre as defesas por zona, certamente tem larga experiência no enfrentamento das mesmas e seria de muita valia saber a sua opinião sobre o assunto. Como suplantar uma defesa por zona? E quando é recomendável utilizá-la? Defesas box, match-up, enfim... aproveito para perguntar também se o senor tem em arquivo o sistema de avaliação em coeficientes de produção, ao invés dos padronizados scouts que estamos acostumados... Aproveito ainda para agradecer ao Prof. Gil Guadron pelos textos, estou lendo todos e já aplicando nas aulas diárias, abraços agradecidos aos senhores
Prezado jdinis,creio que aos poucos todos nós vamos tomando ciência do que realmente vem ocorrendo com o nosso basquete, e que não é nada agradável.Mudanças se tornam inadiáveis,mas por onde começar?Tenho exposto sistematicamente meu posicionamento,admitido por uns,renegado por outros, torcendo para que provoquem as tão,e já tardias discussões,que nos levem a uma solução.Por que não discutí-las?Por que não exreriorizá-las?O que falta? Um abraço,Paulo Murilo.
Prezado Fabio,suas respostas serão tema de próximos artigos,em brevíssimo tempo.Fico feliz com a receptividade das verdadeiras aulas do Pro.Gil, técnico salvadorenho radicado a muitos anos em Chicago.Um abraço,Paulo Murilo.
Caro Professor,
Eu vejo a chegada do Mocho, sem fazer qualquer juizo de valor a sua competência, como uma pessoa que esta morrendo afogada e olha um graveto, se segura nele pensando que ia se salvar e morre afogada.As vezes fico me perguntando pq ele estaria sem clube para dirigir na Espanha?? outra coisa que me chamou a atenção foi que o referido tecnico realmente embarcou em um sonho, dirigir uma seleção com estrelas, talvez a melhor equipe que ele ttenha tido a portunidade de dirigir e viu de uma hora para outra o sonho se tornar pesadelo, devido a serie de pedidos de dispensa, tentou recuar mas parece que não deu e foi para o sacrificio, talvez se ele conhecesse um pouco mais sobre o basquete do Brasil e os dirigentes da entidade maior, talvez não viesse teria ficado por lá. Outra coisa que ao meu ver pôs em duvida a postura do Sr.Mocho neste cenário todo, foram as declarações dele sobre jogadores, ai carimbou a sentença de quanto desconhecia o país e a sua politica esportiva, acho que ele pensou que a coisa aqui funcionava como na Europa, onde os jogadores colocam as seleções de seus paises em primeiro lugar, cabe resssaltar que lá nos paises do primeiro mundo existe a contrapartida de respeito a eles, aqui a coisa funciona de outra forma, quando se vê uma atleta da seleção brasileira entrar na justiça para cobrar indenização da CBB, devido a CBB não ter feito seguro e a jogadora ter ficado desempregada, arcando com as despesas de tratamento.Finalizando, quando acabar o pré-olimpico caso o basquete brasileiro tenha sido desclassificado, o espanhol vai direto da Grecia para Espanha, ai vão começar as explicações da CBB, tipo: não nos classificamos pq não fomos com a verdadeira equipe nacional por causa dos pedidos de dispensa, vão querer responsabilizar os jogadores que pedirão dispensa pela desclassificação, vão dizer que atenderam os anseios do basquete brasileiro, contra a vontade da CBB e trouxeram um tecnico estrangeiro e por ai vai. A unica coisa dificil de suportar vai ser vermos Chupeta e Neto, dirigindo seleções brasileiras, será a pá de cal no basquete brasileiro a nivel internacional.
Gustavo Silva
PARA EL ENTRENADOR DE EQUIPOS DE FORMACION.
Por una u otra razon, en un partido determinado los (as) mejores canasteros (as ) de su equipo no estan encestando.Su ataque se cayo.Su unica esperanza para mantenerse en el partido sera su defensa,y eso solo sucedera si en sus entrenos usted le a dado la importancia que se merece.
La defensa debe funcionar a toda capacidad en cada partido.No hay excusa.
Marcando a quien tiene la pelota.
1-. Mantenga siempre su posicion de cadera baja,y jamas cruze las piernas.
2-. Presione la pelota sin ser derrotado por la dribladora.Evite el drible de penetracion.
3-. Si la atacante finaliza el drible,marque el pase.Si pretende tirar obligela a que tome un tiro incomodo.
4-. Si el atacante con la pelota esta cerca de la linea final. coloque . El defensor entonces debe colocar la pierna mas cercana al la linea final atras, para evitar una colada por la linea final.
