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Prof.Paulo Murilo 

07 julho 2008

E A BOLA SUBIU...

E a seleção do Moncho estreou em terras européias. Para um primeiro embate saiu-se relativamente bem, pois lutou de igual para igual em grande parte da partida, mas, como já era esperado, apresentou as mesmas três deficiências que a tornam extremamente vulnerável contra equipes organizadas e cadenciadas, e com fortíssimo jogo fora do perímetro, basicamente nos arremessos de três pontos. Quais as três deficiências, que já se tornaram crônicas em nosso basquetebol?

- Como não temos entre nós uma formação de alas que desenvolvam habilidades nos fundamentos próximas a dos armadores, que é lugar comum nas equipes européias, e principalmente americanas, ficamos presos a um só armador, sobrecarregado pela responsabilidade de manter o controle da bola em poder da equipe, com um mínimo de apoio quando pressionado, ao contrario dos europeus , americanos e argentinos, que atuam permanentemente em duplas de apoio continuo, sempre estaremos em desvantagem, que seria bastante atenuada se mantivéssemos em quadra dois armadores, para duplicar as opções ofensivas, e agilizar a marcação dos especialistas de três pontos adversários. Como somente levamos dois armadores, um dos quais sem a devida experiência e vivência internacional, veremos nossos adversários de peso incidirem forte carga defensiva exatamente sobre esse armador, no que já foi ensaiado no jogo de hoje, nas pequenas e sutis armadilhas em dobras e exporádicas pressões toda a quadra. Que não nos enganemos, pois esta será uma arma a ser utilizada contra nós logo que a bola subir nos jogos para valer. E quando isso ocorrer, lamentaremos a não convocação de mais um armador experiente, que poderia muito bem ter embarcado no lugar de algum daqueles jogadores que pouco ,ou nada serão utilizados na hora da verdade, já que frutos de um bem executado lobbie promocional.

- Como já era previsto, mesmo que as estrelas iniciais não tivessem saído da equipe, o sistema de ataque do técnico espanhol é rigorosamente o mesmo que utilizamos desde sempre ( da base ao adulto...), com um pequeno adendo, a exigência “do passe a mais”, cuja maior e inteligente função é a tentativa ( bem sucedida hoje...) de cadenciar, frear a nossa costumeira volúpia ao atacar. Mas de tanto usar o breque, morremos várias vezes com a bola nas mãos, e outras tantas utilizamos não um, mas vários e inócuos passes a mais, numa ciranda bem apreciada pela sonolenta defesa grega. Porém, convenhamos, progredimos bastante na defesa interior do garrafão, e na captação dos rebotes, onde o Spliter no primeiro quarto, e o Probst no último, deram mais do que conta do recado, prevendo-se a possibilidade de que se atuassem juntos o domínio seria ampliado e determinante. JP Batista e Murilo não possuem tal vigor, sendo o primeiro extremamente lento nas ações e no raciocínio tático. Mas, sempre um mas, na defesa fora do perímetro foi um desastre só, pois 33 pontos da equipe grega foram alcançados em arremessos de três, fora as penetrações altamente facilitadas pela notória fragilidade defensiva de nossos alas, com exceção do Alex. Num capitulo à parte, o que representa para a equipe em termos técnico-táticos a presença do Baby, que parece estar em qualquer lugar, menos em uma quadra de basquete?

- Finalmente, nosso venerável e insistente tendão de Aquiles, a fraqueza e até desconhecimento de algumas decisivas particularidades dos fundamentos do jogo, principalmente o drible, a finta, a marcação pessoal, e ai sim, o total e inenarrável desconhecimento do que venha a ser um corta-luz, cuja construção ( que pode ser até lenta e pausada...), elaboração e conclusão, foi magistralmente executada pela equipe grega, em todas as vezes que foram tentados durante o jogo. Espero que nossos jogadores (pelo menos aqueles mais estudiosos e atentos...) possam ter captado as ações, das quais foram protagonistas passivos, a fim de entenderem de uma vez por todas as nuances e sutilezas de um bem elaborado corta-luz. Também temos de reconhecer a fraqueza de alguns de nossos jogadores, ainda não preparados para assumir uma seleção nacional, ainda mais em um torneio de tão alto nível e responsabilidade que vai muito além de suas capacitações. Tavernari, Duda, Marcus, Fulvio estariam muito bem na seleção do Sul-Americano, onde teriam tido a oportunidade de desenvolver seus ainda insipientes talentos, jamais em uma seleção que necessita dramaticamente de jogadores experientes e calejados na dureza de uma competição decisiva. Drudi, os Hélios, Marcio, e quem sabe, o próprio e renovado Rogerio, sem duvida nenhuma teriam lugar nessa seleção, não fosse o acumulo descomunal de erros e equívocos perpetrados por uma administração confederativa totalmente alheia às necessidades e carências do basquetebol brasileiro., num atestado de incompetência total.

