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Prof.Paulo Murilo 

25 agosto 2008

ECOS DE PEQUIM...

Gostaria de convidar a imprensa jovem, em jornais, na internet, e na TV, a prestar com bastante atenção certas características editoriais destes mesmos meios , porém na imprensa estrangeira. Difícil e quase impossivelmente verão realçadas conquistas esportivas que não sejam a de seus atletas, ganhando ou perdendo, ao contrário da nossa, que enaltece e glorifica, até bem mais do que nossos adversários, feitos e conquistas dos mesmos, numa posição colonizada e subserviente, disfarçada de “conceito globalizado”.

O NYT, com sua poderosa redação esportiva, publica uma matéria sobre a vitoria do nosso voleibol feminino estampando uma única foto de suas derrotadas jogadoras, e um texto que pouco ou nada fala de nossas jogadoras.E se percorrermos as matérias das demais modalidades, o mesmo tratamento é dispensado aos adversários, vitoriosos ou derrotados, ou seja, o mínimo de publicidade possível. E o mais incrível, subvertem a contagem das medalhas olímpicas, que, por iniciativa deles próprios, eram quantificadas e pontuadas por seus valores em ouro, prata e bronze, para uma simples somatória das mesmas, critério que os mantém na liderança olímpica. E todos os jornais americanos seguem estas regras, quando o reconhecimento de vitorias só recebem espaço em suas páginas se forem deles próprios. Mas, não podemos ser injustos quanto à publicidade que nos destinam, quando retratam nossas mazelas, nossos crimes e nossa inferioridade cultural.

Aqui, abaixo do equador, odes e admiração explícita aos deuses americanos são publicadas aos magotes por nossos jovens jornalistas, numa adoração que chega às raias do mais profundo ridículo e comprometedora dependência colonial, tornando-os cegos e imunes a certas verdades omitidas aos seus parcos conhecimentos sobre intenções e ações bem planejadas para mantê-los exatamente como estão. Por isso, devem ter em mente que a imprensa sempre deteve o poder de influenciar nos comportamentos e na opinião pública, construindo ou desconstruindo ações de interesse da sociedade, numa trajetória que tanto pode projetar a glória, como a derrota de um povo, inclusive no campo desportivo.

Quando no artigo anterior publiquei a reformulação da equipe americana, que nos últimos três anos se submeteu a uma engenharia reversa, levando-a de encontro ao basquetebol que não praticavam, e que para tanto, se curvou à uma liderança universitária, num trabalho preciso e minucioso, onde foram quebrados e enterrados certos dogmas do basquete profissional, este mesmo adorado e incensado pela claque tupiniquim, como os pivôs colossais, com suas perigosas e secretas dietas de engorda, seus quatro armadores de alta qualidade em vez dos dois tradicionas nas formações das equipes da NBA, e seus alas-pivôs extremamente rápidos, ágeis e pontuadores, assim como reboteadores poderosos.

Houve um momento em que o nosso Pacheco, juiz internacional, os orientou nas regras da FIBA, principalmente nos embates físicos. E nessa Olimpíada, já não vimos o desfilar de desqualificados com as cinco faltas pessoais dos campeonatos anteriores, mas mesmo assim, ainda mantiveram a agressividade incutida no dia a dia de suas participações profissionais, principalmente no jogo final contra os espanhóis, que não se sabe bem por que critérios (O David Stern estava no local..), foram estes violentos contatos físicos liberados à margem das limitações impostas pelas regras da FIBA, beneficiando nitidamente o estilo defensivo dos americanos.

Ofensivamente, para enfrentarem as defesas zonais das equipes européias, exceto a espanhola que empregou sistematicamente a defesa linha da bola com marcação frontal dos pivôs, e que para a maioria de nossos analistas se caracterizava como defesa por zona (Revejam os tapes e constatem que os espanhóis esperavam os americanos na formação 2-3, logo desfeita para individual com flutuação lateralizada), foram obrigandos aos arremessos longos, no que foram razoavelmente felizes aliás. As penetrações foram bastante atenuadas, e quando concretizadas a força física se fazia presente pelos altos dotes atléticos dos mesmos.

No jogo de meia quadra, a similitude tática era evidente, com a movimentação permanente de todos os jogadores, muito diferente das ações setorizadas a que estavam acostumados no basquete NBA, em mais um ponto a favor do coach K.