Se considera que la pierna adelantada del defensor es la pierna debil, normalmente la que el driblador ataca , pues la unica opcion que el defensor tiene es el " Drop-Step "( paso largo en diagonal hacia atras ?).
La pierna trasera del defensor es la fuerte, pues por la posicion corporal , el defensa esta "esperando" al driblador
Defensivamente solo puede estar en tres posiciones:
1-. Marcando a quien tiene la pelota.
2-. Marcando el pase de penetracion, pero siempre pensando en ayudar..
2-1. Me refiero a la manera de marcar al posible receptor a un pase de distancia del poseedor de la pelota.El defensor coloca la palma de la mano volteada hacia la pelota,es decir "marcando la linea de pases".El defensa algunas veces "fingira" la perdida de la posicion de marcar la linea de pase ,con la intencion de darle una falsa sensacion de seguridad al pasador,y en una accion explosiva, cortar el pase dirigido al atacante asignado a el,y lanzarse en salida rapida.
2-2. La posible ayuda para detener un drible de penetracion.Este defensor ademas debe utilizar amagos defensivos de atacar al driblador para un posible "trap","robo de la pelota" con la intencion de mantener a driblador -- ya tecnica-tacticamente desbalanceado --, o apresurarlo en la ejecucion de un pase.
3-. Dando ayuda.
3-1.Siempre teniendo la pelota en su campo visual listo para dar una ---ayuda temprana --.Este concepto es importante, en el caso de un drible de penetracion,pues es mejor una ayuda tempranera que tarde.
3-2. Cuando se da una penetracion o colada por la linea final.El defensor del lado debil debe bajar con la intencion de cortar el pase sobre la linea final dirijido al atacante que tiene asignado.No se quede a medio camino.
3-3. Para evitar "el corte explosivo" de un atacante desde el lado debil sobre nuestra area pintada.
En esta situacion usted como defensor, se mete en el camino del atacante que corta( ganandole reglamentariamente la posicion ). La defensora utiliza su antebrazo, toma contacto con el pecho de la cortadora y la guia, impidiendole que vaya donde el atacante deseaba ir.
Si se da una ruptura en nuestro sistema defensivo,cualquier otro defensa tomara al "driblador" y el resto de los defensas marcaran a cualquiera atacante, sin importar ,en ese momento a quien usted como defensor marca.
Gil
Prezado Gustavo,vamos aguardar a bola ser levantada no meio da quadra para o jogo de hoje a tarde contra uma equipe de verdade,a Grecia.Depois falaremos,discutiremos,analisaremos o apresentado,realmente apresentado e testado.Até lá,conjecturas podem incorrer em erros e até injustiças.Um abraço,Paulo Murilo.
Prof.Paulo Murilo,
Esperei a bola ser levantada hoje para avaliar a equipe, no inicio até me impressionei e me entusiamei, mas foi nitido quando a Grecia apertava a marcação a coisa escurecia para o basquete brasileiro, sei que foi um jogo para colocar a equipe no ritmo do pré olimpico, ainda continuo sem acreditar que esta seleção se classifique para Pequim, acho que o Moncho deu uma nova cara ao esquema tatico da equipe, mas continuamos pecando nos indices de acerto de lance, de arremesso de 3 e a marcação nossa, salvo alguns atletas, se continuarem assim teremos problemas frente as equipes que basicamente preparam as jogadas para matar bolas de três, sei que o Sr.Mocho não teve o tempo necessário para colocar a equipe nos eixos ideais, mas os atletas vieram de temporadas onde jogam o que se espera que tivessem com a pontaria melhor, tanto de 3 pontos como lance livre, o que se viu hoje foi o contrário.
Aqui vai um veneno destilado, vcs viram na tela da SPORTV quem eram os presidentes de federação que estavam na Grecia? acho que o Grego vai se perpetuar no basquete brasileiro independente se a esta administrando de forma prejudicial ou não ao basquete do país.
Como dizem na boca maldita do basquete carioca 2 dos que fazem parte do grupo que elegem os presidentes da CBB a anos estavam lá alguem tem duvida que o Grego seja reeleito.Gustavo da Silva
Prezado Gustavo, no artigo que publiquei hoje teço comentários bem proximos aos seus, e creio que mais proximo ainda da opinião de todos aqueles que viram o jogo.São observações óbvias demais. Quanto à entourage do grego melhor que um presente,o que dizer a mais, senão lamentar uma politica de tão baixa qualidade? Um abraço,Paulo Murilo.
Gil,o que acha você .quando de sua vinda em setembro,dar uma pequena clínica comigo para os tecnicos iniciantes? Pense a respeito.Paulo.
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