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Prof.Paulo Murilo 

18 junho 2008

O LEGADO DE UMA CAMISA...

“Não se pode matar uma jogadora para sempre. Mas as Olimpíadas, ela não joga. Não posso correr o risco de convocá-la”.

Em contra-ponto : “(...)Mas eu faria tudo de novo se ele me tirasse novamente”.

“Ele me vê como uma jogadora individualista. E eu acho que, em situações importantes, ele me pune e me deixa fora da quadra. Por isso, nunca vai dar certo”.

“Jogar coletivamente está sendo uma violência muito grande para ela. A Iziane simplesmente não consegue dividir espaço. O retorno dela depende de mudanças a médio e longo prazos. Hoje, não é possível. É necessária uma mudança radical de postura. Há uma diferença de pensamento muito grande entre nós”.

“Desde o juvenil, nós temos problemas na quadra(...)Quando joguei no Ourinhos, foi a mesma coisa”.( O Globo de 17/06/08)

E a pendenga por ai vai, célere e sem freios, como duas entidades à parte do espírito de seleção, repito, seleção, destino final e ansiado dos e para os melhores, onde achismos personalistas e discussões sobre o sexo dos anjos perdem validade e respeitabilidade. Em uma seleção nacional o técnico “está” técnico, onde o “sou técnico” se perde no vazio das pretensões de eterno continuísmo. Lembro a estupefação nacional quando o ex-ministro da Educação Eduardo Portella desafiou o sistema da intocabilidade e auto-deificação ministerial ao definir estar ministro, e não ser ministro. Perdeu o cargo, mas jamais a definitiva e emblemática razão. Não podem, técnicos e jogadores selecionados para defenderem o país em competições de alto nível, representando a elite momentânea de suas participações, auferirem poderes circunstanciais acima de suas reais competências, já que transitórias, em prazos e objetivos finais. A seleção nacional não pode ser utilizada como palco de discussões de caráter mandatário ou reacionário às suas pétreas (assim deveria ser) tradições e conceitos de nacionalidade, onde o desrespeito aos seus princípios básicos teriam obrigatoriamente sentido único, ou seja, uma única e decisiva chance de erro ou transgressão. Negar seus princípios não pode suceder qualquer possibilidade de repetição, tal qual um dogma, ao qual terá de se submeter todo aquele, que por suas inegáveis qualidades e justo merecimento, tenha a honra, a grande honra de vestir a camisa de seu país e pertencer à seleção de seus melhores representantes, sabedores a priori de que jamais poderão desonrá-la e traí-la. Essa tradição, a ser mantida e preservada, garantirá às gerações que se sucedem na história do país, a certeza de que, para lá chegarem e conquistarem o direito de envergá-la, necessitarão de muito trabalho, honestidade, respeito e entrega incondicional à missão que lhes estarão outorgando o povo desse país. Usar a seleção como vitrine de autopromoção, como muitos hoje o fazem, sequer disfarçando seus propósitos, ou estabelecendo “condições” para servi-la, é algo abominável e que tem de ser expurgado a qualquer preço, mesmo que tais subterfúgios contem com a criminosa omissão daqueles que dirigem e administram o poder confederativo.

Que cesse imediatamente esse bate-boca personalista e de parco interesse desportivo, e que desde já se incubam as partes atuantes em seguirem seus caminhos, dentro ou fora da seleção, pois novos obstáculos se aproximam céleres, com datas imutáveis e inadiáveis.

E que as camisas de nossas seleções jamais sejam negadas daqui para diante, já que para os recalcitrantes toda tentativa será marcada indelevelmente como um caminho de sentido único, ou seja, sem volta. Que assim seja.

Amém.

7 Comments:

At 3:34 AM, Anonymous Anônimo said...

Professor Paulo Murilo

Apenas para agregar valor aos seus comentarios, aproveito para informar que as selecoes dos EUA, incluindo o Dream Team, participam de reunioes com administradores da USA Basketball e do Governo Americano para discutir as regras de comportamento e conduta para participacao de competicoes internacionais enquanto estes jogadores e tecnicos estao representando o pais em terras estrangeiras principalmente. Acredito que isto deveria ser adotado pela CBB e pelo COB pois e ridiculo e inaceitavel o exemplo de alguns atletas profissionais, servindo a selecao nacional, estao dando a geracoes futuras.

 
At 7:30 AM, Anonymous Anônimo said...

Professor Paulo Murilo,

Se uma atleta como a Iziane que tem um historico de indisciplina, falta de etica, etc.. Porque foi convocada? E como ter uma bomba relogio - a qualquer momento esta pode explodir...

 
At 4:04 PM, Blogger Unknown said...

A entrevista do aulo Bassul para o Fábio Balassiano no blog linha dos 3 explica tudo walter.

Abraço

 
At 7:12 PM, Blogger Basquete Brasil said...

Walter pior que um desentendimento é a queda de braço que se sucede na procura das culpas e das razões,prato cheíssimo para um tipo de imprensa, que ao não entenderem nada do grande jogo e sua essência,se esbaldam com o bate-boca estéril do tipo "aqui mando eu..."etcetera e tal, quando uma simples regra de conduta e ética desportiva anularia toda e qualquer atitude negativa.Errou na negativa ao time, à camisa, ao técnico,rua, e ponto final.Simples como a participação integral e sacrificada em prol da equipe,obrigação de quem a defende.Disciplina e honestidade passou a ser qualidade,muitas vezes raras,quando é obrigação de quem comanda, e de quem é comandado.O resto é conversa de quem adora um escândalo e uma boa massagem no ego. Um abraço,Paulo.

 
At 1:11 AM, Anonymous Anônimo said...

Prof.Paulo,

Pelas entrevistas que li e assisti o Paulo Bassul, esta coberto de razão, pelo visto esta Iziane é totalmente destemperada, pelos problemas que ela vem criando desde as categorias de base, acho que com esta decisão o Paulo Bassul ganhou o respeito do grupo e no meu entender ela quis por em cheque o tradicional ou ele ou eu, pela primeira o Grego raciocinou e apoiou o tecnico, graças a Deus que ele classificou imagine, esta tal de Iziane sem ganhar um titulo ja se acha estrela, imagine se o Brasil não se classifica ela ia se achar uma constelação, como dizemos aqui no Rio ela para mim é uma rainha mas somente se for do reino do cocô.
Gustavo Silva

 
At 1:11 AM, Anonymous Anônimo said...

Prof.Paulo,

Pelas entrevistas que li e assisti o Paulo Bassul, esta coberto de razão, pelo visto esta Iziane é totalmente destemperada, pelos problemas que ela vem criando desde as categorias de base, acho que com esta decisão o Paulo Bassul ganhou o respeito do grupo e no meu entender ela quis por em cheque o tradicional ou ele ou eu, pela primeira o Grego raciocinou e apoiou o tecnico, graças a Deus que ele classificou imagine, esta tal de Iziane sem ganhar um titulo ja se acha estrela, imagine se o Brasil não se classifica ela ia se achar uma constelação, como dizemos aqui no Rio ela para mim é uma rainha mas somente se for do reino do cocô.
Gustavo Silva

 
At 11:20 AM, Blogger Basquete Brasil said...

Prezado Gustavo,com razão ou não,técnico não tem que se colocar acima de preceitos pré-existentes quanto a hierarquia em seleções representativas, como se a mesma fosse prerrogativa dele.Técnicos e jogadores são partes indissociáveis de um circulo hierárquico, cuja quebra penaliza a ambos indistintamente.É assim que tem de funcionar, para que os interesses maiores de um grupo não sofram soluções de continuidade.Um abraço, Paulo Murilo.

 

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