E foram necessários três anos de trabalho para forjarem tal equipe, e principalmente, e ai está o pulo do gato, a constituírem com jogadores que se adequassem ao novo estilo, ao modo europeu e argentino de jogar, às regras internacionais. Muitas opiniões, recados, escalações e pitacos foram dados por aqui sobre o quem é quem da equipe americana, nas escalações e na ausência de seus preferidos, quando na realidade coach K. corria em busca de uma equipe que se mimetizasse em basquete FIBA, técnica, tática e em comportamentos. Somente pecou num porém, perfeitamente explicado pelas peculiaridades de seu país, principalmente quando o assunto é basquetebol, a questão racial. Creio que agora, depois do fantástico embate final olímpico, caia por terra esse tipo de discriminação ao jogador branco, pois ambos, negros e brancos provaram com sobras que jogar bem o grande jogo independe de raça, depende de técnica e talento.

A grande final em Pequim, capital de um país de mais de 1 bilhão de habitantes, de economia em expansão e grandes possibilidades de negócios, é visto como um mercado altamente promissor para o basquete NBA, mas este, frente à realidade incontestável da FIBA, fatalmente terá de se adequar às suas regras, ou uma adaptação que atenda as duas entidades, e pelo que vimos e constatamos com o projeto olímpico americano ora terminado com sucesso, e com a “liberalização consentida” dos contatos físicos somente embaixo das tabelas( muitas faltas foram marcadas nas cargas contra os armadores) testemunhados por todo o mundo que assistiu a final, creio ter sido dada a partida para uma unificação das regras, com dois sinais práticos já anunciados e referendados pela FIBA, o aumento na distância da linha dos três pontos em 50cm., e a formato retangular do garrafão nas medidas do basquete universitário americano.

Tenho a mais absoluta certeza de que dois fatores concorreram para a vitoria da grande equipe americana na final olímpica. Primeiro, a sua longa reformulação aos padrões do basquete europeu e argentino, e segundo, ao ensaio liberatório dos embates físicos embaixo das cestas que nitidamente os beneficiaram. E então fica a pergunta- Se estes dois pontos inexistissem, essa equipe, como as que a antecederam nos últimos quatro anos teria vencido a competição? Talvez sim, mas não com a facilidade encontrada até a espetacular final.

Agora mesmo muitos dos analistas se regozijam pela promessa de na próxima Olimpíada serem 16 os concorrentes, abrindo novas perspectivas a seleções como a nossa, quando deveriam concentrar seus esforços na busca do soerguimento do basquete entre nós. Se o coach K. pode com seu trabalho mudar uma estrutura comportamental e técnica de jogadores profissionais, porque nós não podemos ir um pouco mais além na procura de uma reformulação, não só técnica, mas, prioritariamente administrativa do nosso basquetebol? Que tal uma busca minuciosa pelos meandros das federações estaduais, questinando-as, criticando-as, cobrando-as, para que no próximo ano, nas eleições da CBB tenhamos a básica oportunidade de vermos em sua liderança pessoas comprometidas com o basquetebol, e não com suas finanças pessoais? Que tal questionarmos como foram empregues os mais de 30 milhões de reais de dinheiro público canalizados para lá por um COB que movimentou nos últimos anos mais de 600 milhões?

Fiquei feliz em ter assistido a grande final de Pequim, mas também entristecido pela ausência proposital e criminosa do nosso basquete no cenário mundial, mesmo reconhecendo que antes de para lá voltarmos, um longo e necessário caminho terá de ser traçado e percorrido, para que nossos jovens, nas escolas e nos clubes, tenham a oportunidade de terem como espelho valores brasileiros, e não ícones que sequer sabem que existimos.

Amém.

13 Comments:

At 1:43 AM, Anonymous Anônimo said...

Professor Paulo, mais um belo texto, o que não é novidade alguma por aqui!

E questiono o senhor o seguinte:

Achei o jogo de meia quadra dos EUA não muito bem feito. Quase não utilizaram os pivos. Pouco se tentou fazer para isolar os pivos,que no mano a mano rendem mais ...

Não gostei muito, em parte de alguns jogos, do time um tanto quanto perdido em quadra, sem saber rodar a bola contra defesas por zona, como contra a Argentina.


No mais, acho que os EUA deram uma aula de defesa em boa parte da competição. Sabem defender, tem técnica, tem coletividade na defesa, todos ajudam, todos atentos, a maioria com postura de defesa impecavel. Enfim ...
Acho que na defesa, em boa parte do torneio, eles se destacaram demais.

E aí resultou em várias cestas mais faceis.

E questiono também, o senhor tem alguns destaques do torneio ?
Alguns jogadores que te encantaram no torneio, que poderia ser um exemplo para alguma criança que tenha começado a ver o jogo hoje ?

Um abraço Professor !

 
At 2:13 AM, Blogger Basquete Brasil said...

