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Prof.Paulo Murilo 

02 julho 2008

QUE ESTRÉIA...

E bem ao final do terceiro quarto, um terrível e equivocado quarto, o técnico brasileiro pediu um tempo na tentativa de frear a reação da equipe colombiana, quando vejo no enquadramento da câmera de TV, um senhor uniformizado, fixamente focado nas instruções passadas pelo técnico, para ao final das mesmas se dirigir aos jogadores dizendo- “Faltam 29 segundos, tratem de segurar a bola o máximo em nosso poder...”. Legal, um senhor uniformizado, sem ser o assistente técnico, se dirige a equipe passando instruções como se assistente fosse, numa seleção brasileira em um Sul-Americano capital. Ora, ora, senão o supervisor (Supervisar v.t.d. Dirigir ou orientar em plano superior; superintender, supervisionar. Dic.Aurélio) Antonio Barbosa, recém aposentado das seleções femininas, que emite instruções que não lhe dizem respeito, pelo menos durante um jogo de responsabilidade de outrem. Aliás, o banco de uma equipe não deve ser ocupado por um supervisor, cujas funções se encontram muito mais fora, do que dentro de uma quadra de jogo.

No entanto, mais adiante no quarto final, o jogador Helio recebe uma forte pancada, fica estirado no solo gemendo de dor, tem um tempo debitado para seu socorro, é cercado por companheiros e adversários, e o estarrecedor, ninguém do banco brasileiro, médico, ou fisioterapeuta para socorrê-lo. Mas a vaga do supervisor lá estava garantida, e nem mesmo ele correu até o jogador acidentado. Formidável, e ao mesmo tempo doloroso. Foi exatamente no último quarto que a equipe passou a atuar com os dois armadores em quadra, o que fez diminuir bastante os erros de fundamentos, fazendo com que os homens altos finalizassem melhor através assistências bem executadas, pois até aquele momento a equipe só havia se utilizado de um só armador, dentro do engessamento técnico-tático tradicional em nossas seleções ( Todas, rigorosamente todas, de base até as adultas...) e que tem como um dos seus mais empedernidos, teimosos e graníticos entusiastas, o nosso presente e uniformizado supervisor.E que é o responsável técnico, didático e pedagógico de todos os cursos de atualização dos jovens técnicos espalhados pelas federações de nosso país, numa jornada coercitiva que nos tem levado de roldão ladeira abaixo nos últimos e perdidos anos.

Como explicar que um técnico tenha alcançado tanto sucesso nos último Campeonato Nacional e no Sul-Americano de clubes, exatamente por se utilizar de dois armadores de excelente técnica, e por conta disso ser escolhido para dirigir a seleção, e que na sua estréia num importante campeonato classificatório para a Copa America, contra a equipe mais frágil da competição, se veja agrilhoado a utilização de um só armador? Será que o poder decisório de um burocrático supervisor chega a tanto? Quando extrapola sua real posição numa instrução emitida na presença do técnico da equipe, creio que algo de errado esteja ocorrendo, e muito grave. Mesmo considerando ser inexperiente em competições internacionais, em hipótese alguma seu trabalho deva ser monitorado in loco, dentro da quadra, por supervisor de qualquer monta. É desrespeitoso e constrangedor, ainda mais quando tais ações são transmitidas à cores e em som estéreo, elementos desde sempre requestados pelo uniformizado supervisor, antenado ao máximo em suas possibilidades de cunho político, tanto no esporte, como na vida pública.

E quando agora muito se tem falado de uma futura migração do técnico da seleção feminina, para dirigir a masculina, numa paródia ao sucesso análogo do técnico Bernardo do Vôlei, mini-comparação esta que muito sensibiliza o aspirante candidato, nada mais justo, que na cola dessa possibilidade (pretensão plausível somente por cima de um natimorto basquete masculino...), surja a figura técnico-administrativa de nosso uniformizado supervisor, impoluto em sua firme determinação de impor seus conceitos, na contra-mão da urgente necessidade de novas concepções, de novos e comprometidos tempos.

