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Prof.Paulo Murilo 

25 novembro 2008

SORTE,MUITA SORTE...

Foi no sábado passado. Desde aquela data venho lendo entristecido os diversos relatos sobre um jogo que tudo teria para ser festivo, já que encerrava um dos mais tradicionais torneios do país, os Jogos Abertos do Interior de SP.

E revendo o taipe das tristes atitudes tomadas por todos naquele medonho espetáculo, saltam à minha experiente e longeva capacidade de observação duas bem aventuradas obras do destino, onde a sorte de um agressor e a de um agredido se entrelaçaram de forma milagrosa, sem em momento algum inocentar o ato violento perpetrado por um jogador tido como exemplar. A grande sorte do Nezinho foi a de ser tocado lateralmente de forma brutal quando se encontrava em absoluto equilíbrio instável, somente apoiado na perna esquerda( a penetração estava sendo realizada pelo lado direito da quadra) e em grande velocidade,fatores que amorteceram em muito o impacto, já que o mesmo o fez rodopiar e ser lançado ao solo num giro reverso. Caso estivesse apoiado na perna direita, lado do impacto, a resistência ao choque teria sido imensamente maior, pois todo o peso corporal estaria no mesmo sentido do golpe , que pelo posicionamento do antebraço do Marcio na direção de seu pescoço poderia ocasionar uma seria contusão cervical. E esta foi a sorte do Marcio, o posicionamento instável do Nezinho e seu apoio na perna contraria, o que tornou seu impensado(?) ato responsável pela pancada ao solo da nuca do Nezinho, sem maiores danos à sua coluna cervical. Sorte, muita sorte de ambos, e o que melhor poderia fazer o Marcio era ir pessoalmente pedir desculpas ao Nezinho, agradecendo aos deuses a sorte que ambos tiveram, um por não se machucar gravemente, outro por não ser responsável por uma possível tragédia.

Mas não foram só estes erros cometidos naquela final. Desde o começo o comentarista da ESPN alertava sobre a fragilidade técnica da arbitragem, ocasionada pelos altos gastos despendidos nos Jogos, que fizeram a administração dos mesmos economizar com árbitros de menor expressão.

Muito bem, os dois técnicos já sabedores dessa deficiência técnica poderiam ter economizado em suas interferências junto aos juízes, afinal são muito experientes e inteligentes, mas não foi o que se viu ante o caudal de reclamações e impropérios dirigidos a arbitragem, levando seus jogadores, dado os exemplos de seus lideres, a reclamarem e se comportarem muito além do permitido pelas regras do jogo. E nesse momento entra um outro fator, a enorme rivalidade das cidades empenhadas nos Jogos, onde interesses políticos e comerciais contam muito.

Com o clima carregado de provocações, impropérios, ameaças, faltas nem sempre coibidas, e placar indefinido até os minutos finais do jogo, a tensão comportamental se rompeu naquele infeliz lance, ocasionando o estado de caos dali para diante, com invasões, agressões e indevida interferência da direção da emissora televisiva, numa decisão incompatível a seus direitos e deveres, através o pedido de suspensão da partida, atitude que deveria ter sido tomada única e exclusivamente pelo árbitro e pelo delegado da FPB ali presentes.

E o mais emblemático é que o jogo vinha apresentando um bom índice técnico, com ambas as equipes atuando em velocidade, com razoáveis defesas e se utilizando permanentemente de dois armadores e pivôs ágeis e atléticos Mas sorte mesmo tiveram aqueles dois jogadores, que deveriam orar e agradecer contritamente aos deuses que ainda teimam em proteger o nosso combalido basquetebol.

Amém.

4 Comments:

At 11:38 PM, Anonymous Anônimo said...

Prof.Paulo,

Até que enfim o basquete brasileiro mostrou sua revolta com o Grego ele foi muito vaiado no campeonato veterano de João Pessoa, o presidente da federação da Paraíba somente pode ser um idiota levar o grego ele hoje é unamidade todos querem ele fora do basquete .

Simão Ralik

 
At 11:59 PM, Blogger Basquete Brasil said...

Mas seu suscedâneo já está na praça oferecendo seus préstimos longamente aperfeiçoados junto ao agora vaiado grego melhor que um presente.Será uma emenda pior que o soneto.Haja vaias ainda por vir.Um abraço prezado Simão. Paulo Murilo.

 
At 7:54 PM, Anonymous Anônimo said...

Prof.Paulo,

Li a resposta do Grego ao Sr.Alcir Magalhães, foi ridicula, ele minimizou o fato tentando passar para o basquete que foi um pequeno grupo sem expressão que vaiou ele e que a grande maioria ovacionou ele, eu estava em joão pessoa foi uma vaia total, o que me admira é que nenhum site colocou nada sobre o acontecimento e nem divulgo a cobraça do Alcir e a resposta do Grego, ele domina geral mesmo as pessoas.

Vilma Silva

 
At 11:29 PM, Blogger Basquete Brasil said...

O que adianta, prezada Vilma,um Maracanã lotado em seus 100 mil lugares vaiarem o grego melhor que um presente,se somente um colégio composto por 27 presidentes de federações detêm o poder de voto? No dia em que esses 27 votos representarem de fato o pessoal que vaia,aí sim,veremos o basquete caminhar para um futuro melhor.Enquanto isso, a turma vaia e o helênico presidente desfila seu poder.Trocando as vaias por ações realmente decisivas nas federações,as tornarão simplesmente o que são,vaias,nada mais. Um abraço,Paulo Murilo.

 

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