Prezado Henrique,como já mencionei anteriormente,a equipe americana praticamente estava formada com quatro armadores e oito alas-pivôs, ou pivôs móveis.Por esta formação,se utilizaram das movimentações e deslocamentos constantes nos ataques,privilegiando as penetrações e o jogo no perímetro interno.Contra a defesas por zona agiam sempre dentro do garrafão,contraindo a defesa e alargando os espaços exteriores para os arremessos.Somente com jogadores dotados de bons e sólidos fundamentos pode-se assumir tais posicionamentos,já que criticos pela exiguidade de espaços de manobra.Daí trabalharem muitas vezes com três homens altos enfiados no garrafão.Quanto a mencionar que jogadores me encantaram,para servirem de exemplo a nossos jovens?Prefiro aguardar o surgimento dos nossos antonios, josés,franciscos.Lá em Pequim admirei muitos,mas nenhum em particular.Um abraço,
Paulo Murilo.

 
At 5:26 AM, Anonymous Anônimo said...

Professor Paulo Murilo,

Concordo com a sua materia em relacao a cobertura dos jogos e a "frenetica" bajulacao de nossa imprensa em relacao aos nossos vizinhos do Norte. Em relacao ao jogo de meia-quadra, ja e conhecido de que equipes americanas, especialmente os jogadores da NBA, encontram muita dificuldade em jogar sem poder explorar o jogo de transicao onde fica aparente a superioridade atletica de sesu jogadores. Aproveito para tecer minha opiniao de que a nossa imprensa, de uma forma geral, tratou muito mal os nossos atletas que participaram da Olimpiada e que nao conseguiram medalhas. Chegamos a tal ponto de criticarmos a performnace dos mesmo - ate apos a conquista de uma medalha de prata ou bronze. Falto respeito aos nossos atletas. Muito batalham - quase que sem apoio mas de uma forma apaixonada tentando elevar o nome do Brasil no mundo do esporte. Ainda me recordo o orgulho de nossas atletas do Taekwondo, Volei e do Atletismo de serem brasileiros e o respeito que demonstraram a nossa bandeira. Estas atletas antes foram rotuladas de "drogadas", chegando ao cumulo de dizer que amarelavam em decisoes. Esta imprensa nao valoriza e reconhece o trabalho! Como e dificil chegar la e o preco e sacrificio que nossos atletas pagam para chegar ao Podio! Estou orgulhoso de nossos atletas mesmo aqueles que nao ganharam medalha. Como podemos chamar o Diego de "tremedor"? e ignorar atletas como a Jade e outros? E uma vergonha. Nos deveriamos em troca abracar nossos atletase prestar a estes o devido respeito - o mesmo dado aos nossos amigos do Norte.

 
At 1:13 PM, Anonymous Anônimo said...

Prof. Paulo Muilo,

Caso eu tenha entendido corretamente a parte inicial de seu texto, discordo totalmente do conteúdo.

Sou totalmente favorável a uma postura isenta e equilibrada dos meios jornalísticos, ao invés da supervalorização dos atletas locais e olhar distorcido para os fatos. Um exemplo claro foi o Pan 2007, em que resultados do Brasil contra equipes muitas vezes de segunda ou terceiro escalão foram supervalorizados pela nossa imprensa.

Tomando a natação por base, o Thiago Pereira ganhou 6 ouros no Pan (acho que foram 6) e virou ídolo mesmo tendo índices no nível internacional bem abaixo dos principais atletas de sua especialidade. Já o Cesar Cielo, que já naquela época era o brasileiro com melhores marcas mundiais, passou desapercebido pelo evento. Acho que ambos devem ser valorizados, mas sem esconder do público em que nível cada um se encontra.

Não acho que devemos idolatrar os estrangeiros, mas entender que muitas vezes são melhores e o porquê disso é um passo para corrigirmos nossos erros e melhorarmos. O técnico de volei do time americano declarou que o Brasil tinha a melhor seleção e que estudou a forma de jogar dos brasileiros para montar sua equipe campeã. Perfeito, na minha opinião. Copiar e adaptar o que está dando certo.

Também ouvi uma declaração da Natália Falavigna, bronze no Taekwondo, sobre como fez sua preparação com a ajuda de especialistas de sua universidade em Londrina e utilizando a ciência. Segundo ela existem no Brasil muitas pessoas capacitadas que, por falta de perpectivas não fazem parte do esporte. Será que nossa imprensa dará destaque a tal assunto? Será que alguém investigará se o caminho tomado por ela é realmente o adequado? E, se for, replicaremos o trabalho?

