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Prof.Paulo Murilo 

24 dezembro 2008

ARTIGO 500-FALEMOS UM POUCO DE TÁTICAS E SISTEMAS II

Muitos tem me perguntado, e até cobrado, de que forma pratica e objetiva pode uma equipe atuar com 2 armadores e 3 pivôs móveis, tanto contra defesa individual, como defesa por zona.

Desde muitos anos sempre treinei e preparei minhas equipes para atuarem desta forma, e na maioria dos casos me situava na contra-mão da maioria absoluta dos demais técnicos, utentes enraizados do sistema NBA, globalizado nos últimos 20 anos de influência e coerção maciça.

Em 1995, organizei com o Prof.Paulo Cezar Motta o Barra da Tijuca BC, que mesmo tendo suas atividades restritas a quadras descobertas e acanhados ginásios de escolas e clubes de condomínios da comunidade, exerceu, até o encerramento de suas atividades em 1998, grande influência técnico- tática no basquete do Rio de Janeiro,mas que não encontrou respaldo e continuidade nos demais técnicos do estado.

Iniciei então, através o blog, uma campanha solidamente embasada em técnicas do jogo, pela adoção da dupla armação nas equipes brasileiras, que sempre foi uma das nossas mais poderosas armas ofensivas e defensivas também, pois jamais poderia cativar quem quer que fosse para a dupla armação, sem que a mesma pudesse ser exercida pela maioria das equipes.

E aos poucos as mudanças foram acontecendo, não só pelos artigos aqui publicados à respeito, como principalmente pelos exemplos vindos das equipes européias e argentinas, que sempre se utilizaram da dupla armação na base de seu jogo, assim como o desaparecimento progressivo dos pivôs de força, substituídos pelos de velocidade e flexibilidade, agilizando seus sistemas e estratégias.

Neste meio termo de aceitação e compreensão pela dupla armação, uma adaptação foi largamente utilizada pelos técnicos brasileiros, totalmente voltados ao sistema único de jogo, ou seja, a substituição de um dos alas por um outro armador, dando mais equilíbrio às equipes pela melhoria dos fundamentos básicos do drible, fintas, passes e arremessos, além do incremento substancial do sistema defensivo.

Passados estes últimos 3 anos, nos quais a adoção da dupla armação já se faz presente em grande parte de nossas equipes, podemos então promover um debate sobre sistemas de jogo voltados a esta evolução, sistemas estudados especificamente para esta nova realidade, não só da dupla armação, mas principalmente pela tripla função dos pivôs móveis.

É essa a idéia que passo a demonstrar neste e nos próximos 4 artigos técnicos, quando tentarei descrever e demonstrar o sistema de jogo que desenvolvi para a equipe do Barra da Tijuca, corolário de uma série de sistemas desenvolvidos nos últimos 40 anos de técnica desportiva. E com um instigante detalhe, o de ser indistintamente utilizado contra defesas individuais, e zonais, e cuja única adaptação é a de ritmo de execução, nada mais.

Espero que aproveitem bem, discutam, sugiram, critiquem, ou simplesmente se mantenham agrilhoados no sistema único, ou o famigerado “basquete internacional”, que nos empobreceu e mediocrizou nos últimos 20 anos.

2 Comments:

At 9:39 AM, Blogger abreudotrevo said...

quero participar da aula

 
At 11:49 AM, Blogger Basquete Brasil said...

Então seja bemvindo ao próximo artigo sobre este tema, com videos inclusive. Um abraço,Paulo Murilo.

 

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