Mas se é o que temos, revejo e reavalio o pedido que sempre faço, oremos aos deuses, contritos e esperançosos em uma frágil e tênue esperança de classificação, como um alento, um sopro de possibilidade.

Amém.

6 Comments:

At 8:10 AM, Anonymous Anônimo said...

Professor Paulo Murilo,

Concordo com voce em relacao aos pontos vulneraveis desta selecao e a falta de fundamentos especialmente defensivos no que diz respeito ao grau de flutuacao na marcacao de bons arremessadores de 3 pontos e na marcacao do homen que penetra a cesta com a posse de bola. Reconheco tambem a vulnerabilidade na armacao desta equipe e acredito que este sera um ponto fundamental no sucesso ou fracasso de nossa selecao no pre-olimpico. A pressao exercida em cima do Huertas no jogo contra a Grecia nos criou serios problemas. Pelo que observei ontem acredito que o melhor companheiro do Splitter sera o Ricardo. Em relacao ao sistema adotado pelo "Salvador', este e o mesmo utilizado internacionalmente, devido a falta de tempo, ainda nao possuimos movimentacoes eficientes de situacoes especiais especialmente para o fundo bola, lateral, volta pra defesa e saida de pressao. Durante o jogo de hoje, poderemos observar os ajustes defensivos na marcacao de bons arremessadores pois a Australia e conhecida por ter um estilo de jogo que favorece o contra-ataque e o arremesso de fora do garrafao. No mais so podemos torcer e seja o que Deus quizer pois ainda temos muito que melhorar ate o inicio do torneio no dia 15.

 
At 11:33 AM, Anonymous Anônimo said...

Caro Professor Paulo, caro Walter.

Bom ler os comentários dos senhores.

Eu não vi o jogo. Li as opiniões de muita gente sobre.

A maioria gostou. Acho que gostaram também pois, após vermos a Seleção do Sulamericano, qualquer jogo será melhor ! rs rs.

Mas acredito que o Moncho terá seus problemas em todas as rotações que fizer. No banco a qualidade cai muito e não temos as peças certas.

E nossa defesa de perimetro não existirá ... Alex é o único que mantém a base defensiva o tempo inteiro, tem a atenção que precisa da defesa, a mobilidade lateral.
Porém, como tem que carregar o armador e o outro lateral, normalmente faz faltas rápidas e sai da quadra.

E se nossa defesa de garrafão for bem, já é um passo para frente.

Não espero do Moncho nada além de organização do ataque, sobre o jogo mais cadenciado mesmo e melhor dedicação nos rebotes.

O resto que ele dizer é mágica. Não teve tempo, a CBB não planejou, oque não é nenhuma novidade.

Porém este resultado anima um pouco. Anima no sentido que poderemos, quem sabe, fazer um jogo nas quartas de final pau a pau, um jogo de verdade.

Contra o Líbano espero não termos problemas. Mas já acredito em tudo que vem do basquetebol brasileiro.

Depois dos ultimos torneios, nesta decada e em especial o Pré-Olimpico de Las Vegas e o Sulamericano do Chile, tudo que acontecer, estou preparado. Pior do que foram os dois torneios, aí sim, acho impossivel.

Abraço !

 
At 12:47 AM, Anonymous Anônimo said...

PARA EL ENTRENADOR DE EQUIPOS DE FORMACION.

" La defensa es tan importante como el ataque en el basquetbol. Sin embargo muchos jugadores se preocupan mas por el numero de puntos que ellos anotan, que olvidan esta vital fase del basquetbol" John Wooden.

Sabemos que el balance y equilibrio son vitales en la defensa : Evitar el perder mi posicion frente al driblador,Marcar la linea de pase, "sprint" para dar ayuda y recobrar la marca sobre mi jugador, movilidad sobre la marcacion sobre el Poste rival,"exposividad" para la toma de contacto con mi espalda sobre el pecho del rival para ganar el tablero defensivo etc.

Ofensivamente existen unicamente dos posiciones:
1- Jugar el mayor tiempo de la estancia en el partido en el perimetro: con todas las caracteristicas de un "Guard", independientemente si usted juega de ala.

2- Jugar el mayor tiempo de la permanencia en el partido,adentro , en el interior o en los alrededores del area pintada ( posicion que todos los jugadores independiente de su posicion deben --dominar-- ).

Si tiene jugadores internos dominantes, enseñelos a jugar como "alas" ( driblar para "colarse al aro", tirar de media distancia,ser muy buenos pasadores ).

Como contraportada a sus jugadores en la defensa debe enseñarles a marcar cada una de esas posiciones, con versatilidad,sin importar la estatura de sus jugadores.

