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Prof.Paulo Murilo 

05 dezembro 2008

CARL & CIA...

Numa entrevista dada ao jornalista Carlos Fernando do Sportmania, o candidato à presidência da CBB Carlos Nunes expôs seus projetos e diretivas para o caso de sair vencedor no pleito de maio do ano que vem. Foi uma extensa entrevista, da qual pudemos pinçar algumas perolas de política esportiva.

“Não seria ético estarmos em processo de candidatura, permanecendo na CBB, motivo pelo qual solicitamos o afastamento”. E onde ficou a ética trabalhando junto às federações nos últimos 4 anos como assessor do grego melhor que um presente, exatamente costurando a própria candidatura agora tornada pública?

“(...) Creio que este é o momento oportuno de dar nossa contribuição ao basquete nacional, pois esta decisão esta respaldada em pedidos de colegas Presidentes que desejam mudança. Quanto ao assunto “traição” é uma avaliação muito subjetiva (...)". Momentos oportunos são fatores de espera, de montagem política, vagarosa e detalhadamente estruturada. No caso foi um percurso de 4 anos, e sob a chancela de uma assessoria conveniente. Ademais, traições só tem avaliações subjetivas para quem trai, pois nada mais é tristemente objetivo para aquele que é traído.

A uma pergunta sobre uma renomada empresa o estar assessorando no pleito, respondeu – “Confirmo. Só não divulgamos, agora, tendo em vista que faltam alguns pequenos detalhes para fecharmos o contrato. Também falta a manifestação oficial de um colega Presidente, integrante do nosso grupo”. Como vemos, contratos são costurados com candidatos, e não com a CBB, e que presidentes federativos constituem grupo de interesse comum em torno de uma empresa comercial. Qual a contrapartida a ser descontada mais adiante?

“ Nossa experiência vem de anos trabalhando dentro do basquete e em contatos com os Presidentes de Federações. Esses colegas tiveram um papel importantíssimo no nosso aprendizado de negociar.(...) Hoje as metas a serem executadas, necessitam de negociações e consenso (...)”. E o trabalho visando o basquetebol, ao qual empenhou suas qualidades de assessor especial? Por onde ficou?

“ (...) Adotaremos um planejamento estratégico, empreendedor e inovador, o qual permita efetuarmos avaliações constantes, através de indicadores de resultados sobre metas definidas”. E porque tal planejamento não foi sequer esboçado nos últimos anos em que exerceu cargo estratégico na CBB? Estaria guardado para depois de maio de 2009, após o aprendizado na arte de negociar?

“ Como sempre históricos definem futuros (...). Hoje, os Presidentes das Federações, estão muito empenhados em eleger aquele que apresentar as melhores propostas para o nosso basquete, independente do estado que ele esteja, ou seja, deixa de existir o voto para a pessoa e passa a existir o voto da melhor proposta, independente da pessoa (...) “. Propostas para quem? Para o basquete, ou para os Presidentes? Se para o basquete, o que esperam todos aqueles que realmente desejam ajudar o grande jogo a se soerguer, constituindo uma chapa de autênticos basqueteiros? Desculpem, viajei...

E as respostas ao inteligente questionário proposto pelo Carlos Fernando vão preenchendo uma realidade atroz e decididamente trágica para o nosso infeliz basquetebol, culminando nas conclusões da entrevista – “No momento democrático que vivenciamos, não cabe mais votar somente em pessoas. Avaliem as propostas apresentadas pelos candidatos. Votem naquela que possa unir todas as federações, motivando-as em torno de um objetivo comum: um basquete brasileiro melhor, desenvolvido, profissional e rentável para todos”. Para quem se manifesta líder de um grupo, compromissado com interesses pessoais, que contrastam com seu discurso democrático, nada mais a analisar, a não ser a frase final e reveladora:(...) “um basquete brasileiro melhor, desenvolvido, profissional e rentável para todos”. Ou para alguns?