A Seleção foi muito mal, com raras e honestas exceções, onde o pivô Drudi manteve seu jogo regular e produtivo, jogo este que muita falta se fará sentir na seleção que irá ao Pré-Olímpico, contando com jogadores que dificilmente participarão eficientemente do mesmo, abandonando por aqui um valioso e desejado reforço, que deveria ser somado a um terceiro armador, dentro do esquema adotado pelo técnico Moncho Monsalve.

Essa seria uma oportunidade de ouro para que um supervisor de verdade encaminhasse tal sugestão ao técnico espanhol, tão necessitado de mais vida inteligente no perímetro interno de sua equipe. Mas isso é outra conversa, plausível e somente acessível aos que realmente entendem os meandros do grande jogo.

Amém.

7 Comments:

At 8:17 PM, Anonymous Anônimo said...

PARA EL ENTRENADOR DE EQUIPOS DE FORMACION.

Continuacion.

La gran mayoria de equipos defendian en zona 2-1-2, y utilizaban la "defensa de presion en personal" en los minutos finales del partido, unicamente cuando estaban abajo en el marcador.

Eso me dio la pauta de "romper con el molde".Defender con mucho mas intensidad que mis rivales tratando que mis equipos dominaran las estructuras tecnico-tacticas de las defensas presionadas ya personal o de zona.

Decia que siempre fui de los pocos entrenadores que utilizaban la defensa individual como defensa primaria.es decir ya formaba parte de mi filosofia como entrenador.Lo que agrege en esta oportunidad fue las "defensas de zonas de presion".


Un principio cardinal defensivo es :La defensa se juega con las piernas .

Y en esencia los ejercicios que utilizabamos, todos tenian algo en comun : los brazos de las defensoras estaban cruzados a la espalda, eso las obligaria a --defender con las piernas-- y, a ganar y mantener la correcta posicion defensiva.

El ejercicio : el clasico 1 x 1.La dribladora saliendo desde la linea de tiros libres extendida, trataria de "colarse" hacia la canasta. La defensa lo impediria desplazandose lateralmente, manteniendo la posicion de su cuerpo medio paso adelante de la dribladora , esto evitaria la "colada" de la atacante hacia la canasta.

Se jugaba a ambos lados del area pintada.

Si el 1 x 1 iniciaba sobre el lado derecho atacante,la atacante simplemente trataba de "colarse" hacia la canasta ( no cambios de direccion ni de velocidad , al menos en los primeros entrenos ).

Insistimos en que la defensora deberia --lanzar la pierna izquierda larga hacia la linea final de la cancha en un paso largo, mientras arrastraba o deslizaba la pierna derecha-- recuperaba la posicion, y de nuevo, un paso largo con la pierna izquierda etc.

La cadera de la defensora siempre estaria baja,

Por supuesto fuimos de velocidades medias ,a velocidades reales de juego en el transcurso del mismo entreno.

Los principios metodologicos que gobernaban fueron:
1- La correcta ejecucion de la tecnica-tactica del deslizamiento defensivo, sin importar si la defensora fue derrotada.
2- Mi feedback fue: "cadera baja" !!!, "pierna larga" !!!, "deslize" !!!
3- Mi entreno tenia una duracion de 75 min. jamas di explicaciones largas. Nunca converti mi entreno en uno de 35 min.
4- Practica, practica y mas practica.

El objetivo fundamental de este ejercicio:La velocidad de desplazamiento lateral .

Tan pronto la defensora ponia su pie en la linea final de la cancha, ambas jugadoras de manera explosiva corria hasta la linea final de la otra cancha.

Con esto tratabamos ya por --repeticion y reforzamiento-- el instaurar en sus "memorias" el estereotipo motor de la salida rapida ( jugar en toda la cancha ). La llamada transicion de la defensa hacia el ataque y viceversa.

La jugadora que recien habia finalizado de "deslizar" defensivamente y se habia ido en transicion la estaba esperando, para pasarle la pelota a nuestra recien llegada atacante quien:
1- Recibia el pase.
2- Mataba la velocidad horizontal, transformandola en vertical.
3- Flexionaba las rodillas, bajaba la cadera.
4- Amago de tiro ( la cadera siempre se mantiene baja ).
5- Tiro a la canasta,sin importar si encestaba o no( lo que siempre exiji fue absolutamente una tecnica correcta ) .