Não existe um só caminho e só com análise isenta de cada situação poderemos optar pela melhor solução. E a divulgação da verdade, sem ufanismo, é, na minha opinião, o melhor caminho.

Infelizmente a mídia do Brasil (ou grande parte dela) atua no 8 ou 80, rotulando nossos atletas como sendo o máximo ou como incompetentes, amarelões, etc. Raramente indo a fundo nas questões realmente importantes.

Outro erro que entendo como capital é a supervalorização do ouro. O trabalho das meninas do volei só merece destaque quando são ouro? O time masculino não é espetacular mesmo sendo prata? Os dois times não estão no topo e disputando com outras equipes que também se prepararam e também são capazes? Ambos os resultados não são consequência de trabalho correto de longo prazo?

Bom, esse é um longo assunto que extrapola em muito o ambiente específico do basquete (assunto principal de seu Blog) e do próprio esporte. É um problema de todos (ou quase todos) os setores nacionais como sabe melhor que eu (ex.: artigo EDUCAÇÃO, MEDALHAS E...FUNK de 21/08/08).

Termino citando Sebastian Coe, responsável pela organização dos jogos de Londres 2012 que, em reportagem publicada no jornal O Globo de hoje (25/08), ressalta que a importância de uma Olimpíada se vê depois que as estrelas e multidões deixam quadras e arquibancadas. Como podemos pensar em RIO 2016 sem considerar isso e sem pesar o "legado???" do PAN 2007? Como podemos seguir tal caminho sem uma imprensa imparcial e EQULIBRADA?

Desculpe por ter me estendido tanto.

Abços.

 
At 6:16 PM, Blogger Basquete Brasil said...

Walter,concordo com suas colocações plenamente,com um só porém, a imensa galeria de atletas que para lá se dirigiram após atingirem índices absolutamente incompatíveis com o nível da competição olímpica,somados a também enorme galeria de dirigentes,agregados e políticos,que formaram,segundo o COB,a maior delegação de todos os tempos,financiados por verbas que tanta falta fazem na formação de base do desporto nacional.Um abraço, Paulo.

 
At 6:26 PM, Blogger Basquete Brasil said...

Prezado jdinis,releia com cuidado o artigo,e veja que defendo exatamente a isenção crítica por parte da midia,e não os rompantes totalitarios da imprensa americana, e a subserviência passiva de parte da nossa.Ambas erradas e passionais.Quanto às demais colocações feitas por você, ótimas e estimulantes ao bom e honesto debate.Tenho a honra de ser premiado com excelentes e corretos debatedores aqui no blog,mesmo que discordantes de mim.É um bom principio para a compreensão e o entendimento democrático.Obrigado por sua coerente e honesta participação.Um abraço,Paulo Murilo.

 
At 6:44 PM, Anonymous Anônimo said...

Professor Paulo,
obrigado pela resposta !

Eu gosto e admiro muitos certos jogadores estrangeiros, em especial nossos vizinhos argentinos.

E concordo com o senhor e também queria ter mais ídolos no basquetebol nacional.

Quando mais novo e quando ainda pensava em jogar basquetebol,
tinha como ídolos alguns jogadores
como o armador Danilo (ex-Mogi), Ricardo Probst (que até hoje atua), Alexey (que era do Flamengo) entre poucos outros.

Porém com a falta de estrutura,
qualidade das competiçoes e até movitação de ir para os ginásios,
não tenho mais tantos ídolos brasileiros.

Fico feliz quando vejo no Ginásio do Minas, faixas para o Facundo Sucatzki, pois, ao menos é uma motivação a mais para quem gosta do jogo ir ao Ginásio.

Espero que consigamos também termos ídolos e ídolos verdadeiros. Boas pessoas, humildes, abnegados pelo basquete.

Lembro de quando mais novo, consegui até trocar email com o Danilo. Foi o auge para mim, que tinha uns 13,14 anos na epoca !

Abraço ao senhor !

 
At 8:02 PM, Anonymous Anônimo said...