Amém.

Maiores detalhes sobre o candidato, acesse: http://maisbasquete.blogspot.com/

8 Comments:

At 10:58 PM, Anonymous Anônimo said...

A 2ª alternativa seria o 6 por meia-dúzia mas esta que agora surge no front é o 6 por zero !


Rodrigo Bacher

 
At 12:08 AM, Blogger Basquete Brasil said...

É a maior tragicomédia do esporte brasileiro.Sem dúvida a escavação do poço ainda nem começou. Lamentável e constrangedor. É o preço pago pela omissão daqueles que poderiam realmente ajudar o grande jogo a se soerguer.Sinto muito Rodrigo,creio não haver saida. Paulo Murilo.

 
At 1:59 AM, Anonymous Anônimo said...

Pois é professor , é duro ter que admitir ;

Mas pelo andar da carruagem , o basquete brasilis caminha passos largos rumo a extinção !


Rodrigo Bacher

 
At 2:35 AM, Anonymous Anônimo said...

Prof.Paulo,

Murilo suas colocações foram brilhantes, assim como as perguntas do Sportmania, temos que concordar que nenhuma das perguntas ficou sem resposta, apesar de evasivas e sem conclusividade o tal de Carlinhos conseguiu escorregar em todas a perguntas que lhe foram feita.
Meus amigos os candidatos que estão ai sinceramente vão ser a pá de cal para o basquete .
Beny Gill

 
At 3:29 PM, Blogger Basquete Brasil said...

Prezado Rodrigo,extinção não digo,mas uma recessão além do permissível,sem dúvida.Se não houver algo de absolutamente novo no panorama eleitoral da CBB,como uma nova e competente chapa,que mesmo perdedora alertaria a opinião pública sobre os descaminhos da modalidade e seus culpados mentores.É o minimo que se possa desejar,e porque não,agir,em beneficio do nosso combalido e humilhado basquetebol.Um abraço,Paulo Murilo.

 
At 3:33 PM, Blogger Basquete Brasil said...

Prezado Beny,obrigado pela paciente e benevolente audiência.Infelizmente caminhamos em direção da pá de cal que tanto tememos,vingando qualquer um dos proponentes ao cargo depresidente da CBB.São todos originários da mesma forma.Lamentável. Paulo Murilo.

 
At 12:26 AM, Anonymous Anônimo said...

Quanto a nova chapa não teria a menor chance incompetentes somente votam em incompetentes, presidentes de federação somente votam na classe deles, o coorporativismo é grande, veja o Helio Barbosa tinha uma excelente proposta para mudar a CBB e quem venceu o incompetente do Grego com votos dos traidores Tony e Carlinhose seus grupos, no meio da incompetência do basquete brasileiro quem é competente não tem chances é alijado.
Outro dia conversando com o pessoal aqui do Rio escutei que o Sr.Alcir do Newsflash ia se candidatar vc sabe de alguma coisa?
Ayrton Soles

 
At 12:05 PM, Blogger Basquete Brasil said...

Concordo que não haveria a menor chance de vitória prezado Ayrton,mas mesmo assim seria de extrema importância a existência de uma chapa composta de verdadeiros e competentes basqueteiros,colocando em evidência para o público em geral o quanto de absurda esperteza teima em subexistir,mantidas as atuais regras de um jogo político-eleitoreiro,responsável pela manutenção desta abominável máfia que se encastelou ad perpetuam na CBB.O Helio Barbosa perdeu na última eleição,mas carregou consigo 9 dos 27 votos possiveis.Por que não um pouco mais numa chapa verdadeiramente ligada ao basquete no que ele pode apresentar de mais puro e honesto?Por que não? O receio de uma derrota jamais deverá se antepor ao legitimo dever em não permitir omissões de qualquer ordem, fator que aplainará um pouco mais os caminhos para uma reversão futura.Um abraço,
Paulo Murilo.

 

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