La jugadora atacante en el 1 x 1, corria hacia la otra area pintada en transicion defensiva, y defendia a nuestra atacante con una excelente postura defensiva pero sin interferir en los movimientos de ataque de la receptora de la pelota.

Luego "sprint" hacia el otra area pintada para ser defensora en el 1 x 1.

La jugadora que le paso la pelota ejecutaba un "sprint" hacia la otra area, tomando la posicion de atacante en el 1 X 1.

La jugadora que tiro a la canasta, espera a la nueva atacante que llega para pasarle la pelota.

Continuaremos, con los conceptos defensivos: Marcando a quien tiene la pelota.

Gil

 
At 2:27 AM, Blogger Basquete Brasil said...

Gil, acredito que os jovens técnicos sempre em busca de conhecimentos e técnicas de ensino, estejam aproveitando esta oportunidade impar.Vamos ver como se manifestam.Um abraço,Paulo.

 
At 1:02 PM, Anonymous Anônimo said...

Professor se contra a Colômbia foi horrível, o que podemos imaginar na sequencia. Ontem com o Chile foi lamentável. Não quero ver hoje contra a Argentina ...

E os fundamentos ?

Tá dificil de assistir.

Acho que não me surpreende o Drudi ser o melhor do time, uma vez que veio de uma base que ainda tem certo respeito no Brasil e pelo que vemos dele, podemso dizer que o minimo ele tem.

Tá complicado.

O Brasil só nos faz desanimar pelo basquete, como estamos mal ...
dá até medo ...

Abração Professor,
Henrique de Viçosa-MG

 
At 1:25 PM, Anonymous Anônimo said...

Vi o jogo contra Chile.

O Brasil jogou muito ruim, mas realmente o que me impressionou foi os fundamentos dos jogadores brasileiros, muito fraco.
Principalmente dois: passe e drible.

Em relação a defesa ele poderia variar um homem a homem e as vezes uma zona. E também os jogadores teriam que melhorar a movimentação lateral, pois foram batidos várias vezes batidos no drible.

Gustavo Pereira

 
At 7:33 PM, Blogger Basquete Brasil said...

Prezados Henrique e Gustavo,continuando a campanha de um empedernido chato profissional como eu,e enquanto puder manifestar indignação ao que julgo ser um crime o que estão perpetrando com o nosso basquete, não desistirei de apontar tais crimes,e tanta incúria.
Fundamentos? Ora fundamentos,se basta selecionar os cracaços,uniformisá-los com aqueles grotescos e ridiculos calções e mandá-los praticarem suas sublimes habilidades? Meus deuses,perdoai-os pois não sabem o que fazem. Amém. Um abraço,
Paulo Murilo.

 
At 12:28 AM, Anonymous Anônimo said...

A colocação no artigo do Prof.Paulo, foi de extema felicidade, quando diz que supervisor em outras palavras tem que ficar na dele, mas quem conhece o Chupeta, sabe que nem no Flamengo ele se impõe frente ao Marcelinho, para se manter no cargo, ainda mais que sabemos que liderança e personalidade, não é o forte do Chupeta quando esta em jogo o cargo dele de tecnico, logo vai começar a fazer fofoca para queimar o Barbosa, dizendo que ele se entrometia nas orientações da equipe que ele não pudia fazer nada por isto ficaram em quarto, isto se não falar dos jogadores, não é possivel que o basquete brasileiro saiba dessas coisas sobres as pessoas e a CBB não saiba ou não queira saber pq é o mais conveniente.Com a mudança de administração no Vasco o Grego deve estar preocupado.
Gustavo Silva

 
At 11:29 AM, Blogger Basquete Brasil said...

Prezado Gustavo, creio que no artigo publicado hoje transmito nosso receio do que parece ser a continuação de uma novela inesgotável
e cansativa. Um abraço,Paulo Murilo.

 

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