Prof.Paulo Murilo,
Certa vez estava nos EUA e assistindo um programa esportivo, escutei um dos grandes dirigentes esportivos americanos dizer que para se sediar uma olimpiada não bastava ser um país, precisava ser uma nação,uma coisa muito maior que um simples país.Eu tenho lido muito sobre 2016, como podemos querer sediar uma olimpiada se infelizmente nem um país somos, somos apenas uma republiqueta que nem politica esportiva existe por parte do governo e os interesses dessa olimpiada aqui na republiqueta o que menos importa certamente é o esporte e sim os interesses pessoais aliados aos financeiras, tambem pessoais.O governo liberou, R$ 86 milhões, para contratação de assessoria para fazer o projeto da olimpiada, acho que seria mais responsavel se o governo empregasse em uma politica esportiva para o país, que viesse trazer resultados expressivos na proxima olimpiada , em Londres. Um país com 180 milhões de habitantes conseguir somente aquela mixaria de medalhas, brincadeira, se comparamos binômio numero de atletas na olimpiada x atletas com medalha realmente são inespressivos, não que elas não tenha valores, tem muito,sabemos o sacrificio pessoal que esses atletas fizeram para chegar lá, excluindo o volei que pensa com planejamento, os demais esportes vão na garra e coragem.
O grande exemplo é, enquanto a Argentina levou 16 tecnicos de basquete para reciclagem, a CBB deve ter mandado presidentes de federação para o Grego garantir votos.Leiam o texto escrito pelo Prof.Ronaldo de Brasília sobre a desculpa dos atletas brasileiros, reflete a real situação de um país que não tem a minima condição de bancar uma olimpiada.
Gustavo da Silva

 
At 1:39 AM, Blogger Basquete Brasil said...

Prezado Henrique,como professor e técnico que sou,não alimento a imagem de ídolos do esporte,preferindo orientar e treinar jovens que de alguma forma encontrem no esporte uma referencia de vida, que os auxiliarão na sua formação cidadã,sendo ou não um atleta de competição.Essa é a verdadeira finalidade da ação desportiva.Na alta competição mantenho estes princípios somados ao treinamento especializado e objetivo.Um abraço, Paulo Murilo.

 
At 1:44 AM, Blogger Basquete Brasil said...

Prezado Gustavo,podemos então concordar com os muitos artigos aqui publicados a respeito dessa mesma discussão.Uma Olimpíada em nosso país antecedendo uma política educacional em profundidade, é traição pura e simples a esse povo sofrido e injustiçado.Simplesmente traição e lesa-pátria. Um abraço,
Paulo Murilo.

 
At 5:08 AM, Anonymous Anônimo said...

Prezado Gustavo,

Aprecio os seus comentarios, apesar de nao concordar tanto com o pessimismo. Mas colocando as coisas em sua ordem de prioridade, acredito que uma politica educacional e social deve ter precedencia sobre uma politica esportiva - que de alguma forma deveria ser parte da politica educacional. Como podemos priorizar os jogos olimpicos de 2016 com tanta pobreza e os problemas sociais existentes no pais que merecem a atencao imediate do nosso governo pois 1 geracao ja foi perdida e as favelas aumentam a cada dia. Ao inves de policia teremos o exercito na rua - com tanques e bazucas para nos proteger se algo nao for feito para prover a nossa populacao - educacao, emprego, saude e uma chance de ser alguem na vida...
Sou romantico em relacao ao nosso pais e choro qdo vejo nossos atletas chorando emocionados por term alcancado algo para alegrar o nosso povo e trazer um pouco de orgulho a uma nacao ferida mas ainda orgulhosa de ser "Brasileira". Nao trocaria a minha nacionalidade por nenhuma outra. Ate breve.

 
At 12:14 AM, Anonymous Anônimo said...

Prezado Walter,

Não sou pessimista sou realista bem informado, depois que li o artigo que o Prof.Ronaldo lá de Brasilia divulgou, vejo o quanto falta de uma politica esportiva no país para depois pensarmos em olimpiada, sabemos que o interesse de fazer uma olimpiada no Brasil são outros que não o desenvolvimento do esporte brasileiro e sim o financeiro/politico dos dirigentes que estão tentando vender este peixe podre, precisamos primeiro ser uma nação ai sim teremos condições de bancarmos uma olimpiada.
Os problemas sociais estão como vc muito bem mencionou vão colocar o país em estado de sitio para fazer esta olimpiada.
GUSTAVO DA SILVA

 
At 12:14 AM, Anonymous Anônimo said...

Prezado Walter,

Não sou pessimista sou realista bem informado, depois que li o artigo que o Prof.Ronaldo lá de Brasilia divulgou, vejo o quanto falta de uma politica esportiva no país para depois pensarmos em olimpiada, sabemos que o interesse de fazer uma olimpiada no Brasil são outros que não o desenvolvimento do esporte brasileiro e sim o financeiro/politico dos dirigentes que estão tentando vender este peixe podre, precisamos primeiro ser uma nação ai sim teremos condições de bancarmos uma olimpiada.
Os problemas sociais estão como vc muito bem mencionou vão colocar o país em estado de sitio para fazer esta olimpiada.
GUSTAVO DA SILVA

 

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