Basquete Brasil
Discute a atualidade da modalidade no Brasil, e suas implicações a um possível soerguimento técnico.
13 dezembro 2008
FALEMOS UM POUCO DE TÁTICAS E SISTEMAS I...
Durante esta semana pude assistir a alguns jogos do Campeonato Nacional Feminino , da Liga das Américas
Me parece que a adoção de dois armadores tem se solidificado, o que é muito bom para o futuro de nosso basquete, mas com um óbice significativo, a manutenção do sistema único de jogo, onde um destes armadores praticamente substitui um dos alas, melhorando a qualidade técnica dos dribles, das fintas e dos passes, quando o ideal seria o incremento destas habilidades nos próprios alas, destinando aos dois armadores as funções, agora duplicadas, de coordenação e domínio das ações táticas ofensivas e defensivas. No atual cenário em que se desenrolam estas competições, somente duas equipes masculinas fogem, agora substancialmente, do padrão único, apresentando inclusive pivôs móveis com boa velocidade e flexibilidade, permitindo suas utilizações táticas pelos bons armadores que possuem, que são as equipes do Minas Tênis e de Franca. Mas aos poucos constatamos uma lenta, porém significativa adoção de novos conceitos fundamentados na dupla armação e a utilização de pivôs diferenciados dos massudos de outrora pelas demais equipes, numa evolução bastante positiva para o nosso basquete.
Mas o problema dos fundamentos ainda é crucial, principalmente nas equipes de base e no feminino
Por outro lado, já podemos observar em algumas equipes o abandono lento, mas firme, das famigeradas pranchetas, e o diálogo olho no olho ampliado entre técnicos e jogadores, fator elogiável e promissor, pois os rabiscos indutivos e coercitivos à jogadas coreografadas, vem sendo substituídas por instruções pontuais, personalizadas e coerentemente voltadas às reais situações de jogo, e não àquelas utopicamente grafadas numa prosaica prancheta.
O próximo e definitivo passo terá como foco principal o estudo, a pesquisa, o treinamento e a adoção de novos sistemas que possam se apoiar com firmeza e audácia na dupla armação e na utilização cada vez maior de dois, a até três alas-pivôs, ou pivôs móveis, com habilidades similares em alguns aspectos aos armadores, para que possam se tornar capazes de interagirem com os mesmos dentro de padrões onde a presteza de ações corporais e a velocidade de raciocínio, dotem suas equipes das qualidades que fomos perdendo nos últimos 20 anos, e que nos levou ao patamar globalizado atual, incompatível com nossas mais destacadas e esquecidas, por não ensinadas e treinadas, habilidades criativas.
Lembremos-nos sempre, que sistemas de jogo devem ser treinados e praticados ao máximo e exaustivamente, para não darem certo, coreograficamente certos, e sim, que sejam capazes de desencadear nos adversários reações e atitudes várias, que quanto mais previsíveis forem, mais atuantes e efetivos se tornam tais sistemas. Essa constatação nos leva de encontro às exposições fantasiosas e falsas de conteúdo prático demonstradas e rabiscadas em uma prancheta, na qual os erros inexistem, já que apresentados sob a ótica de uma óbvia e enganosa realidade.
Nos próximos artigos apresentarei alguns aspectos na formulação, preparo e aplicabilidade de sistemas de jogo, fundamentados na dupla armação e na utilização de três pivôs móveis. Até lá então.
Amém.
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