Que tal si el equipo rival envia a un "Guard" como Poste, esperando sacar ventaja sobre las limitaciones defensivas en esa area de su --Guard -- ?

Que tal si el equipo rival saca a jugar como "ala" al Poste, para sacar ventaja de las limitaciones defensivas de su -- Poste -- ?

Esto es una reiteracion de la --importancia de enseñar absolutamente los fundamentos de juego a sus jugadores -- sin importar la posicion dominante que jugara en el partido.

Defensa.
1- Marque al conductor de la pelota al entrar a su media cancha,y trate de conducirlo hacia la linea lateral.

Esto defensivamente definira el lado de la pelota y el lado de ayuda, lo que facilitara la estructuracion de la defensa.

2- Mantenga la pelota en esa area,obligelo a ejecutar pases lentos ( de rebote, pases largos etc. ).

3- Los defensores en el --pase logico-- ( a una distancia de un pase del poseedor de la pelota, marcan las lineas de pases.

4- Los demas defensores marcan en --ayuda--, evitando los "cortes' hacia la pelota.

5-Para estos conceptos la figura del --Triangulo Plano-- es fundamental ( aunque mas escaleno que equilatero ). Digamos en la linea base, en un extremo esta la pelota, en el otro esta el atacante , y en el medio (vertice del triangulo ? ) esta nuestro defensor.

A que distancia debe estar nuestro defensor de la linea de la pelota al atacante a quien marco ?

R// Dependera de la Filosofia del entrenador , de la manera en que lo han entrenado.

Si juega marcando la linea de pase, aumenta las posiblidades que el atacante se escape utilizando la maniobra llamada "puerta trasera".

Frente a esta situacion que se espera que halla sido practicada en el entreno ,el defensa en posicion de ayuda, al ver que su compañero defensor --sube-- a marcar la linea de pase; en un movimiento calculado dejara la marca sobre su atacante y --subira-- a la posible interceptacion del pase al atacante que busco la "puerta trasera".

El resto del equipo estara listo pra realizar las rotaciones de cobertura defensiva.

Pero tambien es posible que usted como entrenador decidio no marcar la "linea de pase",y prefiere jugar en --defensa de ayuda y recobre-- unicamente.

Es lo precioso de ser entrenador.Tomar desiciones tecnico-tacticas-estrategicas despues de trabajar con seriedad e intensidad los fundamentos del basquetbol.

Si su equipo juega, practica un basquetbol basado en la solidez de los fundamentos del deporte, su equipo , al margen del resultado del partidos sera un muy buen equipo, y los resultados favorables llegaran, mas temprano que tarde.

---las tacticas y estrategias del deporte no son otra cosa, sino la secuencia de los fundamentos del basquetbol muy bien ejecutados-- con la ayuda de las limitaciones tecnico-tacticas ,o errores mentales del rival.

Recuerde las limitaciones o errores, son parte del aprendizaje. Lo importante es identificarlos con la cabeza fria, y trabajarlos, fortalecerlos en los entreno. Sin insultos, sin malas caras, aunque por dentro la tristeza y quizas la frustracion sea , en ese momento , nuestra compañera.

Es en la adversidad donde debe aflorar lo mejor de nosotros.

Regresemos a nuestro cuaderno donde llevamos nuestros planes de entreno, revisamos que tanto tiempo le dimos a esa destreza, y a entrenar irradiando positivismo.

Gil

 
At 1:18 AM, Blogger Basquete Brasil said...

Walter,creio que no jogo de hoje contra a Croácia,muitos destes pontos mencionados por você ficaram em evidência.O que teremos de aguardar,e até torcer,é que o Moncho tenha cacife para administrar e romper com alguns péssimos hábitos de jogadores básicos da equipe.Tarefa dificílima, apesar da facilitação de um sistema de jogo mais do que conhecido por todos, o que o faz centrar seus esforços nos comportamentos individuais e naquele"passe a mais".Um abraço,
Paulo.
PS-Se você está no Rio me telefone.Seria um prazer revê-lo pessoalmente.PM.

 
At 1:21 AM, Blogger Basquete Brasil said...

Prezado Henrique,vamos aguardar mais um pouco o desenrolar destes amistosos, e torcer muito para que a mensagem do Moncho seja aceita pela maioria dos jogadores, mesmo que em pequena escala, o que já seria bastante bom.Dentro das circunstâncias que cercaram a constituição dessa equipe, até que não estão indo bem.Vamos ver no que dá.Um abraço,Paulo Murilo.

 
At 1:25 AM, Blogger Basquete Brasil said...

Gil,obrigado mais uma vez pelas belas aulas que vem publicando.Somente desejo que as mesmas sejam apreciadas e desenvolvidas pelos jovens(e por que não os antigos também? )técnicos em suas equipes de formação.Um abração,
Paulo.

 

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